Jogo 2017/Aula 2
I.Tema e Objetivos da Aula
editarO tema da aula foi Brinquedos, Jogos, Brincadeiras e Expressividade Cultural.
O objetivo principal da aula foi apresentar aos alunos algumas definições e conceitos sobre brinquedos, jogos e brincadeiras assim como a pratica dos mesmos, suas principais diferenças e semelhanças, mostrando o ato de brincar como uma forma de construir e ao mesmo tempo revelando características das culturas que estão envolvidas com esse tema. Mostrou-se também diferenças dos tipo de brincadeiras, brinquedos e jogos, suas origens, fabricação, finalidade, que à primeira vista podem passar despercebido, mas com uma análise mais crítica mostra o contexto em que está inserido.
Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=q-uYGKi3m0M&feature=youtu.be
II.Materiais e Espaços Utilizados
editarUtilizou-se como os materiais diversos tipos de brinquedos industriais, artesanais e brinquedos feitos de materiais recicláveis. Os espaços utilizados para a realização da aula foram o Anfiteatro Saturnino de Brito e a quadra esportiva no Colégio Universitas.
III.Método didático
editarIniciou-se com o método prático, uma aula mais descontraída e menos conceitual, estimulando a criatividade e interação dos alunos com os brinquedos. Após, na aula teórica, os métodos utilizados foram debates, discussões, opiniões todos voltados para a relação: brinquedo, jogos e brincadeira.
IV.Descrição das Atividades
editarPrimeira Parte
editarA primeira parte da atividade teve como início a divisão de três grupos de alunos. Em cada grupos de formou-se uma fila indiana e, cada um, deveria apoiar-se com a mão direita no ombro da pessoa da frente. Subiram as escadas de olhos fechados e em silêncio até chegar na quadra, permanecendo assim durante a atividade proposta. Cada grupo que chegava na quadra fazia uma roda, sentavam no chão e permaneciam de olhos fechados e em silencio. O primeiro grupo, formou uma roda em volta dos brinquedos recicláveis, o segundo grupo em volta dos brinquedos industriais e o terceiro grupo em volta dos brinquedos artesanais. O primeiro passo foi a distribuição de um brinquedo para cada aluno, o qual deveria ir apalpar, tentar identificar, descobrir volume, formas, sentir o cheiro, barulhos e pensar nos questionamentos feitos pelo professor Vinicius, por exemplo: qual era a cor do objeto, qual seria o preço, como teria sido produzido, quais eram os fins desse objeto, quais as possibilidades de brincar com esse objeto e por fim relembrar quem deveria brincar com esses objetos, a quem pertencia o brinquedo.
Logo em seguida, com o sinal do professor houve a troca do objeto, o aluno deveria passar o objeto para o lado direito, reiniciando o processo de questões e pensamentos sobre tal objeto. Assim foi feito sucessivamente até o aluno perceber que estava com o primeiro objeto da rodada. Na segunda rodada, foram trocados os brinquedos dos grupos com o grupo que estava ao lado e ai a questão era se existia algo em comum entre todos os objetos da primeira rodada se haviam semelhanças ou diferenças entre eles. Na última rodada, os alunos já poderiam falar entre si sobre o objeto, então ali se iniciou uma conversa sobre o objeto que cada um estava e a percepção sobre o objeto pode ficar melhor. A atividade teve duração de aproximadamente 20 minutos, com o objetivo de fazer com que os alunos identificassem diferenças e semelhanças e que por estar com os olhos fechados pudessem através da imaginação e do tato voltarem a memória tudo aquilo que tiveram na infância.
A segunda atividade da aula prática começou logo após a conversa dos grupos sobre os objetos. Todos levantaram, e viraram na direção do professor, ainda de olhos fechados, e fora guiados para frente, até que abriram os olhos depois de vários minutos. O professor Vinicius disse que se iniciaria um jogo naquele momento, para isso deveriam permanecer com os colegas da roda, e que seria necessário um representante de cada grupo. O representante ficava em frente à sua equipe, com uma espécie de “coroa” feita de papel sulfite onde prendeu- se uma palavra. O jogo foi a “mimica” dividida em categorias como animal, esportes, mitos folclóricos, desenho animado, profissional, personalidade, etc. Os grupos no início deveriam usar a imaginação para fazer com que seu representante acertasse a palavra que estava presa a coroa, e assim quando o grupo pontuasse trocaria o representante. Ao longo do jogo, o professor disse que os alunos só poderiam usar os objetos (da primeira atividade) para fazer a mimica. Depois trocaram os grupos para que eles usassem novos objetos na mimica. Por fim, o professor encerrou a brincadeira e pediu para que todos descessem para apresentação do grupo sobre o texto ‘’ Brinquedos artesanais e expressividade cultural”.
