Devido ao cancelamento da aula, o conteúdo a seguir é um breve resumo do texto "Como me tornei estúpido" de Martin Page realizado pelos estudantes Renata Ferracioli, Gabriel Alves e Natália Cintia.

PAGE, Martin. Como me tornei estúpido . Tradução de Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2005.


Antonie sempre tivera seus próprios pensamentos, caráter, opinião e era bem inteligente. E seus pensamentos e questionamentos incomuns o conduziam de certa forma á exclusão social por ser considerado diferente demais. Por isso se tornara cada vez mais tímido.

Na escola, as aulas de Educação Física tinham a ver sempre com competição, e ele por ser escolhido sempre por último, se sentia totalmente humilhado. Com isso não desenvolveu o gosto pelo esporte.

Em torno dos 25 anos de vida, Antonie era um poeta pobre, solteiro, depressivo e sem perspectivas de vida. Sentia-se constantemente deprimido e apesar da pouca idade já sofrera muitas decepções. Sempre fora incompreendido pela sua inteligência fora do comum e isso contribuiu em grande parte para se tornar uma pessoa isolada e tímida.

E nessa fase queria tornar-se alguém ”banal”, sem personalidade, sem pensamentos próprios, com ideias prontas a respeito de tudo, pois assim se julgava apto para se incluir na sociedade, obter mais prestígio, mais amigos e ser mais popular. Julgava que para isto a inteligência nada servia.

Antonie, na sua concepção, acreditava que o comum é simples, de fácil raciocínio e compreensão e por isso de maior impacto para quem ouve.

Na sua nova fase “estúpida”, como ele mesmo intitulava, já não sentia nem vontade e nem necessidade de compreender e buscar. O próprio meio que estava inserido lhe fornecia tudo pronto. Resolveu fazer academia com o intuito de se tornar atraente para as mulheres e não em benefício próprio. Adquiriu diversos bens materiais e ingeria pílulas para se sentir melhor. Quanto mais ganhava dinheiro, mais gastava com objetos que julgava necessário para se ter popularidade.

Após esse momento, caiu em si e deixou todos os estereótipos do mundo moderno de lado.

Reflexão sobre o texto, o módulo e as atividades em sala.

Relacionado esta história com o módulo Aproximação á prática de Educação Física em Saúde, e com os outros textos, vídeos e discussões apresentados em sala de aula, observamos quão o senso comum é valorizado pelas pessoas. As novas ideias, opiniões próprias não são interessantes visto que as pessoas cada dia mais se interessam pelo que é imediato.

O módulo traz para nós uma forma de se pensar em diferentes tipos de abordagem da Educação Física inserida no cotidiano das pessoas, com o intuito de promover boas sensações (bem estar e alegria, por exemplo) priorizando a individualidade de cada ser humano, pois todos temos diferenças em algum aspecto. Além disso, constatamos que as experiências pessoais tem grande impacto na sociabilidade das pessoas.

Podemos citar no texto por exemplo a humilhação que Antonie passava quando criança por ser o último a ser escolhido nas brincadeiras criando assim aversão a qualquer esporte. Se ao invés desta experiência negativa ele tivesse tido outro parâmetro, uma experiência positiva que o despertasse para a curiosidade e vontade de se interagir nas brincadeiras, isso o ajudaria a não ser uma criança tão introvertida e o rumo de sua história seria outro. Neste aspecto vemos o quão singelo e importante a Educação Física está inserida. E quem sabe aquele momento na infância de Antonie não seria o “primeiro beijo” que ele teria com os esportes, a atividade física e as novas sensações que experimentaria. Cabe a nós, profissionais, termos a sensibilidade de despertar as melhores sensações e experiências vinculadas ao esporte, á prática de atividade física, as brincadeiras e a tudo que o indivíduo possa descobrir e experimentar em relação ao movimento.