Jogo 2014/Aula 2
20 de março,2014
I.Tema e Objetivo da Aula
editarBrinquedo, brincadeiras, jogos e expressividade cultural.
O objetivo principal da aula foi pautar as diferenças e semelhanças entre brinquedo, brincadeiras e jogos; ouvir e discutir a opinião da sala diante das problemáticas trazidas pelo texto, conceituar a relatividade entre o texto e a notícia trazida pelo professor. Ao longo da aula foram desenvolvidas questões que abriram espaço para a discussão, demonstração, resolução e por fim o envolvimento da classe.
II.Materiais e Espaços Utilizados
editarO espaço utilizado foi um salão de dança no Clube Saldanha, onde os alunos sentaram em uma roda para a aula ficar mais dinâmica e descontraída, por ser uma aula prática .Os materiais utilizados foram: notícia trazida pelo professor, texto e apresentação realizada pelo trio . Com isso houve a desenvoltura da aula que apresentaremos a seguir.
III.Método didático
editarAula prática do Módulo Jogo, uma aula descontraída e menos conceitual, aberta para debates, discussões, opiniões voltados para a relação :brinquedo, brincadeira e jogo.
IV.Descrição das Atividades/Discussões e Dúvidas dos alunos
editarPrimeira Parte da Aula: NOTÍCIA
editarPrimeiramente o professor apresentou a leitura de uma notícia,essa leitura apresentou diversas discussões, porém houveram 3 itens de destaque:
• Questão da cultura: As crianças hoje em dia não soltam muito mais pipa que nem antes, tanto por causa da tecnologia, quanto pelo perigo que há, por isso uma solução da notícia é a criação de Pipódromos, porém há a controversa de que o divertido da pipa, é soltá-la na rua, a competição pela busca da pipa, e por fim o uso do cerol, que engaja a próxima questão.
• Questão da diversão/perigo: Muitas das brincadeiras de hoje em dia o divertido delas é o perigo e nessa questão entra a pipa, que o gostoso é cortar a pipa do adversário e para isso usa-se cerol, substância perigosa que faz cortes(até mesmo fatais), e por isso, proibido. Um ponto importante para a redução das pipas.
• Questão social: Por fim, o último ponto apresentado pela turma foi a questão social. Primeiramente uma solução foi a criação de fiação subterrânea, em que os fios não atrapalhassem na condução das pipas, uma realidade mais longíqua, e houve a questão da criação da pipódromos, que pode ser uma realidade distinta dos que soltam a pipa, levamos o pensamento voltado para os que soltam, que o deslocamento até o local pode dificultar e assim também desmotivar a brincadeira, mais um motivo que acarrete sua extinção. Como conclusão de discussão, obtivemos os dois lados, uns agregam a utilização da pipa com o cerol, que a torna mais divertida e assim voltando ao crescimento da brincadeira, e outros abraçam a idéia de que a pipa pode ser utilizada sem a parte prejudicial. E por fim, a realidade social tornou-se uma solução um tanto distante devido os parâmetros da sociedade brasileira.
Segunda parte da aula : APRESENTAÇÃO DO TEXTO LIDO PELO TRIO
editarA segunda parte da aula foi a apresentação do primeiro trio, que fez a leitura aprofundada do texto, criando uma apresentação e se baseando nela .
Após a leitura breve para a sala, o texto foi resumido em uma pergunta que trouxe a seguinte conclusão da turma/professor:
• Pergunta: Por que tantas definições de brincadeira, brinquedo e jogo se estes são melhores entendidos na prática?
Conclusão: Após uma discussão de conceitos e opniões a sala concluiu que o estudo se baseia na prática, ou seja, é necessário praticar primeiro para criar um conceito. E por fim, tudo na vida precisamos ter o teórico, para nós mesmos e também para termos mais embasamento e assim passar para os outros.
Houveram mais três perguntas que o trio levantou e que abriu uma pequena discussão:
• Como defender apenas uma tese?
Depende, teríamos que ter um estudo aprofundado de cada uma das teses e então trabalhar em cima delas para que possamos defender apenas uma, não sendo assim devemos discutir todas.
• Qual a importância que os brinquedos trazem para o desenvolvimento do caráter?
A importância se dá pelo fato de que o brinquedo não envolve apenas o lado físico, mas também o psicológico e social aprendendo a interagir com os outros, respeitando limites de tempo e espaço.
• Será que tem como jogar sem brinquedo?
A resposta desta pergunta: Sim, não e depende. E com isso houve o gancho de uma demonstração.
Demonstração 1: O que fazer com uma caneta. Nesta primeira demonstração não houve a utilização da matéria física da caneta, foi usado apenas a imaginação. Cada um tentou uma vez, porém de 45 alunos, apenas 40 tiveram uma idéia.Ou seja, foi um jogo, porém sem o material. Exemplos: estourar bexiga, morder, prendedor de cabelo, etc.
Demonstração 2: O que fazer com uma caneta. Na segunda demonstração houve a utilização da caneta junto com a imaginação. Obtivemos mais de 100 ideias. Exemplos: tocar flauta,usar como medida, varinha de condão, etc.
Fotos dos alunos durante a dinâmica
Seguindo a brincadeira, o professor nos apresentou um pouco do desenvolvimento da criança, baseado nessas duas demonstrações.
E com isso surgiram duas questões: As crianças jogam ou brincam primeiro? Por quê?