Segunda Parte
editarNa segunda parte da aula os alunos e o professor voltaram ao Anfiteatro e deu-se início à apresentação da leitura obrigatória “Educação de Corpo Inteiro e Brinquedos Artesanais e Expressividade Cultural” por parte do grupo responsável. E também discussões e debates sobre o ocorrido na aula prática. Com relação ao texto falou-se sobre os conceitos provindos de dicionários, enciclopédias, teóricos brasileiros e estrangeiros. Falou-se sobre algumas diferenças entre os tipos de brinquedos e o que eles causam, exemplificando com momentos que aconteceram na aula prática: com industriais (vulgares) estimularam as projeções de microcosmo dos alunos nos brinquedos (uma aluna manuseou a serra elétrica de plástico em sua própria perna ou então quando os alunos se depararam com a guitarra, percebiam que não emitia sons e logo pediam por pilhas. Já os artesanais e os recicláveis (criativos) exigiam maior concentração, pois os alunos tiveram que resgatar as suas construções imaginárias da infância. Falou-se sobre a classificação quanto Caillouis: quanto mais próximo estivermos do barulho, agitação e do riso louco nos aproximando da paedia estaremos; inversamente, quanto mais próximo da concentração, da disciplina e das regras pré-estabelecidas do ludus nos aproximaremos. E como exemplo falou-se sobre a atividade da mímica da aula prática, na qual ficou nítida a oscilação entre paedia e ludus. Os alunos ao tentarem adivinhar a mímica se calavam, se concentravam em acertar uma resposta e quando ganhavam estouravam os gritos, a agitação. Falou-se também de outas classificações e tipologias como com relação ao sexo (boneca e carrinho); confecções (artesanal e industrial); idade (bebe, crianças, jovens).
Relato do integrante do grupo que participou da aula prática: As atividade realizadas na aula prática proporcionaram um misto de nervosismo, medo e ansiedade no seu início por serem realizadas de olhos vendados e em silencio. Entretanto após essa primeira etapa, as lembranças de infância vieram à tona, a nostalgia despertou imaginação, criatividade principalmente quando feito questionamentos sobre o brinquedo, sua cor ou material de confecção, momentos vividos, já que houve também uma grande diversidade objetos apresentados.
V.Discussões e Dúvidas dos alunos
editarOs Primeiros questionamentos foram com relação ao que cada aluno entende por brinquedo (objeto) brincadeira e jogos (ação). Suas diferenças e semelhanças. Discutiu-se quais tipos de desenvolvimento cognitivo e intelectual que cada tipo de brinquedo (de material reciclável, os artesanais e os industriais) proporciona para as crianças e também para aquelas pessoas que os confeccionam. Que tipo de estratégias que as empresas envolvida na produção de brinquedos usam para criar vínculos entre os tipos de brinquedos. Levantou-se também o questionamento sobre quais fatos (sociais, políticos e ou econômicos) no século XIX, teriam contribuído para o início de estudos e pesquisas sobre brinquedo, jogos e brincadeiras. Por fim, discutiu-se sobre o papel que os brinquedos desempenham para reforçar as relações sociais e os padrões de gênero na sociedade atual.
VI.Temas interdisciplinares
editarHistória (Períodos históricos envolvidos com do brinquedos jogos e brincadeiras); pedagogia (importância do desenvolvimento das pessoas que brincam); psicologia (Inserção Social e papel que o brinquedo no desenvolvimento da personalidade das pessoas); sociologia (Os contextos socioculturais que os jogos brinquedos e brincadeiras estão inseridos).
VII.Conclusões
editarA partir da leitura do texto pode se concluir que não existe um único conceito para brinquedo, jogo e brincadeira; não há uma divisão rígida entre eles. Depreende-se também que este tema possui uma grande importância corporal, espírito e de sentimentos do indivíduo assim como influencia no desenvolvimento das habilidade das pessoas de conviver em sociedade. E que para o pleno entendimento acerca do tema brinquedo, jogos e brincadeiras é fundamental o binômio teoria e prática.
Conclui-se também que, pela realização das atividades na aula prática, os conceitos abordados pelo texto (teoria) ficaram mais claros e acessíveis aos alunos. Na primeira atividade, diferenças entre estrutura e fabricação, emoções e sentimentos que os brinquedos artesanais e os de material reciclável (criativos) e industriais (vulgares) despertam em cada pessoa. Na segunda atividade, com a brincadeira de Mimicas, os conceitos defendidos por “Caillouis”: ludus (concentração para adivinhar) e paedia (excitação na comemoração da vitória) acabaram por ser abordados assim como outras classificações e tipologias referentes a brinquedos. A realização conjunta das atividades teóricas e práticas proporcionam uma assimilação mais concreta dos conceitos e conhecimentos abordados pelo autor Salles Oliveira.
VIII.Pesquisas Bibliográficas
editarA BRINCADEIRA NA PERSPECTIVA DA SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA: IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
"A era da tecnologia versus brinquedos"
"Brincar é um ato Revolucionário"
"Brinquedos Artesanais e Expressividade Cultural"
IX.Observações da página do grupo anterior
editarNão houve.