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É uma região que fica no meio de duas áreas de características diferentes. A área de transição é como se fosse uma mistura destas duas ou ainda a passagem de uma para a outra. É uma região geográfica que apresenta uma mistura dos elementos naturais, isto é, a região apresenta-se heterogênea e nela se encontra a diversidade nas formas de relevo, do clima, da vegetação, nos tipos de rios ou dos solos.

A Mata dos cocais, por exemplo, é uma área de transição que situa-se entre a floresta amazônica, a caatinga e o cerrado, é formada basicamente por palmeiras, destacando-se o babaçu, e a carnaúba, é uma zona de transição em meio as florestas úmidas da Amazônia e o semi árido nordestino, Constitui uma vegetação secundária, devido ao grande desmatamento que tem sofrido. Desde o período colonial, essa região vem sendo explorada economicamente pelo extrativismo de óleo de babaçu e a cera de carnaúba. Mas nos últimos anos isso vem mudando, essa região esta sendo desmatada para o cultivo de grãos voltados para a exportação, com destaque para a soja.

O Agreste é uma área de transição situada entre a zona da mata, que é uma região úmida e cheia de brejos e o sertão semi-árido, nesta região as terras mais férteis são ocupadas por minifúndios, que plantam diversos alimentos para seu próprio consumo e criam gado para a pecuária leiteira, com a produção do queijo e manteiga. Boa parte do Agreste corresponde ao planalto da Borborema, voltada para o oceano Atlântico, recebe ventos carregados de umidade que, em contato com o ar mais frio, provocam chuvas.

O Pantanal é uma área de transição que reúne muitas formações vegetais em seu interior, dentre elas pode-se destacar a floresta tropical, cerrado e lugares inundáveis. Por isso o nome de complexo do pantanal, pois é uma floresta de transição, com várias formações florestais juntas. O Pantanal é um complexo ambiental de grande importância, pois abrange uma enorme diversidade de fauna e flora. Mas o pantanal sofre muito devido as consequências ambientais como a exploração mineral, que polui profundamente os rios, a pecuária e a utilização de enormes monoculturas. O relevo do Pantanal é formado por uma enorme planície, com rios volumosos, o clima é quente, com uma estação chuvosa de novembro a abril e outra de seca de maio a outubro, na estação das chuvas o leito dos rios transbordam e as águas inundam grande parte da planície.

Devemos preservar as zonas de transição, pois elas são de extrema importância para a existência dos domínios morfoclimáticos brasileiros, pois estabelecem uma relação direta com a fauna, flora, hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio dos frágeis sistemas ecológicos. Da mesma forma como os climas, que não possuem limites abruptos entre eles, a mudança de uma vegetação para outra ocorre de uma forma gradual, gerando desta forma as Áreas de transição.