A discussão foi gerada ao ponto que o professor começa com a questão de que, crianças menores de 7 anos não poderiam realizar a brincadeira da caneta sem o objeto material. Como a proposta era a imaginação, uma criança não teria como se expressar de tal forma para dar mais de 40 exemplos como foram dados, se antes não tivera vivenciado.
Dito isso, começou uma aprofundação sobre o tema de como entendemos as crianças. De tal forma que ao ponto que a criança cresce, consegue racionalizar mais, e também capta a mensagem e responde bem mais rápido que os adultos.
Outro exemplo dado foi o de pique-esconde, que as crianças vão construindo sua capacidade de pensar também pelos jogos e brincadeiras. A criança aos 3 anos ainda não se esconde totalmente, pois não tem total percepção e ideia do jogo, mas uma criança de 6 anos já consegue pensar e raciocinar para ficar totalmente escondida e não ser ‘’pega’’.
Discutindo sobre isso, vimos que as crianças brincam primeiro, e que em fase de crescimento elas acabam absorvendo muito mais que só o conceito da brincadeira, mas acabam desenvolvendo seu próprio caráter, as suas regras e futuramente jogar.
Pontos apresentados durante a aula
editar1. Tecnologia: brinquedos/jogos/brincadeiras em extinção
Hoje em dia estamos criando sociedade sedimentadas, em que brinquedos são feitos para enfeites, em que os pais proíbem os filhos de mexer, brincar e que muitas vezes são proibidos por “proteção”, como o pião, pipa e classificado como brinquedos “perigosos”e com isso permanece a ideia da tecnologia : crianças com iPod,iPhone, Xbox, PlayStation e mal sabem como andar em uma bicicleta, como empinar uma pipa, brincar de casinha e carrinho, jogar bola na rua etc
2. Problemática para o Educador Físico:
Diante da problemática, a sala foi colocada em uma situação: Você como Educador Físico e trabalha em um condomínio em que há várias crianças, o que você propõe: um jogo ou um brinquedo?
Como resposta da sala obteve o jogo, pois utiliza melhor o espaço e entra a prática coletiva, não que o brinquedo seja apenas individual, porém o conceito básico de brinquedo: prática individual e do jogo: prática coletiva. Portanto, escolhendo o jogo, propor do estilo Ludus(mais próximo ao jogo) ou Paedia(mais próximo a brincadeira).
3. Como uma criança desce do sofá?
Segundo as teorias do desenvolvimento motor, qual bebê apresenta sua motricidade mais desenvolvida? E qual é a importância disso para o desenvolvimento da capacidade de jogar?
A questão foi levantada pela linha de raciocínio do desenvolvimento da criança, como ela desenvolve sua habilidade de brincar e jogar e segundo a discussão da sala uma criança mais velha apresenta motricidade mais desenvolvida, ou seja, ao descer do sofá ela já tem a ideia de que pode descer de frente, mesmo se apoiando. Essa criança já tem mais ou menos a ideia de perigo formada e com isso cria novos desenvolvimentos, diferente da criança mais nova que ela enxerga a descida do mesmo modo que a subida ao sofá,portanto ela tende a descer de costas, se apoiando, porque ela ainda não tem a noção de que descer de frente é muito mais fácil, mesmo sendo mais arriscado.
VI. Temas interdisciplinares
editarUm módulo que dialoga com o tema foi o de Inserção Social, onde nas aulas discutimos sobre a cultura, baseado no texto de Roberto DaMatta. Nas aulas de IS discutimos sobre cultura e como ela nos influencia, visto que as brincadeiras são diferentes de cultura para cultura, de gerações, países, sociedades etc. E a relação foi sob o contexto da cultura, não se baseando em conceitos e sim em experiências sob o desenvolvimento do humano. E com isso entra o módulo de TS(Trabalho em Saúde), com a apresentação do texto de Jorge Bondia, que explica a experiência como algo de cada um, como por exemplo: duas crianças estão em um mesmo espaço com um mesmo brinquedo, uma pode se divertir e dividir e outra pode tornar aquilo uma competição de espaço.
As experiências também formam o caráter das pessoas como diz o texto relacionando com uma criança que em fase de crescimento acaba absorvendo muito mais que só o conceito da brincadeira, mas acaba desenvolvendo seu próprio caráter.
VII. Conclusões
editarA partir da leitura, da apresentação do texto e da desenvoltura da aula conclui-se que não existe apenas um conceito para brinquedo,brincadeira e jogo. E que dentro disso envolvem questões sociais, culturais e por fim do próprio desenvolvimento humano, do seu crescimento. Cada pessoa possui a sua experiência e um modo de enxergar as relações de espaço, tempo, sociedade e com isso constrói o seu caráter.
Pesquisas Bibliográficas
editarTexto de IS: Você tem Cultura? ,DAMATTA Roberto. Você Tem Cultura. Jornal da Embratel. Rio de Janeiro, 1981
Texto de TS: Notas sobre a experiência e o saber de experiência,BONDIA,I SEMINARIO INTERNACIONAL DE CAMPINAS. 2001, Campinas. Notas Sobre a Experiência e o Saber da Experiência. Leituras SME
Conceitos básicos do Módulo ,de Jogo de Vinícius Terra
Notícia, ROMEU, Gabriela. Batalha de Pipeiros. Folha de São Paulo, São Paulo, 25, Janeiro 2014. Folhinha.
Texto: Brinquedos Artesanais e Expressividade cultural,OLIVEIRA, Paulo Salles. Brinquedos Artesanais e Expressividade Cultural.
São Paulo, SESC - CELAZER, 1982.