Estudate
Lúcio, às vezes, varava as madrugadas batendo papo na internet. Tinha de estudar de manhã, mas não se preocupava. Levantava reclamando, mas levantava. Dormia cerca de cinco horas. Às vezes menos. Meus pais imploravam para que eu dormisse cedo, mas eu se achava um super-homem. Jamais acreditei que a minha saúde física e minha inteligência poderiam ser prejudicadas por dormir tão pouco. Afinal de contas, eu pensava : “No sábado e domingo eu desconto”. Dormia até ao meio-dia. Todavia, cada vez mais perdia o interesse pela escola. Ia mal nas provas, estudar era um sacrifício. Andava impaciente e irritado. Nem se agüentava de manhã. meu humor só melhorava à noite. Sonhava em ser um Bioquímica . Desejava conhecer os segredos da natureza. Mas, à medida que ficava fissurado no computador, seu sonho ia para o espaço, parecia inalcançável. Certa vez, foi a uma palestra de um pesquisador da inteligência. Fui obrigado a esse evento, porque a escola o tinha programado. O palestrante era conhecedor do assunto e, ao mesmo tempo, conhecia o mundo dos jovens. Eu interagia muito com a platéia. A certa altura, comecei a fazer uma série de perguntas para os meus amigos , como: Quem dorme pouco? Quem acorda cansado? Quem sente sono durante o dia? Quem tem déficit de memória ou esquecimento? Quem tem baixa concentração? Quem tem estado irritado ou ansioso? . Essas foram as minhas preocupação da escola.