Jogo 2018/Aula 11
I.Tema e Objetivos da Aula
editarO tema proposto da aula foram os jogos de improvisação. O objetivo da aula consistiu em proporcionar situações utilizando a ferramenta dos jogos para promover a improvisação por parte dos alunos.
II.Materiais e Espaços Utilizados
editarO espaço utilizado foi o Colégio Universitas na cidade de Santos, sendo a primeira parte da aula (prática) na quadra poliesportiva, e a segunda parte (teórica) no auditório.
III.Método didático
editarO método consistiu em utilizar jogos de uma forma gradual, criando "situações problema" através dos jogos propostos, como no Nunca 3, em que era necessário utilizar uma combinação de criatividade, consciência corporal, agilidade e coordenação motora. Os jogos foram propostos de forma que a dificuldade foi incluída com variações e gradualmente.
IV.Descrição das Atividades
editarPrimeira Parte (fotos, vídeos, descrições)
editarO professor juntou todos na quadra e disse o nome da brincadeira Nunca 3 . Começou como um pega- pega porém um pega-pega diferente, era formado por duplas e não era permitido correr durante a brincadeira. A brincadeira era o seguinte : duplas se sentavam uma em frente à outra, a pessoa da frente precisava sair a partir do momento que uma 3 pessoa sentava atras( zona livre ), não podendo ter 3 pessoas sentadas, como o nome mesmo explica. O jogo começou com a Larissa correndo do Guilherme Tadashi, quando ela se sentou ela não poderia ser pega mais, e a pessoa da frente teria que sair. No começo do jogo a brincadeira estava confusa, com o passar do tempo as pessoas foram entendendo melhor e se adaptando.
Como o jogo começou a ficar monótono e o professor Vinicius percebeu e mudou a brincadeira. Alinhando em duas fileiras uma na frente da outra e colocando uma bola no meio, a pessoa que pegaria a bola seria chamada por um número, a mesma coisa com a fileira da frente, e não era permitido correr, que era a maior dificuldade nas duas brincadeiras, assim que as 2 pessoas escolhidas fossem pegar a bola, elas corriam o risco de serem pegas entre elas a partir do momento em que pegam a bola , a zona livre seria não ficar com a bola na mão. O intuito do jogo é você tentar voltar para a fila com a bola sem ser pega pelo oponente da fila à frente. Após eles se adaptarem a essa brincadeira o professor cria uma nova regra, só é válido o jogo se ficarem um de frente para o outro, sem se virar de costas ou de lado!
A terceira modificação do pega-pega foi pedido que todos os alunos fossem para o canto da quadra, deixando apenas um aluno, que no caso foi a Alice, do lado oposto. O intuito da brincadeira era a Alice ficar de costas do pessoal e eles tentarem se aproximar ao máximo para tentar pegá-la, no entanto quando ela dizia batatinha frita 1,2,3 ela virava e percebia quem havia se mexido, caso ela notasse algo a pessoa teria que voltar tudo de novo na brincadeira.
O jogo se passou e formou-se uma roda com metade das pessoas em pé do lado de fora, e metade das pessoas sentadas do lado de dentro. O nome da brincadeira é Viúva.
Uma pessoa é a sedutora que pisca para quem estiver sentado e quem estiver em pé não, ela sai para o outro lado do efutor e a viúvo é o próximo sedutor.
A próxima transição foi a formação de uma roda, com um líder para ordenar um movimento e uma pessoa de fora da roda, terá que adivinhar quem é líder a partir do momento que todos da sala fazem o mesmo movimento. Após essa brincadeira, o professor pede para a turma se dividir em 2 filas alinhadas uma de frente para a outra, sendo uma mestre e a outra espelhada, a pessoa que ficasse de fora teria também que adivinhar qual é a fileira que coordena os movimentos.
Ao final, foi idealizado uma brincadeira chamada Olha o que eu sei fazer! , formada por duplas, uma pessoa dizia olha o que eu sei fazer ! podendo dançar ou fazer um movimento divertido e a sua dupla teria que dizer nossa, que legal ! " e imitar posteriormente. Após a brincadeira, todos se reuniram em uma roda para uma reflexão guiada por parte do professor, que propôs algo mais imaginário do que físico, levando à improvisação.
Segunda Parte (por escrito)
editarA segunda parte da aula foi teórica, e foi apresentado o texto Improvisação para o teatro pelo grupo. Cada integrante do grupo se propôs a falar uma parte do texto, além de relacioná-lo com a aula. Então foi descrito que o texto se propõe a ensinar uma espécie de passo a passo para a improvisação abordando um método em que o professor ou diretor devem criar estratégias para desenvolver a improvisação dos alunos. Este método consiste em unir a experiência e a intuição através de atividades prescritas pelo professor, assim como foi realizado em nossa aula. Porém o autor do texto destaca que as atividades devem ser propostas de forma que a dificuldade imposta seja gradual, o que vai diretamente de encontro às variações do pega pega propostas pelo professor Vinicius, podendo ser exemplificado na diferença de dificuldade imposta na primeira brincadeira do "Nunca 3", que comparando a brincadeira do "Viuvo", é um pega pega que exige um menor grau de dificuldade no que se diz respeito a improvisação, criatividade etc.
