Análise de Filme II- Rafaella Vitte Roland

FICHA TÉCNICA [editar | editar código-fonte]

Título do Filme: Olga (Original)

Ano: 2004

País: Brasil

Gênero: Biografia; Drama; Guerra; Nacional

Duração: 141 minutos

Direção:  Jayme Monjardim

Roteiro: Rita Buzzar

Fotografia: Ricardo della Rosa

Trilha sonora:  Marcus Vianna

Produção: Cláudia Braga

Idioma original: Português

Sinopse: O filme conta a história da judia alemã Olga Benário militante comunista desde jovem, a protagonista é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Em Moscou Olga é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita na prisão. Afastada da filha, Olga é enviada para um campo de concentração de Ravensbrück.

DINÂMICA DA NARRATIVA [editar | editar código-fonte]

editar

Idéia Inicial – História [editar | editar código-fonte]

editar

O filme conta uma história. Sobre quem?

O filme conta a história da personagem Olga Benário, uma jovem militante comunista, que lutava a favor da revolução ao lado de seu companheiro de luta e de vida, Luís Carlos Prestes, no contexto de Vargas no Brasil e de Hitler na Alemanha.

Quais são as personagens principais?

Os principais personagens são divididos em dois lados. Primeiramente é mostrado o lado dos militantes comunistas que revoltaram-se contra o governo Vargas, como Olga, Luís Prestes, Dona Leocádia, Otto e entre outros. E segundamente é mostrado a sua oposição, como o próprio Getúlio Vargas, Hitler, Muller, e outros, que lutavam pela preservação do fascismo como arma contra o comunismo.

Qual delas mereceu a sua atenção?

A personagem que mais me chamou a atenção foi a Elise Ewert Sabo, que retrata uma jovem militante, comunista, judia e revolucionária alemã, casada com Arthur Ewert. A mesma carrega consigo a marca de melhor amiga de Olga, onde a acompanhou em 1935 na missão de instauração comunista no Brasil, que configurou em sua prisão no mesmo ano, pela polícia brasileira. Após sofrer com as torturas dentro do país, Elise é deportada em 1938 com sua amiga Olga para os campos de concentração da Alemanha de Hitler, e nos é mostrado cenas com ataques de pânico, certamente causados com o trauma da tortura sofrida pela mesma, no Brasil.

Como termina o filme? O que você achou sobre ele e porquê?

O filme encerra-se com Olga narrando com um tom de despedida para sua filha e família a caminho de uma câmara de gás, onde aceitou sua morte sem hesitar.

Essa cena é muito impactante, profunda e reflexiva, onde conseguimos enxergar a sua dor após todos os anos de luta e resistência, a mesma encerra sua vida de uma forma fria, sem medo.

Tema de Fundo – Tese [editar | editar código-fonte]

editar

Quais são os temas tratados no filme?

O filme retrata a vida de militantes de oposição ao governo a partir da década de 30, com o governo Vargas e juntamente com o nazismo na Alemanha. O filme, acaba por coincidir o romance entre Olga e Luís Carlos.

Em que cena compreendeu o tema de fundo do filme?

Na cena em que é apresentado o plano do partido comunista de instaurar a revolução no Brasil e como o presidente Vargas já tinha em perseguição esses militantes.

Qual o problema ou questão que foi tratada mais demoradamente?

Não teve nenhum tema ou questão a qual demorou para tratar. O filme relata uma problemática pelo seu percurso, a opressão política mundial na época de 1930.

Os realizadores descreveram bem os protagonistas?

Particularmente, os protagonistas não têm suas histórias tão desenvolvidas, por não apresentarem contextos do passado dos mesmos, como a história de como a Olga se tornou uma militante comunista, como era a vivência de Luís Carlos com sua mãe e irmãs e como o mesmo se tornou um militante.

Ritmo e Montagem – Edição [editar | editar código-fonte]

Qual a cena ou sequência que mais chamou sua atenção ou lhe impactou? Porquê?

A cena que mais chamou a minha atenção, foi quando a protagonista tem sua filha, Anita, tirada de seus braços com o desespero em seu olhar, sem saber se sua filha vai sobreviver, pois a carta escrita pela mãe de Luís Prestes, afirmando que cuidaria de Anita. Essa cena, relata uma triste realidade vivida pelas mulheres durante o holocausto, onde tiveram de abrir a mão de sua maternidade de uma forma forçada.

Houve algo no filme que te aborreceu? Em que parte do filme? Eram cenas de diálogo ou de ação?

Não teve nenhuma cena no filme que me aborreceu em específico, pois o tema principal e a dor sofrida pelos militantes comunistas daquele período é de se gerar certo incômodo.

Qual a cena/sequência que não foi bem compreendida por você? Porquê?

Não teve nenhuma cena/sequência que não compreendi.

Mensagem [editar | editar código-fonte]

editar

O que é proposto pelo filme é aceitável ou não? Porquê?

Por partes. Quando se mostra a história vivida por Olga, se voltando à uma visão mais feminista de independência da protagonista e sua forte luta contra a opressão, é aceitável, pois representa uma história vivida em nosso país. Entretanto, o contexto social do militarismo comunista é ofuscado por conta da dramática envolvendo o romance de Olga e Luís Carlos.

A quem se dirige, em sua opinião, o filme?

O filme se dirige, de certa forma, à população brasileira que não possui total conhecimento do que foi realmente a luta entre os fascistas brasileiros e os comunistas. Porém, em minha opinião, não se mostra de fato a importância desses militantes dentro do nosso país, deixando uma visão pendente apenas pelo fato do fim do romance de Olga e Luís Carlos.

Relação com a disciplina de História do Brasil [editar | editar código-fonte]

editar

Qual a contribuição do filme para sua compreensão da disciplina e do período estudado?

O filme contribui muito para a disciplina de História do Brasil 2, pois além de tratar uma temática tratada em aula, a opressão, o mesmo mostra parte do movimento feminista que nascia no país. A partir da obra, pude ter uma noção sobre Luís Carlos Prestes, a qual eu não tinha tanto conhecimento e o quanto foi contribuinte à política brasileira.

Relacione as contribuições desse trabalho para sua formação.

A obra nos permite ter uma visão sobre a perseguição da oposição dentro do governo Vargas, porém de uma forma rasa. Podemos enxergar que o período citado é delicado, porém pouco discutido e por conta disso, as obras históricas tendem a esconder certos processos. Assim, a partir da obra vista, pude ter uma visão crítica.