Extrema-direita e Desinformação

Extrema-direita e Desinformação editar

A ascenção da extrema-direita em todo mundo nos últimos anos esteve marcada pela produção e disseminação de desinformação. Casos emblemáticos com o da Cambridge Analytica alertaram para o uso massivo de dados associado à alta tecnologia e à desinformação, afim de manipular processos eleitorais. A utilização das mesmas ferramentas por esses governos depois de eleitos pode, também, ser observada para manutenção de sua base de apoio e concretização de sua agenda.  Este tópico pretende juntar referências sobre essa discussão.

Desinformação e processos eleitorais editar

EUA - 2016 - Donald Trump editar
Brasil - 2018 - Jair Bolsonaro editar
"QUEM SÃO E NO QUE ACREDITAM OS ELEITORES DE JAIR BOLSONARO" editar

KALIL, Isabela de Oliveira. "QUEM SÃO E NO QUE ACREDITAM OS ELEITORES DE JAIR BOLSONARO". Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Outubro, 2018.

Tipo do documento

Artigo

Entrevista

Quem é o autor?

Doutora em Antropologia Social, Isabela Oliveira Kalil dedica-se há seis anos a estudar o desenvolvimento de movimentos conservadores no Brasil. Coordena o Núcleo de Etnografia Urbana da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (NEU-FESPSP) (Fonte: www.isabelakalil.com)

Objetivo

Entender como Bolsonaro (que formalizou sua filiação partidária em março de 2018 a um partido até então pouco expressivo) conseguiu aumentar sua base de apoio em tão pouco tempo.

Metodologia

Observação de campo, a realização de entrevistas curtas ou em profundidade e pesquisa quantitativa tipo survey em manifestações ou eventos públicos. Acompanhamento dos eventos nas redes sociais, análise do conteúdo produzido por seus organizadores e veiculados na internet, interação e participação de grupos de WhatsApp.

Principais Resultados

A pesquisa agrupou 16 tipos de apoiadores, eleitores e potenciais eleitores de Jair Bolsonaro, de acordo com marcadores de classe social, raça/etnia, identidade de gênero, religião, formas de engajamento e crenças. A pesquisa considera o que repudiam e o que desejam, aspiram ou imaginam para o futuro para um eventual governo presidido por Jair Bolsonaro.

A análise dos dados revela uma multiplicidade no padrão de eleitores e o mais importante: a estratégia de comunicação do candidato Jair Bolsonaro, até a realização do primeiro turno eleitoral se baseou em segmentar as informações para os diferentes perfis de potenciais eleitores. Para quem acompanha a trajetória de Bolsonaro parece haver uma série de contradições e incoerências em seus discursos. Esta forma de se comunicar e se posicionar em relação a assuntos polêmicos gerou uma reação do campo progressista que passou a identificar nele elementos como a falta de coerência, baixa capacidade de articulação política ou ainda a presença de posicionamentos desprovidos de sentido. No entanto, ao segmentar o direcionamento de suas mensagens para grupos específicos, a figura do “mito” – como é chamado por seus eleitores – consegue assumir diferentes formas, a partir das aspirações de seus apoiadores. A pesquisa trata dessa multiplicidade.

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