Estruturas de Dados Intermediário/Árvores Binárias

Árvore binária é uma estrutura de dados caracterizada por:

  • Ou não tem elemento algum (árvore vazia).
  • Ou tem um elemento distinto, denominado raiz, com dois apontamentos para duas estruturas diferentes, denominadas sub-árvore esquerda e sub-árvore direita.
Exemplo de árvore binária

Perceba que a definição é recursiva e, devido a isso, muitas operações sobre árvores binárias utilizam recursão. É o tipo de árvore mais utilizado na computação. A principal utilização de árvores binárias são as árvores de busca.

Definições para árvores binárias

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Os nós de uma árvore binária possuem graus zero, um ou dois. Um nó de grau zero é denominado folha.

Uma árvore binária é considerada estritamente binária se cada nó da árvore possui grau zero ou dois.

A profundidade de um nó é a distância deste nó até a raiz. Um conjunto de nós com a mesma profundidade é denominado nível da árvore. A maior profundidade de um nó, é a altura da árvore.

Uma árvore é dita completa se todas as folhas da árvore estão no mesmo nível da árvore.

Definições em teoria dos grafos

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Em teoria dos grafos, uma árvore binária é definida como um grafo acíclico, conexo, dirigido e que cada nó não tem grau maior que 3. Assim sendo, só existe um caminho entre dois nós distintos.

E cada ramo da árvore é um vértice dirigido, sem peso, que parte do pai e vai o filho.

Percursos em árvore

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Existem três tipos de percursos: Percurso em InOrdem, PreOrdem e PosOrdem.

InOrdem

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O algoritmo desse percurso é:

inOrdem(Struct No *n){
 if(n!=null){
   inOrdem(n->esq);
   visita(n);
   inOrdem(n->dir);
 }
}

Para a árvore acima, o percurso seria: 2, 7, 5, 6, 11, 2, 5, 4 e 9.

PreOrdem

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O algoritmo desse percurso é:

preOrdem(Struct No *n){
  if(n!=null){
    visita(n);
    preOrdem(n->esq);
    preOrdem(n->dir);
  }
}

Para a árvore acima, o percurso seria: 2, 7, 2, 6, 5, 11, 5, 9 e 4.

PosOrdem

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O algoritmo desse percurso é:

posOrdem(Struct No *n){
 if(n!=null){
   posOrdem(n->esq);
   posOrdem(n->dir);
   visita(n);
 }
}

Para a árvore acima, o percurso seria: 2, 5, 11, 6, 7, 4, 9, 5 e 2.

Transformação de uma árvore n-ária

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Uma árvore n-ária qualquer (árvore cujos nós possuem graus menores ou iguais a n) podem ser representados por uma árvore binária. Um exemplo dessa transformação pode ser vista em w:en:Image:Nary_to_binary_tree_conversion.png

Métodos para representação de árvores binárias

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Uma das maneiras mais simples de representar árvores binárias em linguagens de programação é por meio de arranjos unidimensionais (vetores). Dado um nó de índice i qualquer, os seus filhos terão índices 2i + 1 e 2i + 2 e o seu pai terá índice piso((i - 1)/2). Essa implementação é utilizada para representar árvores completas ou quase completas. Heaps, que são árvores binárias quase completas são implementadas na forma de um vetor de uma maneira bastante eficiente.

Apesar da simplicidade, essa representação requer uma grande quantidade de memória contígua para o armazenamento de árvores grandes, o crescimento desta é díficil de implementar e manter e pode haver grande quantidade de desperdício de memória.

 
Uma pequena árvore binária representada como um vetor.

Em uma linguagem que possua suporte a estruturas e referências (por exemplo Pascal e C), as árvores são implementadas a partir de nós, com um, ou mais, campos para a(s) informação(ões) principal(is) e dois campos apontadores especiais, denominados esquerda e direita, que fazem referência às sub-árvores esquerda e direita, respectivamente. Algumas vezes, há um apontador para o pai. Em um nó do tipo folha, os campos apontadores possuem valores especiais (nil em Pascal e NULL em C).