Em contrução Esta página está sendo construída por um ou mais editores.
A informação presente poderá mudar rapidamente e poderá conter erros que estão a ser corrigidos.

Sobre o projeto

editar
 
Moradora com alimentos colhidos na Horta Maria Angu. Foto: Douglas Lopes.

O Põe na Mesa é um projeto uma iniciativa do data_labe, Germinal e Instituto Vida Real, e faz parte do edital Saúde Integral nas Favelas.

O projeto percorreu a Maré, no Rio de Janeiro, para mapear as experiências que promovem a segurança e a soberania alimentar. Através da Geração Cidadã de Dados, identificamos hortas e cozinhas comunitárias, além de iniciativas de distribuição de refeições.

  • Cozinha Comunitária da Frente da Maré.
  • Promissave Guardiões da Natureza.
  • Cozinha Comunitária da Casa das Mulheres.
  • Horta Comunitária do Parque Ecológico da Maré.
  • Horta do Jean.
  • Horta da Rosemary.
  • Horta Comunitária Plantando Saúde.
  • Horta Comunitária do Instituto Vida Real.
  • Horta Maria Angú .
  • Remar Brasil.
  • Projeto Gênesis.

Em breve, você poderá explorar o mapa interativo para localizar os projetos mapeados e conhecer cada um deles.

Sobre o Plano de Saúde Integral nas Favelas

editar

É uma iniciativa que promove o fortalecimento de base que surgiu no início da pandemia quando lideranças de territórios de favela se uniram a professores universitários e instituições para debater sobre as urgências que viviam e a necessidade de agir sob o contexto. Foram muitos encontros e articulações online, com representantes de organizações e parceiros políticos. Através dessas articulações, foi proposto e aprovado pela UERJ e a ALERJ que houvesse um repasse de recursos para ações emergenciais nas favelas do Rio de Janeiro. A primeira chamada foi um sucesso e teve uma ótima recepção, isso em 2021, no auge da pandemia. As primeiras eram ações emergenciais ligadas à segurança alimentar e à saúde mental, assim como um trabalho de comunicação e informações sobre o vírus da Covid.

Na primeira edição do edital a avaliação foi muito bem sucedida, fortalecendo organizações em sua maioria com uma base mais frágil de uma maneira mais institucional, tendo hoje condições melhores de tocarem seus projetos. Hoje, a aposta é que vire um Plano Nacional, com o apoio a Fiocruz.

Metodologia compartilhável

editar
 
Oficina de edição do Wikimedia Commons

Preparamos uma cartilha (será publicada em breve) sobre educação ambiental com dicas práticas e atividades inspiradoras para a sala de aula. Tudo isso a partir das particularidades e experiências da Maré.

Este projeto tem a licença Creative Commons. Isso significa que você pode remixar, adaptar e criar a partir deste trabalho, desde que nos atribua o crédito.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Pesquisa qualitativa

editar

A pesquisa qualitativa foi feita pelo Germinal com o intuito de entender as particularidades, desafios, características e objetivos de cada iniciativa que promove segurança alimentar no território da Maré. Foram selecionadas nove iniciativas a partir do mapeamento feito pelo data_labe, onde sete delas foram ao campo. As perguntas foram divididas em três etapas: Caracterização do campo, projeto político e desafios e estratégias.

A caracterização do campo é essencial para compreender mais profundamente a trajetória de cada iniciativa e de seus participantes. Ela busca investigar suas motivações e a origem do interesse por hortas e cozinhas comunitárias.

A segunda etapa é dedicada a compreender quais são os objetivos centrais das hortas e cozinhas comunitárias e, sobretudo, quais estratégias elas mobilizam para incidir no contexto político de justiça social e territorial por meio da prática e da articulação comunitária.

A última etapa é essencial. Dedica a traçar os principais desafios de cada iniciativa, além das estratégias mobilizadas para enfrentar, contornar ou superá-las. Além disso, parte dessa etapa é dedicada a entender as perspectivas que cada uma tem para o futuro de suas organizações e se existe algum caminho para articulação das iniciativas na Maré que possa facilitar esse trabalho colaborativo.

Aprofundar essas experiências é fundamental para fortalecer as ações de segurança alimentar. Elas não atuam sozinhas são parte de uma luta coletiva por dignidade e acesso à comida de verdade

