Filosofia, Redes Virtuais e Subjetividade

Que é a Filosofia? editar

Responder essa pergunta pode ser tão complexa quanto o conceito de Filosofia que pode estar presente em diversos lugares. Uma das possibilidades de resposta a esta pergunta é a compreensão da Filosofia como caminhos de peregrinação, pois a filosofia é a busca constante de conhecimento e o entendimento do homem e da natureza em sua essência e a procura por respostas e desafios. Filosofar é pensar o mundo a sua volta. Na sua essência, Filosofia é a busca da compreensão do que somos, do que queremos ser e do que seremos. Portanto podemos ver que Filosofia é a cieência que existiu no passado , existe no presente e existirá no futuro, transformando o ser humano através da pensamentos e reflexão.

Analisando o fragmento de texto do filósofo John Rawls,abaixo,há possibilidade de conceituarmos a filosofia como sendo a arte do diálogo, na construção coletiva fundamentada, do argumento dialético, dando origem a um texto em aberto a caminho do conhecimento puro?

John Rawls editar

Nasceu em 1921 na cidade de Baltimore nos Estados Unidos. Este filósofo iniciou sua atividade docente na Universidade de Princeton, tendo se doutorado em 1950. A partir de l952 lecionou em Oxford e como bolsista da Fullbright Foudation passou a publicar artigos em revistas especializadas sobre questões de filosofia moral e política.

Na Universidade de Cornell entre 1953/1959 continuou participando ativamente na categoria de docente pesquisador e ao mesmo tempo dando continuidade às publicações em revistas especializadas sobre questões de filosóficas, com ênfase em moral e política. John Rauls neste período é um dos mais brilhantes pesquisadores em filosofia do Massachutes Instituit of Tecnology. A partir de 1962 vamos encontrá-lo lecionando na Universidade de Harward onde conclui e publica a sua obra fundamental: A Theory of Justice em l971. Os filósofos que mais o influiram: John Locke, Jean Jacque Rousseau,destacando-se Immnuel Kant através de sua filosofia prática e do seu construtivismo. Em relação aos filósofos anteriores insere-se na tradição do Contrato Social como princípio de legitimação política.

Através de sua concepção deontológica da justiça como eqüidade busca uma alternativa ao utilitarismo, tanto na versão clássica de Hume e Stuart Mill, como na versão moderna. O princípio fundamentalç da filosofia de Hume é o da imanência, interpretado empiricamente.

A única fonte de conhecimento é a experiência, cujo objeto não é a coisa externa, mas a sua representação. As representações, ou impressões, constituem o dado último do conhecimento humano, o limite contra o qual o homem se choca e no qual deve determinar-se. só existem as idéias atuais, ou seja, as impressões sensíveis e as suas cópias. A experiência consiste numa série de impressões e de idéias, um fluir de aparências, no qual se resolve a realidade do sujeito que sente e pensa e do objeto sentido e pensado. O empirismo é fenomenalismo. O pensamento só pode conhecer a si mesmo e nada fora de sí mesmo.

A realidade das redes virtuais editar

Subjetividades cibernéticas editar

Remetendo ao termo subjetividade, pode-se ilustrar tal fenômeno no Mito de Hermes, o deus grego criador da linguagem, quando a hermenêutica aparece como dizer no sentido de expressar, afirmar. Este dizer reenvia à dimensão oral da linguagem. Logo, quando se fala em Filosofia, sabemos que ela nasceu da própria oralidade, sendo Sócrates um dos precurssores desta forma linguística. Assim como o método Socrático, o diálogo hipertextual promove a linguagem e a capacidade de novas hermenêuticas.

"Gadamer nos explica que 'ler já é traduzir e traduzir é traduzir mais uma vez' de uma para outra margem, de modo que, no ato da leitura - seja de um texto, seja de um mundo como tal - estão implicadas sempre duas margens: o leitor e o texto, o intérprete e o objeto interpretado. Ao ler, não apenas ocorre uma transposição de sentido, de uma margem para a outra, mas acontece a instauração de uma terceira margem que antes não existia e que a leitura configura" (CANDIDO, Celso (org). Filosofia e Ensino. ROHDEN, Luiz. Sentido(s) da Leitura Hermenêutico-filosófica.Ijuí, Editoria Unijuí, 2004).

Na intersubjetividade do hipertexto abre-se uma brecha, um silêncio. Esse silêncio que se instaura entre o autor e o texto permite ao leitor escrever sua contribuição, através de sua interpretação, colocando-se no texto como uma terceira pessoa, mas agora autorizada a inserir-se como criadora original e autônoma nesta criação, tal qual o autor primeiro se inspirou, caracterizando uma "dialética hipertextual", na qual instaura-se um diálogo de "todos com todos".

A reforma socrática atingiu os alicerces da filosofia. A doutrina do conceito determina para sempre o verdadeiro objeto da ciência: a indução dialética reforma o método filosófico; a ética a ciência dos costumes à filosofia especulativa. Não é, pois, de admirar que um homem, tenha, pela novidade de suas idéias, exercido sobre os contemporâneos tamanha influência.

Assim como Platão, sob certo aspecto, considerava a Filosofia enquanto um Phármacon - o símbolo atualizado do cajado do deus Hermes associado ao mesmo, de Hipócrates o "pai da medicina" duas serpentes partindo do mesmo ponto, interlaçando-se, por fim, permanecendo frente a frente a olhar uma para outra; pode-se fazer uma possível analogia no sentido de que a polarização exercitada pela linguagem, o exercício da criatividade do leitor singular e universal, de modo geral, poderá promover um exercício de "cura" dos conflitos da alma através do entendimento e compreensão mais aprimorada.