Análise II- Fernanda Rocha Macedo
Avaliações sobre a produção audiovisual
editarA análise em questão é uma construção coletiva. Por conta disso, as divisões das análises vão ocorrer em tópicos, para que todos possam compartilhar as suas respectivas avaliações e opiniões em relação a esse documentário.
Análise do filme II
editarEssa análise foi escrita no ano de 2022 pela estudante Fernanda Rocha Macedo, matutino, para a avalição da disciplina de História do Brasil II do Professor Paulo Eduardo Teixeira.
Título do Filme: Olga
País: Brasil
Gênero: Drama biográfico
Duração: 141 minutos
Direção: Jayme Monjardim
Roteiro: Rita Buzzar
Fotografia: Ricardo Della Rosa
Trilha sonora: Marcus Viana
Elenco original: Camila Morgado, Caco Ciocler, Fernanda Montenegro, José Dumont, Eliane Giardini, Floriano Peixoto
Produção: Rita Buzzar
Idioma original: Português
O filme conta uma história. Sobre quem?
editarO filme conta a história de Olga Benário que foi criada em Munique, e que começa a se envolver como militante comunista na década de 20. Seus pais, que pertenciam à classe média, eram contrários às ideias revolucionárias da filha. Desde jovem, perseguida pela polícia, decide fugir para Moscou, onde recebe treinamento militar. Em 1928, ela é encarregada de proteger e acompanhar Luís Carlos Prestes, que vive exilado na Europa, de volta ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935 contra o então presidente Getúlio Vargas. Na viagem, enquanto fingem ser um casal em lua-de-mel, os dois se apaixonam. Com o fracasso da revolução, derrotada pelas forças repressoras do governo, os comunistas sofrem perseguições e o casal acaba preso em 1936. Neste contexto, Olga descobre que está grávida, fato que não impede que Vargas ordene sua deportação para a Alemanha nazista e que seja entregue à Gestapo, polícia política nazista, aos sete meses de gestação. Olga dá a luz à sua filha, Anita Leocádia, em uma prisão feminina alemã, mesmo depois de relutar no Brasil e denunciar à imprensa a sua gravidez, reivindicando os seus direitos de permanecer com a criança. Quando não podia mais amamentar sua filha, na época com 14 meses, esta é levada pelos nazistas e entregue à avó paterna, Dona Leocádia. Afastada de sua filha, Olga é então enviada para o Campo de Concentração de Ravensbrück , onde é morta na Câmara de Gás.
Quais são as personagens principais?
editarOs personagens principais são Olga e Luís Carlos Prestes.
Qual delas mereceu a sua atenção?
editarQuando Olga é obrigada a ser deportada para Alemanha, uma mulher judia e grávida e lá mesmo, sua filha nasce em uma das prisões, tendo apenas alguns períodos para amamentar a criança, devido a séries de movimentos que estava acontecendo como forma de tensões para que Olga fosse libertada. Infelizmente, essa liberdade não acontece, pois logo que arrancam sua filha dos braços dela, Olga acaba indo para campos de concentrações, até que chega a vez de entrar na câmera de gás e morrer com milhares de judeus juntos.
Como termina o filme? O que você achou sobre ele e porquê?
editarO filme termina na parte que depois em que Olga foi obrigada a largar a sua filha nas mãos das autoridades alemães na prisão feminina que ela estava. As autoritárias alemãs dão a sua filha para a mãe e irmã de Prestes. Nisso tudo, Olga é transferida para um campo de concentração, em que 1942, é morta com cerca de 200 pessoas em uma câmara de gás em um campo de concentração alemão. Um dia antes de morrer escreve uma carta ao marido e à filha, lida tempos depois.
Quais são os temas tratados no filme?
editarO filme trabalha com diversos temas como, nazismo, direitos humanos, governo Getúlio Vargas, movimentos revolucionários brasileiros, intolerância religiosa e o papel essencial da mulher na sociedade
Em que cena compreendeu o tema de fundo do filme?
editarQuando Olga recebe a notícia de uma nova missão que era proteger e garantir a segurança do brasileiro, comunista, capitão Luís Carlos Prestes chegue no Brasil vivo, pois ninguém das autoridades e do governo de Getúlio Vargas poderia saber que ele iria, porque ele e sua família estava exilado, e ainda se encontrava ilegal no Brasil, tanto que Preste e Olga faz uma viagem demorada de forma disfarçados como recém-casados, viajando de navio e avião até chegar ao destino que era o Brasil.
