Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Rogério Bordini

Nome da atividade editar

Esta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.

Descrição da atividade editar

Atuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.

Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.

As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.

Nome de usuário(a) editar

Rogério Bordini

Link para a matéria selecionada editar

Nesta seção, você deverá colocar os links da matéria selecionada. Esteja logado.

Resumo da matéria editar

Para esta etapa, resuma a matéria em até 300 caracteres. Esteja logado.

Lysa, cão guia-robô multissensorial e portátil para auxiliar deficientes visuais na locomoção em espaços fechados, teve suas primeiras versões lançadas para venda e testes em 2022. Concebida pela startup capixaba Vixsystem, Lysa trata-se de solução promissora à autonomia de deslocamento para cegos.

Análise da matéria editar

Para esta etapa, identifique e analise com base na matéria: o objeto e a metodologia (observação, hipótese, experimentação, análise e publicação) da pesquisa. Esteja logado.

- Objeto: robô cão-guia Lysa para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual em espaços internos;

- Observação: análise comportamental e espacial para compreender tanto como pessoas cegas se locomovem por ambientes internos quanto os elementos físicos que compõem tais espaço, cujo mapeamento permite a detecção pelos sensores e câmeras do robô cão-guia;

- Hipótese: eficácia do robô Lysa em auxiliar pessoas cegas a se locomoverem de forma segura por espaços fechados, sobretudo na identificação antecipada de objetos, pessoas e obstáculos nestes locais;

- Experimentação: embora na matéria não haja menções específicas sobre os experimentos a serem conduzidos com o robô, pressupõe-se que testes de usabilidade seriam conduzidos com o público-alvo para verificar a eficácia do sistema autônomo. Como o robô relatado na matéria estava em fase de pré-lançamento, informações referentes aos testes com o público-alvo e análise dos resultados ainda não foram disponibilizadas.

Análise da pesquisa editar

Para esta etapa, acesse a(s) pesquisa(s) de origem, de base para o artigo na Pesquisa FAPESP, identifique e analise a seção metodológica. Em especial, explique em que medida o processo de pesquisa foi bem documentado no artigo que você selecionou. Esteja logado.

No artigo publicado na Revista FAPESP não foi possível localizar a pesquisa de origem com detalhamento dos procedimentos metodológicos adotados pela equipe para execução do projeto. Para tanto, por meio de uma busca no Google Acadêmico, foi possível localizar o artigo "MobiLysa - Sistema de localização e controle do cão-guia robô Lysa para ambientes internos baseado em visão computacional" que apresenta a metodologia para construção e execução do robô cão-guia na seção "Proposta de Trabalho". Neste tópico, os autores apresentam os multi-dispositivos (sensores, câmeras, peças) considerados tanto para permitir a detecção de objetos no espaço em tempo real quanto para permitir a interação do usuário (aplicativo, comando de voz, etc). Esses elementos são descritos detalhadamente na seção "Como a Lysa Funciona" no referido artigo publicado na FAPESP. O autor também traça um histórico acerca da motivação inicial dos desenvolvedores para concepção de tal projeto, ajudando na compreensão do(a) leitor(a) sobre a necessidade do sistema. Contudo, apesar da matéria mencionar que o projeto foi lançado para testes, não é informado que tipos de avaliações seriam essas exatamente, uma vez que isso é mencionado no artigo base da pesquisa. A ausência de tal informação deixa a matéria vaga no sentido de apontar para os passos futuros do projeto Lysa.

Metáfora científica editar

Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "A metáfora científica". No artigo da Pesquisa FAPESP selecionado, identifique quais foram as metáforas científicas ou cientificamente inspiradas utilizadas e justifique esse uso a partir das indicações da aula. Analise em que medida contribuem ou dificultam o entendimento da ciência. Esteja logado.

No 3º parágrafo do referido artigo, o autor aprofunda o termo "bengalas inteligentes" para explicar as funcionalidades das bengalas eletrônicas que fazem uso de mecanismos sensoriais para auxiliar no deslocamento de pessoas com deficiência visual. Nesse caso, o uso de "inteligente" trata-se de uma metáfora cientificamente inspirada para exemplificar um sistema que possui recursos e características que podem remeter à inteligência de seres vivos (ex: capacidade de navegação, reconhecimento de obstáculos, comunicação).

Filosofia da ciência editar

Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "Ciência e Filosofia". Discorra sobre em que medida o artigo da Pesquisa FAPESP que você selecionou coloca questões filosóficas e apresente exemplos extraídos do texto. Esteja logado.

O processo de desenvolvimento de sistemas tecnológicos, como o cão-guia robô Lysa, é inerente às práticas científicas de aceitação ou refutação de evidências, as quais referem-se às concepções de ciência normal e ciência extraordinária propostas por Thomas Kuhn. No caso do referido artigo da Revista FAPESP, a presença desses princípios fica evidente quando o autor menciona trabalhos relacionados aos do projeto da startup Vixsystem, como os protótipos de cão-guia autônomo de quatro patas propostos pelas instituições paulistas ICMC-USP e FATEC Catanduva Marcelo Assis e pela empresa norte-americana Boston Dynamics. Pesquisadores da ICMC-USP contestam o uso de rodas no modelo robótico da equipe capixaba, argumentando que um robô como esse seria utilizável somente em locais que possuem acessibilidade para cadeira de rodas. Por outro lado, membros da Vixsystem indicam que, por conta da portabilidade de Lysa, ela poderia ser facilmente carregada em espaços desprovidos de acessibilidade, como em escadas e demais caminhos com obstáculos. Essa passagem na matéria da FAPESP ilustra como questões filosófico-científicas podem ser adotadas em projetos experimentais para colocar à prova os equipamentos, estratégias e metodologias adotados para a projeção e desenvolvimento de sistemas autônomos, com as dos referidos robôs mencionados no artigo.

Referências