CdT Taioca: Pedagogia dos Sonhos Possíveis - Intensivo de Teatro Social

10 de maio de 2014

Um dia que deixou marcas!

Um sábado recheado de atividades fisicas, onde diversas dinâmicas foram aplicadas para desenvolver nossas habilidades e capacidades para trabalhar em grupo. Embora trabalhar em grupo aparentemente não tenha sido difícil, descobrimos que ficar em silêncio é.


Com a dinâmica da "Bomba" corriamos até o centro, concentravamos e então explodiamos de volta para a periferia. Pode parecer simples, mas quando há quase 50 pessoas envolvidas, descobrir o tempo certo de correr, concentrar e explodir não é tão trivial.


Mas ficar esprimido no meio de 50 pessoas não é nada se comparado a: "Correr sozinho, virar, ser observado e correr de volta" tudo isso com mais de 20 pessoas te olhando em silêncio. E o mais desafiador é fazer isso com uma super autoconfiança demonstrada através de postura e respiração.


Outra dinâmica que exigiu além de fôlego um bocado de força física foi atravessar um "Barreira" de no mínimo 8 coleguinhas que se colocavam a sua frente em três linhas, onde cada ser humano parecia ter sido soldado um ao outro. Apesar das difuiculdades o "Consegui!" (depois de muito suor) rendeu muitas gargalhadas.


Mas é claro que depois de muita atividade física era preciso relaxar, e relaxamos. Ou pelo menos a grande maioria de nós relaxou. Nesse exercício era só fechar os olhos e cair para trás, cair para frente, cair para os lados, entretanto você jamais caía de verdade. Para nosa segurança havia sempre um círculo de pessoas bem próximas a você que estava ali única e exclusivamente para te amparar. Foi um exercício extremamente relaxante. Recomendo!


Depois disso, foi hora de abrir os olhos e brincar de "Espelho". Nessa dinâmica, duas pessoas, uma de frente para outra, representavam um espelho. Havia sempre um que era a mente ativa e o outro que fazia os mesmos movimentos espelhados. Além das versões comuns de espelhos, também tivemos que representar um espelho que exagerava todos os movimentos; um espelho que era "tímido", pois fazia todos os movimentos de forma mínima; espelhos ranzinzas; espelhos felizes; entre outros.


Uma das últimas atividades foi também em dupla, e era adivinhar a outra pessoa. Nessa atividade era permitido falar o que quisesse, mas a pessoa que estava sendo adivinhada/descoberta não poderia demonstrar nenhuma emoção. Foi um exercício que demonstrou que a empatia é mais forte do que imaginamos, foi bastante interessante.


11 de maio de 2014

Numa manhã fria, nada como um bom alongamento e ondulações para esquentar (ai, minhas costelas).

Se você acha que escutar os passarinhos pela manhã é legal, você deve experimentar a "floresta de pessoas". Nosso grupo foi dividido em duplas, onde uma pessoa era responsável por fazer um som de floresta, e a outra pessoa fechava os olhos e seguia o som que a sua dupla fazia. Surpreendentemente, eramos capazes de nos movimentarmos em meio a mais de 40 pessoas sem trombar e escutavamos a nossa dupla com o seu som único sem nos perder. Ao final, ficamos parados e escutamos todos os sons juntos. Como não nos perdiamos no meio daquele som todo é um mistério.


E quando achávamos que o suor ia começar, começamos a "Correr em CÂMERA LENTA", era uma super corrida, onde o mais lento vencia. Foi estranho trabalhar este conceito de apostar corrida e chegar em último. Mas acredito que essa era a ideia.


Outra atividade que exigiu uma análise de conceitos prévios e de nós mesmos foi a divisão do espaço em "Reto e Curvo". Nesse exercício, o que era reto e curvo dependia da interpretação de cada pessoa. Enquanto alguns se concentravam mais na forma de se locomover fisicamente outros interpretavam o Reto e Curvo como uma forma de pensar. Após explorar todo o espaço onde nos permitimos ser completamente retos e completamente curvos escolhiamos um lugar que representava onde cada um de nós está em seu dia a dia. Parecia que tinha terminado, mas aí erámos questionados sobre o porquê deste lugar e se gostaríamos de trocar de posição. De forma que, fomos levados a pensar se achávamos que em outro lugar nos sentiríamos mais felizes e confortáveis. Talvez não seja surpreendente que a grande maioria tenha trocado de lugar, mas é surpreendente que alguns queiram estar voando. Ou seja, precisamos de uma nova dimensão além do simples reto e curvo.


Depois de descobrirmos onde queremos estar, chegou a vez de perguntas como: Onde estaremos no final dessa jornada? Quem seremos? O que queremos de nós mesmos depois deste curso? Questões como essas ajudaram a representar nosso "Sonho" no papel. E também delimitamos quais as atividades que devemos fazer; o que depende de nós; quais tarefas precisamos de ajuda.


Mas nem só de compartilhar sonhos vive o homem, a última atividade do fim de semana foi sobre "Um momento de opressão". Cada um de nós, sozinho e em silêncio tinha que recordar algum momento em que nos sentíamos realmente oprimidos e após reviver mentalmente essa coação fizemos uma estátua que representava essa memória. Em seguida, nos agrupamos por similaridade das estátuas e compartilhamos essa lembrança pouco agradável. E apesar do desânimo geral que isso causava o auge foi representar uma das lembranças em forma de teatro. Após uma sequência de momentos de opressão percebemos que o Teatro Social não é feito só de alegrias e palhaçadas, mas também de tristezas e dores.

De modo geral, foi isso que aconteceu no fim de semana. Fiquem a vontade para editar.