Inciativas mapeadas

editar

Cozinha Comunitária da Frente da Maré:

editar

A Frente surgiu em 2020, durante a pandemia, inicialmente no Museu da Maré e depois se estabeleceu em um prédio abandonado no Salsa e Merengue. Com apoio de editais, conseguiu arrecadar alimentos, equipamentos e reformar o espaço, aumentando sua capacidade para 300 quentinhas por semana. Atualmente, integra o programa Prato Feito Carioca, beneficiando cerca de 300 famílias com 200 a 500 refeições diárias. Além da alimentação nutritiva, o local promove convivência comunitária, atividades educativas e mantém vivas tradições culinárias familiares.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Promissave Guardiões da Natureza:

editar

A horta comunitária Promissave Guardiões da Floresta, localizada na Vila do João, cultiva alimentos como legumes, verduras, frutas e ervas de forma sustentável. Reconhecida como de Utilidade Pública estadual e municipal, a iniciativa promove educação ambiental, com práticas como manejo orgânico, compostagem e incentivo à agroecologia. Atende cinco pessoas diretamente e busca estimular uma convivência mais sustentável entre a comunidade e o meio ambiente. Conta com a parceria do projeto Território de Paz.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Cozinha Comunitária da Casa das Mulheres:

editar

A Casa das Mulheres, no Parque Maré, coordena uma cozinha comunitária que atende 87 famílias com 200 a 500 refeições diárias, incluindo café da manhã, almoço e lanche. A distribuição ocorre nas casas das pessoas assistidas e em pontos da Baixa do Sapateiro, como o Espaço Normal e o Galpão de Direito à Saúde. Com apoio de parceiros locais, o projeto também recebe doações da comunidade, de produtos frescos e de utensílios de cozinha. As refeições são acompanhadas por nutricionista e assistente social, com foco na melhoria da qualidade nutricional.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Horta Comunitária do Parque Ecológico da Maré

editar

O Parque Ecológico da Maré, também conhecido como Mata, fica na Vila do Pinheiro e atua como um importante espaço verde da favela. Além de promover bem-estar e atividades educativas, cultiva uma horta com legumes, verduras, frutas e ervas, beneficiando cerca de 30 pessoas por mês. Utiliza fertilizantes naturais e realiza mutirões de reflorestamento com apoio de parceiros. O projeto conta com o programa Hortas Cariocas e a parceria da Cultiva, e em breve abrigará uma cozinha comunitária.

 

Remar Brasil A Remar Brasil

editar

é uma organização humanitária internacional que atua no Brasil há 30 anos. Na Maré, as ações costumam ser realizadas no Morro do Timbau com o apoio de doações de mercados locais e de instituições parceiras. Cerca de 50 pessoas são beneficiadas em cada evento.

 

Projeto Gênesis

editar

O projeto Gênesis funciona a partir de doações de alimentos dos irmãos e irmãs que congregam numa igreja na Penha. A ação de solidariedade resulta no preparo de 200 a 500 refeições por ação, que são entregues na Nova Holanda, na Maré.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0.

Horta da Rosemary

editar

Rosemary de Paula, mais conhecida como "Índia" ou "Mary", é moradora do Morro do Timbau e trabalha na Clinica da Família Augusto Boal. Inspirada pelos cuidados na Horta Comunitária Plantando Saúde, que funciona no espaço da unidade pública, Rosemary criou sua própria horta em um cantinho da calçada em frente à própria casa. Das ervas ela produz medicamentos para a família, compartilha mudas com vizinhos e indica receitas de remédios naturais.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Horta Comunitária Plantando Saúde

editar

A Clínica da Família Augusto Boal, no Morro do Timbau, dá exemplo de como a saúde vai além dos atendimentos de rotina. O equipamento público se tornou um espaço de encontro e engajamento para a comunidade local por conta da Horta Comunitária Plantando Saúde. Os moradores têm apoiado o projeto tanto como voluntários como com doações de insumos.


 
Imagem: Produção própria, licenciada sob CC BY 4.0.

Horta Comunitária do Instituto Vida Real

editar

O Instituto Vida Real atua na Maré desde 2004 com ações educativas e culturais. A horta comunitária tem produzido legumes, verduras e ervas que garantem uma alimentação mais saudável e bem-estar para aproximadamente 200 pessoas.

E o impacto é maior do que um prato mais colorido ou um remédio natural. Por meio de oficinas, o Instituto tem ensinado moradores de todas as idades a como instalar e manter uma horta com materiais acessíveis e até mesmo recicláveis.

 
Imagens: Douglas Lopes, licenciada sob CC BY 4.0

Horta Maria Angú

editar

A Horta Maria Angú mobiliza a comunidade local. Quase 100 voluntários apoiam a pequena equipe que atua no projeto diariamente, além dos mutirões mensais.

O trabalho coletivo garante que legumes, verduras e ervas cheguem a mais de 35 pessoas. Toda a produção é compartilhada entre os produtores e os moradores da Marcílio Dias, incluindo a creche local.

Horta do Jean

editar

Cultivar é uma tradição familiar que Jean faz questão de preservar. De origem nordestina, o morador da Vila do Pinheiro produz verduras, legumes e frutas no quintal de casa e ainda apoia a gestão da horta comunitária do Parque Ecológico da Maré.  Boa parte das hortaliças que crescem no Parque têm origem nas mudas que ele prepara com carinho em casa, com a ajuda da família.

Em nenhuma delas há espaço para substâncias químicas. Ao contrário, são usados húmus de minhoca, esterco de vaca e substrato.

Tecnologias sociais

editar
  • Aqui entraram as dicas tragas por cada iniciativa.

Galeria

editar

   

    

     

Ligações externas

editar

Referências

editar