Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Patriciaseri
Nome da atividade
editarEsta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.
Descrição da atividade
editarAtuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.
Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.
As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.
Nome de usuário(a)
editarPatriciaseri
Link para a matéria selecionada
editarNesta seção, você deverá colocar os links da matéria selecionada. Esteja logado.
- Título de matéria: “Os antigos perigos de receber sangue. Até as descobertas do início do século XX, a transfusão dependia essencialmente da sorte”.
- Autoria de matéria: Felipe Floresti
- Link de matéria: https://revistapesquisa.fapesp.br/os-antigos-perigos-de-receber-sangue/
Resumo da matéria
editarPara esta etapa, resuma a matéria em até 300 caracteres. Esteja logado.
A matéria aborda o desenvolvimento das técnicas e dos aparelhos de transfusão de sangue ao longo da história e, em especial, no Brasil. Com base em vários estudos e entrevistas, o texto destaca que, até o começo do século XX, as transfusões de sangue desconsideravam a tipagem sanguínea, entre outros fatores, o que ocasionava muitas mortes pelo procedimento.
Análise da matéria
editarPara esta etapa, identifique e analise com base na matéria: o objeto e a metodologia (observação, hipótese, experimentação, análise e publicação) da pesquisa. Esteja logado.
O objeto do estudo da pesquisa é a história da medicina transfusional e a hipótese é de que identificação da tipologia sanguínea e os demais avanços técnicos e teóricos da medicina sobre o assunto, no início do século XX, reduziram os riscos de morte por transfusão de sangue. A metodologia dá-se a partir de dados extraídos de fontes históricas (jornais, gravuras, fotografias, revistas etc.), dos trabalhos científicos sobre o tema e de entrevistas. A partir desse material foram feitas análises de contexto e de relações entre os fenômenos mais gerais e particulares, a fim de validar a hipótese. A publicidade da pesquisa foi feita por meio de revista científica.
Análise da pesquisa
editarPara esta etapa, acesse a(s) pesquisa(s) de origem, de base para o artigo na Pesquisa FAPESP, identifique e analise a seção metodológica. Em especial, explique em que medida o processo de pesquisa foi bem documentado no artigo que você selecionou. Esteja logado.
O autor da matéria utilizou-se de forma desigual dos estudos que consultou; apoiando-se mais em alguns artigos do que em outros. No geral, ele fez uso de algumas fontes históricas citadas em alguns artigos e deu atenção especial aos trechos que descreviam o funcionamento dos aparelhos de transfusão de sangue dos séculos XIX e XX. O autor da matéria também recorreu a entrevistas com estudiosos do tema e usou imagens sobre o tema conservadas em instituições e museus.
Metáfora científica
editarPara esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "A metáfora científica". No artigo da Pesquisa FAPESP selecionado, identifique quais foram as metáforas científicas ou cientificamente inspiradas utilizadas e justifique esse uso a partir das indicações da aula. Analise em que medida contribuem ou dificultam o entendimento da ciência. Esteja logado.
Não consegui identificar na matéria escolhida as metáforas especificamente científicas. Mas me chamou a atenção o trecho “Tornava-se claro...”, que guarda relação, conforme apresentado no texto do curso, com a metáfora cognitiva básica “conhecer: ver”. “Claro” no sentido de se ver bem. A meu ver, o uso da expressão reforça a relação entre dois fenômenos (mortes e desconhecimento dos grupos sanguíneos, em especial) durante a transfusão, o que, até então, não era visto, percebido.
Filosofia da ciência
editarPara esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "Ciência e Filosofia". Discorra sobre em que medida o artigo da Pesquisa FAPESP que você selecionou coloca questões filosóficas e apresente exemplos extraídos do texto. Esteja logado.
A matéria revela que à medida que a ciência avança, as técnicas se aperfeiçoam e a qualidade de vida melhora. Ao longo do texto, o autor nos informa sobre as descobertas no campo da medicina em relação à hemoterapia. Essas descobertas levaram os médicos a considerarem novos paradigmas (tipagem sanguínea, anticoagulantes, fator Rh, testes sorológicos etc.) e abandonarem antigos modelos – ainda que isso não tenha ocorrido de forma instantânea em todos os lugares. O próprio subtítulo da matéria já traz embutida essa ideia: “Até as descobertas do início do século XX, a transfusão dependia essencialmente da sorte”. Ou seja, como se desconheciam outros fatores que incidiam no processo de transfusão de sangue, seu sucesso era uma questão de sorte. A descoberta de tipos sanguíneos marca uma mudança de paradigma em relação ao conhecimento e tratamento da transfusão sanguínea: “Os riscos caíram bastante a partir de 1901. Nesse ano, ao investigar a causa da morte de pacientes após a transfusão, o patologista austríaco Karl Landsteiner (1868-1943), do Instituto Anatomopatológico de Viena, então capital do império austro-húngaro, identificou o primeiro grupo sanguíneo, o sistema ABO, formado por quatro tipos (A, B, AB e O) [...]”. Outro exemplo que mostra a passagem para um novo paradigma é a descoberta do citrato de sódio como anticoagulante: “Anos antes, outro sério problema havia sido resolvido: fora do corpo, o sangue coagula rapidamente. Trabalhando separadamente e sem conhecer os resultados um do outro, em 1914, o cirurgião belga Albert Hustin (1882-1967) e o médico argentino Luis Agote (1868-1954) mostraram que a adição de citrato de sódio impedia a coagulação, sem causar danos ao paciente”.
Próximos passos
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