Imaginários transfeministas para o fim do mundo
Imaginários transfeministas para o fim do mundo
Ementa
editarTendo em vista o cenário da vida contemporânea atual, o presente curso busca apresentar algumas ideias e reflexões oriundas de discussões transfeministas com o intuito de investigar práticas de resistência, de reativação e de fortalecimento frente a um contexto que se apresenta para muitas pessoas como potencialmente destruidor de inúmeros modos de vida. Levando-se em consideração que os movimentos transfeministas e os engajamentos políticos e especulativos empreendidos por eles têm como preocupação, entre outras, o alto número de mortes de pessoas trans e travestis, o curso aposta que os transfeminismos podem fornecer boas ferramentas para sobreviver os tempos que chegaram e os que estão porvir. Para concretizar tal proposta, o curso desenvolverá um percurso que visa apresentar o que chamo de “imaginários transfeministas”, tentando articular com esse termo tanto o caráter prático das propostas transfeministas quanto sua dimensão criativa, isto é, capaz de ativar outras zonas da imaginação, outros possíveis. Alguns dos temas centrais discutidos serão: juntidades, pertencimento, bons e maus encontros, precariedades, insistências e cuidado/cura.
Objetivos
editarObjetivos gerais
editar- Iniciar uma conversa inspirada e ativada por discussões transfeministas com o intuito de pensar sobre os contextos da vida contemporânea.
Objetivos específicos
editar- Discutir as histórias dos transfeminismos.
- Discutir o contexto contemporâneo a partir de uma perspectiva transfeminista.
- Discutir a experiência transfeminista enquanto prática política e prática especulativa.
Conteúdo programático
editar1. estar entre as nossas, insistir na vida
editarBIBLIOGRAFIA DE APOIO
CAMPOS LEAL, abigail. 2020. me curo y me armo, estudando: a dimensão terapêutica y bélica do saber prete e trans. Cadernos de subjetividade, n. 21, pp. 65-70.
BRASILEIRO, Castiel Vitorino. 2020. Ancestralidade sodomita, espiritualidade travesti. PISEAGRAMA, n. 14, pp. 40-47.
PRECIADO, Paul. 2018. Transfeminismo. Coleção Pandemia. São Paulo: n-1 edições.
KOIYAMA, Emi. 2001. Manifesto transfeminista.
RED PutaBolloNegraTransFeminista. 2010. Manifiesto para la insurrección transfeminista.
PRECIADO, Paul. 2011. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Revista de Estudos Feministas, 19(1).
Site: transfeminismo.com
2. mútua implicação, mútua transformação
editarESTORVO, Adelaide de. 2019. O gênero e a onça. Cadernos de Subjetividade, n. 20, pp. 47-66.
ESTORVO, Adelaide de. 2020. Pois é, Alana. Juntas em tempos de treta.
PEREIRA, Bru. 2019. Conversa de gêneros. Publicado no blog pessoal da autora.
3. presentes precários, imaginações de cura
editarCAVALCANTI, Céu. 2018. Quebranto. Publicado no blog pessoal da autora.
FITTIPALDI, Dan. 2020. 35 anos. Juntas em tempos de treta.
FITTIPALDI, Dan. 2020. Miniconto sobre o pós-pandemia. (não publicado)
CAMPOS LEAL, abigail. 2020. A pandemia, o espelho de merda y o fim do mundo. GLAC edições.
DE CORTES, Luna. 2020. Sociologias ontológicas do meu fique em casa: monólogo de consciência. Juntas em tempos de treta.
PEREIRA, Bru. 2020. A comunidade das sobreviventes contra a sobrevivência dos heróis. Zona de Contágio.
4. enfim, o fim [do mundo]
editarPROFANA, Ventura. 2020. Profecia de vida. PISEAGRAMA, n. 14, pp. 54-63.
KURY, Bruna; CAPELOBO, Walla. 2020. Desejo que sobrevivamos pois já sobrevivemos. GLAC edições.
CATRILEO ARAYA, Antonio Calibán. 2019. “Potencia del giro epupillan: devenir itrofilmongen”. In: Awkan epupillan mew: dos espíritus en divergência. Santiago de Chile: Pehuén, pp. 107-113.
LEAL, Dodi. 2020. A arte travesti é a única estética pós-apocalíptica possível? Pedagogias antiCIStêmicas da pandemia. n-1 edições. (Coleção Pandemia Crítica)
MOMBAÇA, Jota. 2016. lauren olamina e eu nos portões do fim do mundo.