A Arquitectura, ou arquitetura no Brasil (do grego arché - αρχή = primeiro ou máximo e tékton - τέχνη = construção) é a arte ou técnica de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano. A arquitetura como atividade humana existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma definição mais precisa da área envolve todo o design do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo) e da cidade (urbanismo), passando pelo desenho dos edifícios e construções (considerada a atividade mais comum dos arquitetos). O trabalho do arquiteto envolve, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.


O espaço interno como protagonista da arquitetura


Apesar da apresentação acima ser a mais facilmente encontrada em dicionários, é possível descrever a arquitetura de acordo com sua mátéria-prima: o espaço. Ou, para ser mais específico, o espaço interno. Antes de edificar contruções ou prédios, o arquiteto trabalha essencialmente com a edificação do espaço. Esta teoria foi sintetizada pelo arquiteto italiano Bruno Zevi.

Arquitectura é música petrificada (Goethe)

Definição



A interpretação de Leonardo da Vinci do homem de Vitrúvio. Esta obra sintetiza uma série de ideais a respeito da relação do homem com o universo. Da mesma forma, ela está associada à Arquitetura, tanto quanto um instrumento de projeto quanto como um símbolo


Primeiramente, a Arquitetura se manifesta de dois modos diferentes: a atividade (a arte, o campo de trabalho do arquiteto) e o resultado físico (o conjunto construído de um arquiteto, de um povo e da humanidade como um todo).

A arquitetura enquanto atividade é um campo multidisciplinar, incluindo em sua base a matemática, as ciências, as artes, a tecnologia, as ciências sociais, a política, a história, a filosofia, entre outros. Sendo uma atividade complexa, é difícil conceituá-la de forma precisa, de forma que a palavra tenha diversas acepções e a atividade tenha diversos desdobramentos.

Atualmente, o mais antigo tratado arquitetônico de que se tem notícia e que propõe uma definição de arquitetura é o do arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião. Em suas palavras:

"A arquitetura é uma ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras artes." A definição de Vitrúvio, apesar de inserida em um contexto próprio, constitui a base para praticamente todo o estudo feito desta arte e para todas as interpretações até a atualidade. Ainda que diversos teóricos, principalmente os da modernidade, tenham conduzido estudos que contrariam diversos aspectos do pensamento vitruviano, este ainda pode ser sintetizado e considerado universal para a arquitetura(principalmente quando interpretado, de formas diferentes, para cada época), seja a atividade, seja o patrimônio.

Vitrúvio declara que um arquiteto deveria ser bem versado em campos como a música, a astronomia, etc. A filosofia, em particular, destaca-se: de fato quando alguém se refere à "filosofia de determinado arquiteto" quer se referir à sua abordagem do problema arquitetônico. O racionalismo, o empirismo, o estruturalismo, o pós-estruturalismo e a fenomenologia são algumas das direções da filosofia que influenciaram os arquitetos.


A tríade vitruviana Ver artigo principal: Tríade vitruviana Na obra de Vitrúvio, definem-se três os elementos fundamentais da arquitetura: a firmitas (que se refere à estabilidade, ao caráter construtivo da arquitetura), a utilitas (que originalmente se refere à comodidade e ao longo da história foi associada à função e ao utilitarismo) e a venustas (associada à beleza e à apreciação estética).

Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de arquitetura quando , além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas) e for, principalmente, bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio contextualizava o conceito de beleza segundo os conceitos clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história, um dos elementos mais polêmicos das várias definições da arquitetura.


Definição de Lúcio Costa Uma definição precisa de arquitetura é impossível, como já foi ressaltado, dada a sua amplitude. Como as demais artes e ciências, ela passa por mudanças constantes. No entanto, o excerto a seguir, escrito por Lúcio Costa, costuma gozar de certa unanimidade quanto à sua abrangência.

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada."

"A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."

"Por outro lado, a arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa proposto."

"Pode-se então definir arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa."

COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.

Arquitectura civil Ver artigo principal: Arquitectura civil

Arquitectura militar Ver artigo principal: Arquitectura militar

Referências

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Bibliografia COSTA, Lúcio, Arquitetura; São Paulo: José Olympio, 2002. RASMUSSEN, Esteen Eiler; Arquitetura vivenciada; São Paulo: Martins Fontes, 2002. ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura; São Paulo: Martins Fontes, 2002 ARGAN, Giulio Carlo; Arte moderna; São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

                                                EXERCÍCIOS:    
 
Responde as seguintes Perguntas abaixo com clareza e firmeza as questões a baixo:
  • Defina arquitetura.
  • Quais são os elementos que fazem parte nela?
  • Como está constituída a Arquitetura?
  • Qual é o pai da Arquitetura?
  • Faça um desenho utilizando os matérias arquitetos?


                                                                                                             Boa sorte!