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Antes esta atividade era predominantemente feminina, repassada de mãe para filha; o conhecimento da arte era usado para confecção de potes, panelas e frigideiras de uso próprio. Coletar a matéria prima utilizada era tarefa masculina, por ser um trabalho mais pesado. Os homens eram encarregados de ir até o barreiro, coletar, peneirar e transformar o barro em pó para o preparo da cerâmica; esse conhecimento de extraçao era repassado paras os filhos (meninos).
 
Atualmente, esta arte não é mais só feminina, e não é mais apenas para uso próprio, ou seja, ficou importante '''economicamente'''. O foco do artesanato Xocó está nas biojoias. Dentre os artesãos do lugar destaca-se o jovem '''Uirã''' ou '''Braúna''', como é conhecido na aldeia. Ele se utiliza de diversos materiais retirados da natureza para a produção das peças que são ricamente preparadas.
Dentre os materiais utilizados estão o bambu, penas de diversos pássaros e algumas espécies de madeira encontradas na região, como a pereira e o pinheiro vermelho. Ele também se utiliza de ossos e dentes de animais que morrem na mata. Alguns dos materiais obtidos são de outras regiões como o capim dourado e a semente do açaí.
 
Como o local é um bioma de caatinga, existem poucos recursos para o desenvolvimento de atividades agrícolas e pastoris, o que faz com que os índios se concentram na Ilha de São Pedro, e na margem contígua, a Caiçara, explorando apenas 10% da área total e deixando um grande vazio que se torna alvo de caça ilegal.
 
A pesca é praticada no Rio São Francisco e lagoas existentes na terra indígena como a Lagoa dos Porcos e Comprida. Mas, em função da construção de hidrelétricas e obras destinadas a contenção de enchentes, o pescado de espécies importantes desapareceu do rio. Decorrência disto a pesca deixou de ser importante fonte de renda, pois gerava excedentes do pescado que era comercializado pelos índios.
 
== Medicina tradicional==