Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Joseantonioramalho

Nome da atividade

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Esta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.

Descrição da atividade

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Atuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.

Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.

As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.

== Nome de usuário(a) == Joseantonioramalho Joseantonioramalho == Link para a matéria selecionada == https://revistapesquisa.fapesp.br/eureca-em-baixa/

Nesta seção, você deverá colocar os links da matéria selecionada. Esteja logado.

Resumo da matéria

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Para esta etapa, resuma a matéria em até 300 caracteres. Esteja logado.

Estudo publicado na revista Nature por cientistas dos EUA (PARK, M. et al. Papers and patents are becoming less disruptive overtime. Nature. v. 613, p. 138-44. 5 jan. 2023.) sugere que a capacidade da ciência de ser disruptiva está diminuindo. Após analisar mais de 45 milhões de artigos científicos e 3,9 milhões de patentes, os pesquisadores afirmam que é cada vez mais difícil para os cientistas fazer descobertas que criem novos campos de conhecimento ou mudem drasticamente os existentes. Usando o índice CD, que varia de -1 (menos disruptivo) a +1 (mais disruptivo), observaram uma queda de mais de 90% para artigos e mais de 78% para patentes entre 1945 e 2010. Esse estudo classifica a inovação científica em duas categorias: disruptiva, que transforma e impulsiona novas direções, e consolidadora, que melhora os fluxos de conhecimento existentes. A análise das referências bibliográficas mostrou que artigos disruptivos tendem a não citar predecessores, ao contrário dos consolidados. Alguns exemplos de ciência disruptiva, como a descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA, foram destacados, enquanto outras classificações geraram controvérsias. Por exemplo, uma patente de 1983 sobre inserção de DNA em células de mamíferos foi considerada altamente disruptiva, apesar de não ter sido uma descoberta surpreendente na época. O debate a sugere que o aumento no número de pesquisadores não tem levado a um aumento proporcional na produção de ideias inovadoras. Fatores como a dificuldade de acompanhar a vasta produção científica e a preferência por inovações incrementais foram apontados como possíveis causas. Apesar das críticas, o estudo levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre ciência disruptiva e incremental. Embora a produção científica tenha aumentado, a proporção de descobertas transformadoras parece estar diminuindo. No entanto, grandes promessas científicas, como imunoterapias e avanços na edição de genomas, continuam a mostrar o potencial disruptivo da ciência.

Análise da matéria

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Para esta etapa, identifique e analise com base na matéria: o objeto e a metodologia (observação, hipótese, experimentação, análise e publicação) da pesquisa. Esteja logado.

O objeto da pesquisa analisada no artigo “Eureca em Baixa?” é a diminuição percentual da disruptividade das descobertas científicas ao longo do tempo. Os pesquisadores investigaram como a inovação e a originalidade das pesquisas têm evoluído, especialmente no contexto de artigos acadêmicos e patentes nos Estados Unidos. Quanto à metodologia, os pesquisadores coletaram e analisaram um grande volume de dados. Eles examinaram mais de 45 milhões de artigos publicados entre 1945 e 2010 e 3,9 milhões de patentes depositadas nos EUA entre 1976 e 2010. A partir desses dados, eles calcularam o índice CD, que mede a disruptividade das descobertas. O índice CD considera o impacto e a originalidade de cada trabalho. 1. Observação: Coleta de dados sobre artigos acadêmicos e patentes. 2. Hipótese: A hipótese subjacente é que a ciência está se tornando menos disruptiva ao longo do tempo. 3. Experimentação: Análise estatística dos dados para avaliar a tendência de disruptividade. 4. Análise: Comparação dos índices CD ao longo das décadas e interpretação dos resultados. 5. Publicação: Revista Pesquisa Fapesp edição 325 - Marçco de 2023

Análise da pesquisa

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Para esta etapa, acesse a(s) pesquisa(s) de origem, de base para o artigo na Pesquisa FAPESP, identifique e analise a seção metodológica. Em especial, explique em que medida o processo de pesquisa foi bem documentado no artigo que você selecionou. Esteja logado.

A seção metodológica inclui detalhes sobre o design do estudo, a coleta de dados, as técnicas de análise e as justificativas para as escolhas metodológicas. A documentação do processo de pesquisa é bem detalhada, incluindo: 1. Design do Estudo: Descrição clara do tipo de estudo realizado, incluindo o contexto e os objetivos. 2. Coleta de Dados: Métodos de amostragem e procedimentos de coleta de dados são explicitamente descritos. 3. Análise de Dados: Técnicas de análise utilizadas e ferramentas estatísticas empregadas são bem documentadas. 4. Justificativas Metodológicas: Explicações sobre por que certos métodos foram escolhidos e como eles se alinham com os objetivos do estudo.

Metáfora científica

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Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "A metáfora científica". No artigo da Pesquisa FAPESP selecionado, identifique quais foram as metáforas científicas ou cientificamente inspiradas utilizadas e justifique esse uso a partir das indicações da aula. Analise em que medida contribuem ou dificultam o entendimento da ciência. Esteja logado.

No artigo podemos destacar duas metáforas [: 1. "Ecossistema científico saudável": Refere-se à diversidade e equilíbrio necessários no campo científico, similar ao conceito de um ecossistema natural. 2. "Perda de fôlego": Usada para descrever a diminuição relativa da ciência disruptiva, evocando a imagem de um atleta cansado, indicando um ritmo mais lento na produção de descobertas transformadoras. Essas metáforas ajudam a traduzir conceitos complexos em imagens mais compreensíveis, facilitando a comunicação de ideias científicas para um público mais amplo. Elas simplificam a compreensão ao criar paralelos com situações do cotidiano (como um ecossistema ou um atleta), tornando a discussão mais acessível e engajante. No entanto, podem também simplificar demais, levando a interpretações errôneas ou superficialidades.

Filosofia da ciência

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Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "Ciência e Filosofia". Discorra sobre em que medida o artigo da Pesquisa FAPESP que você selecionou coloca questões filosóficas e apresente exemplos extraídos do texto. Esteja logado.

O artigo nos convida a refletir sobre o equilíbrio entre inovação disruptiva e consolidação do conhecimento, bem como os desafios enfrentados pela ciência em um mundo de informações em constante expansão. Tais discussões filosóficas são fundamentais para entender a dinâmica do avanço científico e suas implicações para a sociedade. Entre elas podemos citar: O artigo questiona o que caracteriza a inovação disruptiva versus incremental e como essas categorias moldam o avanço do conhecimento. A metáfora do "ecossistema científico saudável" levanta questões sobre a sustentabilidade do progresso científico e a necessidade de um equilíbrio entre diferentes tipos de pesquisa. A discussão sobre o "Índice CD" como uma medida de disruptividade levanta questões sobre como quantificamos e valorizamos o progresso científico, e as implicações éticas e epistemológicas dessas métricas.


Referências