Dez classes de signos qua inferências na progressão inferencial normal

1-6 (abduções) ->10 (dedução) ->7-9 (induções)


1 AUGÚRIO ou "CHUTE" [Qualissigno Iconico Remático]

2    SINTOMA [Sinsigno Icônico Remático]: semelhanças possíveis,

3        METÁFORA ou ANALOGIA [Sinsigno Indicial Remático]: manipulação de semelhanças para projetar uma regra possível, geração de novos quadros conceituais de referência,

4            PISTA [Legissigno Iconico Remático]: lidar com evidências possíveis, racioninar para determinar se nossas observações são ou não pistas para discernir um fenômeno mais geral,

5                DIAGNÓSTICO OU CENÁRIO [Legissigno Indicial Remático]: formação de uma regra possível a partir das evidências disponíveis, raciocínio que visa descobrir possíveis juizos diagnósticos entre nossas observações, produzindo cenários plausíveis a partir de corpos de pistas,

6                    EXPLICAÇÃO [Legissigno Simbólico Remático]: definição de regras formais possíveis, raciocínio que busca  formar uma explicação geral plausível, sem peso de certeza, mas capaz de simplificar outras explicações e criar um padrão que abarque outros dados,


10                        DEDUÇÃO (Legissigno Simbolico Argumentativo ou Argumento)


7                            INDUÇÃO QUALITATIVA [Sinsigno Indicial Dicente]: Predições

8                                INDUÇÃO QUANTITATIVA [Legissigno Indicial Dicente]: Agregações estatísticas

9                                    INDUÇÃO CRUA [Legissigno Simbólico Dicente]: único tipo de inferência que pode estabelecer a verdade de uma proposição universal. Indução completa, que permite pressupor que nenhum evento futuro irá defasar da regra proposta.

1 O "ícone puro" consiste na própria emergência de um ente ou evento a partir do continuum do Cosmos. Em alguma dimensão, o acontecimento da physis externa ao organismo aciona algum acontecimento na sua physis interna, como pertinente ao universo de discurso do organismo (Innenwelt), que este projeta ao ambiente (umwelt). Essa inferência é duplamente descontrolada, pois tanto o evento externo quanto o próprio repertório reativo são diretamente inacessíveis à mente do agente no qual emerge o processo inferencial. Seu resultado, mesmo que vago ou impreciso, passa a poder ser reconhecido pelo agente como real.

2-6

Uma vez completado 9, o signo torna-se genuíno, o interpretante lógico converge para o final, como interpretante último, deslocando a conduta da comunidade (terceiro grau de clareza, sobre o futuro; satisfação das condições de fixação de crenças a partir da experiência). O que o torna apto a, em semioses subsequentes, ocupar o lugar de argumento.