PARTICIPANTES

Eliete da Silva Pereira - Andre Figueiredo Stangl - Ana Patrícia Santana dos Santos - Fernanda Cristina Moreira - Mariana de Toledo Marchesi - Fábio Alessandro Munhoz

RESUMO DA LINHA - A linha tem por objetivo principal investigar as reconfigurações do conceito de cultura, a partir do processo de digitalização dos saberes locais, tradicionais, não-acadêmicos e/ou diaspóricos (migratórios), ou a partir das novas controvérsias que desafiam as noções clássicas do conceito. Buscando identificar e analisar as especificidades socioculturais de determinados grupos culturalmente diferenciados por suas interações e/ou mediações com as redes digitais e suas territorialidades. Dado que no contexto contemporâneo da difusão dos fluxos informativos globais, as tecnologias de informação e comunicação digital vêm sendo apropriadas e ressignificadas por populações indígenas, caiçaras, afrobrasileiras, quilombolas e migrantes, além de vários outros coletivos e agrupamentos urbanos dos fenômenos populares da cultura digital "urbana". Tornando essas interações célebres indicadoras das transformações socioculturais ocasionadas em nível local, parece-nos crucial compreender de que maneira as redes digitais - toda e qualquer arquitetura interativa digital de informação (sites, plataformas informativas, redes sociais digitais, etc ) e seus dispositivos de conectividade (celulares, câmeras fotográficas digitais, computadores, notebooks, etc) - em interação com grupos com identificações culturais sobressalentes, incrementam a visibilidade dos mesmos, traduzindo em protagonismo e empowerment (empoderamento); transformam e hibridizam suas dinâmicas de transmissão e reprodução cultural; e por outro lado, como se dá, nesse contexto, a complexa relação entre os diversos modos de existência e a convivência. Simultaneamente nos interessa o aprofundamento das (ontologias/cosmologias) especificidades culturais de determinados grupos étnicos com vistas ao aprofundamento teórico das formas comunicativas do Habitar, especialmente associada à ideia de atopia, bem como as práticas sustentáveis derivadas de saberes tradicionais ambientais, tipos de empreendedorismo social desenvolvidos em comunidades locais, e a experimentação de técnicas e métodos de pesquisa consorciados à complexidade dos fenômenos analisados, entre as quais uma possível cartografia de controvérsias culturais).