Além disso o autor destaca uma boa técnica para direcionar o estimulo da improvisação, essa técnica é chama de Ponto de concentração (POC), em que pode ser dado um problema inicial, um foco para os alunos, como por exemplo na atividade da aula prática, o pega pega utilizando a bola, apesar de se ter o mesmo princípio dos outros pega pegas, está variação criou um problema, um ponto de concentração à partir da utilização da bola como "foco".
Outra questão abordada pelo autor, mas não menos importante é a auto-crítica, em que o mesmo sugere que professor sempre olhe com uma visão externa para aquela aula que ele propôs. À partir daí pode ser identificado se a proposta pedagógica vai ou não dar certo, ou, se pode ou não melhora-lá. Essa proposta feita pelo texto faz com que o professor condicione uma melhor proposta para atividade que está sendo proposta. Podemos identificar isso na aula prática quando o professor Vinicius percebe a monotonia do pega pega com a bola, e varia para "Batatinha frita 1,2,3".
V.Discussões e Dúvidas dos alunos
editarApós apresentação o grupo sinalizou aspectos sobre o texto que se relacionavam aos jogos propostos na aula prática, como a forma gradual e didática em que se foi montada as partes da aula, para que assim proporcionassem um maior aproveitamento da intuição junto á experiência, com o objetivo da improvisação, como propunha o texto. Além disso, também foi pontuada uma dúvida pelo grupo que foi:
Como criar utilizar o método de ponto de concentração (POC) proposto pelo texto?
O professor demonstrou que à partir de um método em que se propõe utilizar o olhar pode-se desencadear diversas emoções na plateia quando se é usado um ponto fixo para se olhar.
https://www.youtube.com/watch?v=Ptn8N3PDP1I&feature=youtu.be
VII.Temas interdisciplinares
editarTanto o texto como as práticas assumem um papel de desconstrução da barreira da liberdade pessoal, e assim a construção da improvisação unindo experiência e intuição. Estás práticas podem auxiliar de diversas maneiras quando se é necessário trabalhar em grupo. Como numa equipe de esportes coletivos, em que sempre há renovação do time, facilitando a interação dos atletas através de jogos que assumem esse papel de desconstrução da barreira da liberdade pessoal.
VIII.Conclusões
editarEm suma, o texto adere as práticas executadas em aula uma questão mais profunda: Da margem, delimita e aprofunda o jogo, a brincadeira. O que antes era apenas um gesto e um acervo de movimentos no espaço, agora se organizam em ideias. Embora antes e após os jogos de improvisação feitos em aula, o professor tivesse abreviado as questões de criar jogos e estratégias a partir do nada (nada no sentido material, utilizando mais material intelectual e menos componentes físicos como brinquedos, por exemplo), ao ler o texto sobre improvisação no teatro algumas questões ficam mais claras. A luz das ideias, da argumentação do texto sobre a improvisação no teatro me lembram um periódico de Jorge Bondia: “Notas sobre a experiência e o saber da experiência”, onde a argumentação gira em torno de duas palavras, experiência e informação. Reduzindo as ideias de Notas sobre a experiência, temos que experiência é aquilo que te toca e fica. Algo semelhante a andar de bicicleta, em que a experiência e o aprendizado são tão profundos que nunca se vão. O oposto de informação que é algo quase industrial, com grandes volumes de conteúdos e quase nada de absorção. Associando essas ideias a improvisação, temos que a improvisação surge de algo fundamental e inevitável: A experiência. Para que a inteligência intuitiva aconteça, temos que nos deixar tocar. E é sobre nos deixar tocar, nos deixar fluir que o texto sobre a improvisação tange o tempo inteiro. Para improvisar é necessário deixar: Deixar as amarras sociais, os medos, o julgamento nosso (e do outro) de lado.
X.Comentários sobre o processo de trabalho do grupo para a Wikiversidade
editarO grupo discutiu sobre o processo e chegou a conclusão que a construção da Wikiversidade é um trabalho denso e cansativo, entretanto é um processo necessário para que se haja uma reflexão sobre as aulas e o material bibliográfico apresentado, o que proporciona um maior desenvolvimento para a nossa futura carreira como Educador físico.
COMENTÁRIOS DO PROFESSOR: Boa descrição da aula prática. A parte teórica, com a apresentação da leitura do texto, também deve ser postada. Nas conclusões, sugere-se que haja um esforço para compreender a prática a partir dos fundamentos teóricos. Em relação ao vídeo, seria desejável que fosse editado, dando ênfase às transições entre os jogos, com inserção de legendas explicativas (o áudio nem sempre está claro).