Qual o problema ou questão que foi tratada mais demoradamente?
editarO filme trata da questão de Olga ter que ir ao Brasil em uma missão para assegurar que Luís Carlos Preste chegasse ao país a salvo. Para não levantar suspeitas os dois tiveram que simular que estavam em lua de mel, cujo destino era o Brasil. Desta missão, nas uma incontrolável paixão entre eles. A admiração recíproca e o objetivo comum fizeram com que o casal se afinasse cada vez mais e quando chegaram ao Brasil juntaram-se à cúpula revolucionária do país, compotas por outros membros enviados pelo Comintern, que viviam na clandestinidade, e passaram a coordenar os planos sonhada insurreição política e social.
Os realizadores descreveram bem os protagonistas?
editarAssistindo o filme e conhecendo a história, pode perceber que descreveram muito bem. Olga foi uma mulher uma movida por ideais de liberdade e justiça social, independente, generosa, tinha caráter e convicções políticas e era sempre corajosa e confiante e o Luís Carlos Prestes tinha a personalidade de um combatente, cuja firmeza de caráter provoca admiração, de um revolucionário dedicado inteiramente à sua causa e que, por isso mesmo, não perdeu as características do mais legítimo humanismo.
Qual a cena ou seqüência que mais chamou sua atenção ou lhe impactou? Por quê?
editarQuando Olga, já grávida e sua amiga de cela, ambas judias são deportadas para a Alemanha. Logo na sequência se passa alguns meses, e Olga tem a sua filha Anita na cela. Nesse período, ela conseguia amamentar a criança e mandar cartas contando a situação que ela estava passando dentro da sala e sua filha, para a sua sogra Leocádia Felizardo Prestes. Além disso, o golpe mais duro foi justamente a separação de Olga com Anita, quando a menina de apenas 14 meses é tirada de sua mãe. Olga morreu no campo de concentração de Bernburg em fevereiro de 1942 sem saber que Anita estava desde então sã e salva com a sua avó Leocádia e a tia Lygia Prestes.
Houve algo no filme que te aborreceu? Em que parte do filme? Eram cenas de diálogo ou de ação?
editarNão teve nenhuma cena que fez com que me aborrecesse.
Qual a cena/seqüência que não foi bem compreendida por você? Porquê?
editarTodas as cenas para mim foram compreendidas.
O que é proposto pelo filme é aceitável ou não? Por quê?
editarSim, é aceitável filme reúne diversos assuntos que buscam atrair o grande público: dentro do contexto brasileiro que vivia o período do Estado Novo com Vargas no poder e o contexto mundial nazista. O período foi marcado por intensas violências e levantes, um período político marcado tanto pela riqueza de ideologias e comportamentos dos grupos, preocupados em defendê-los pelas, se necessário quanto pela tentativa de manutenção do poder pelas elites cafeeiras.
A quem se dirige, em sua opinião, o filme?
editarO filme se dirige para todos os interessados em saber mais da memória e da identidade brasileira no período do Estado Novo e a repreensão aos comunistas.
Qual a contribuição do filme para sua compreensão da disciplina e do período estudado?
editarMostrar tais aspectos do período do Estado Novo varguista no Brasil foi fundamental e ao mesmo tempo o que estava acontecendo na Europa nesse tempo, como estava sendo fortalecido o movimento do nazi-fascismo. Além disso a representação de torturas em solo brasileiro, cuja polícia teve treinamento e tinham grandes forças de domínio e os campos de concentração de Hitler, na Alemanha.
Relacione as contribuições desse trabalho para sua formação.
editarO filme, sem dúvidas contribui na questão da memória de Olga e Luís Prestes para aqueles que mal conheciam, através do filme que se baseia em fatos de suas vidas, trazendo a percepção de quem foi eles. Além disso, é valido destacar que o nome Olga Benário Prestes foi o nome escolhido para o Centro Acadêmico (CA) de Ciências Sociais da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) do campus de Marília, a qual ela era um símbolo de figura feminina comunista forte marcante que entrou para história pelo seus ideais de luta e revolução em busca de uma melhor sociedade para todos.