Wikinativa/Xavante: diferenças entre revisões

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Intensas lutas pela recuperação de terras ancestrais, bem como esforços para demarcar as terras que ainda continuavam sob seus domínios, caracterizaram o final da década de 1970 e o início da de 1980. A partir de meados dos anos 1970, muitas das famílias que haviam deixado as terras habitadas no período anterior ao contato para buscar refúgio em missões ou postos do SPI começaram a retornar para seus territórios de origem. Ao fazê-lo, encontraram as áreas ocupadas por colonos ou por fazendeiros dedicados ao agronegócio de larga-escala. Em alguns lugares, os colonizadores haviam estabelecido cidades inteiras. Quando líderes xavantes se puseram a reivindicar direitos sobre suas terras, a violência, concreta ou como ameaça, aconteceu em muitos locais.
 
Ao pressionar fortemente o Estado com vistas à demarcação das terras, os Xavantes enfrentaram adversários de peso (fazendeiros com grande poder político e imensas propriedades). Uma delas era a Agropecuária ''Suiá-Missu'', que desalojou os Xavantes da área a que chamam ''Marãiwatsede''. Nos anos 1970, a corporação detinha mais de 1,5 milhão de hectares, extensão que lhe distinguia como um dos maiores latifúndios do Brasil. Outra gigante, instalada na área entre os rios ''Kuluene'' e Couto Magalhães, era a Fazenda Xavantina, cuja infra-estrutura incluía mais de 300 km de estradas internas e 400 km de cercas. Nas épocas de atividade intensiva, chegava a empregar 200 trabalhadores, que viviam com suas famílias ali mesmo. Possuía 10 mil cabeças de gado e produzia uma média de 16 mil sacas de arroz por colheita.<ref name = "multiplo" />
 
== Curiosidade ==