Fábio Baena
Fábio Baena dos Santos
Seminário de Políticas Públicas Setoriais II
Professor: Jorge Machado
Relatório Individual – Aldeia Rio Silveiras
Primeiramente gostaria de parabenizar e agradecer a paciência e dedicação de todos aqueles que se doaram para que esta vivência fosse factível. Tornar real uma experiência desta magnitude carece de planejamento e perseverança.
Embora tenha sido a segunda edição de uma atividade que conta com muitas variáveis, o mínimo de ordem e controle que era necessário conseguiu se fazer presente. É importante ressaltar que as noções e parâmetros de ordem, cronograma e previsibilidade funcionam de maneira muito diferente nos meios urbanos e numa comunidade que vive o tempo de maneira cíclica e sem loteamento de horários, não baseado em linearidade e produtividade.
O entendimento sobre a dinâmica e as práticas rotineiras dos indígenas passa por um processo intenso de estudo e imaginação; neste sentido, é difícil considerar que muitos alunos com histórias de vida diferentes consigam assimilar e se doar para uma experiência atípica e revolucionária. Por vezes era possível notar alguns comportamentos que se dissociavam de uma ideia de coletividade e compreensão de uma realidade que não nos pertence e pouco tem a ver com nosso cotidiano, pelo contrário, sofre com imposições culturais que ocorrem de maneira fluida e ininterrupta em seus locais de plantio, reza, lazer e caça.
De maneira geral a experiência foi rica até mesmo no sentido antropológico do ato, isto é, notar as diferentes reações de pessoas extremamente urbanas em um lugar em que boa parte dos valores da cidade são pouco relevantes também acabou por exigir uma capacidade analítica e uma desenvoltura na observação das relações diferente do requisitado para o nosso dia a dia. Por fim, gostaria de deixar clara minha satisfação e meus votos para que esta disciplina se desenvolva cada vez mais e melhor.