Práticas Corporais 2015/Aula 13

Editores Aula 13: João Victor, Felipe Ávila e Rafael Bezerra

I. Tema e objetivos da aula:

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Tema: Meditação: Filosofia e fisiologia, práticas meditativas com apoio.

Objetivos: Demonstrar aspectos filosóficos e fisiológicos da meditação, bem como proporcionar tal experiência aos alunos.

II. Materiais e espaços utilizados:

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Materiais: 1ª Parte: Tatame da sala de ginástica do Clube de Regatas Saldanha da Gama. / 2ª Parte: retroprojetor.

Espaço: Sala de ginástica do Clube Saldanha da Gama, Sala 104 da Unidade Ponta da Praia.

III. Método didático:

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A aula foi realizada em duas partes, sendo a primeira constituída das práticas, e a segunda, teórica.

  • Primeira parte (prática): Prática da meditação, conduzida pela aluna Iara Barreira Marqui, com foco na respiração, na consciência corporal e em um mantra, passado pela própria durante a atividade.
  • Segunda parte (teórica): Apresentação do texto obrigatório da aula por parte dos alunos Felipe Avila, João Victor e Rafael Bezerra: (KOZASA, Elisa Harumi. A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde. Saúde Coletiva, vol. 3, núm. 10, 2006, pp 63-66. Editorial Bolina. São Paulo, Brasil).

Deveria ter havido o relato da wikiversidade da aula 12, porém o grupo responsável não esteve presente.

Apresentação do Prof.Dr Vinícius Terra sobre a Pedagogia das Práticas Alternativas, com auxílio do retroprojetor para a demonstração de um Power Point e vídeos.

IV. Descrição das atividades:

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PARTE PRÁTICA

  • ·         Introdução à prática

                        Foi comentado sobre as origens da meditação e um pouco sobre a história e conceitos. Foi sugerido que a condução da atividade fosse feita apenas pela aluna Iara, para que não houvesse influência em relação aos sons e ritmos durante a meditação, evitando influencias negativas para a mesma.

  • ·         Execução da prática

                        Os alunos sentaram-se em duas colunas, frente a frente e o Prof. Dr. Vinicius Terra, que também participou ativamente da prática, sentou-se entre as colunas, em uma das extremidades. Os alunos se utilizaram de um recurso para manter a coluna ereta com maior conforto e estabilidade, utilizando colchonetes. Um grupo utilizou o colchonete dobrado e outro grupo sem dobrar, isso por causa da diferença de flexibilidade e nível de conforto para a prática entre os grupos.

                        A prática da meditação foi dividida em três partes: preparação, respiração e um mantra.

  1. Na preparação os alunos prepararam seus corpos para a prática, sendo que logo de início foi ressaltada a ideia de não se ligar a meditação a nenhuma crença religiosa, coisa bastante comum. Após ajeitarem a postura de forma confortável com a musculatura relaxada e o tronco ereto, Iara pediu para que os alunos imaginassem um balaão puxando suas cabeças para cima. Ainda de olhos abertos os alunos foram instruídos a procurarem um brilho nos olhos, tentando manter a respiração serena e sentindo um color aquecer o corpo. A todo momento era instruído que não mantivessem o corpo tenso. Durante todos esses momentos foi falado o quanto nossa sociedade nos exige ficar mergulhados em uma bolha de realidade, onde há turbilhões de emoções e aflições, e o quanto nos incomoda parar com essa rotina, e o quanto é difícil assistir à vontade de voltar ao costume do ritmo rápido, e não se misturar à ela.
  2. Na parte da respiração os alunos continuaram na mesma posição, mas agora de olhos fechados e com o foco totalmente na respiração, prestando atenção no fluxo natural que entra e sai das narinas, ou no ventre que sobe quando inspira e desce quando expira.  Para ajudar a mente a se concentrar na respiração, pedimos que repetissem em silêncio uma palavra para cada inspiração e uma palavra cada expiração. Se conseguissem se concentrar no ar que entra e sai das narinas, dizer DENTRO para cada inspiração, e FORA para a expiração. Se a concentração estiver no movimento do ventre, dizer em silêncio SUBINDO para inspiração, e DESCENDO para expiração. Em todos os momentos foi instruído para que as pessoas não se culpassem se sua mente se esvaísse do exercício, e que isso não gerasse ansiedade, e que simplesmente houvesse a iniciativa mental de voltar à atividade plena. Esse estado de paz é natural do humano, e dificilmente é cultuado e valorizado no nosso dia-dia.
  3. No mantra os alunos junto do professor saíram da posição em que estavam e se apoiaram confortavelmente sentados, alguns contra a parede. Repetiram as palavras “Nam Myoho Renge Kyo” por 3 minutos cronometrados pelo aluno João Victor, de forma ritmada, podendo ser feito de olhos fechados ou abertos. A condução manteve-se sendo responsabilidade da aluna Iara. Há um link no material relacionado que é uma filmagem desse momento.

PARTE TEÓRICA

                Os alunos João Marins, Felipe Avila e Rafael Bezerra apresentaram o texto de leitura obrigatória “A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde”.

 
Alunos praticando a meditação

V. Discussões e dúvidas dos alunos:

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Durante a aula, poucas foram as dúvidas. A condução da aluna Iara Barreira Marqui foi bastante satisfatória, e os alunos se dedicaram e prestaram atenção às orientações. Por ser uma atividade com foco na respiração e na consciência corporal, houve um grande silêncio. Após a aula, como fechamento, foi feita uma discussão da qual o Prof.Dr Vinícius Terra enumerou as qualidades e pequenos defeitos na apresentação, teceu elogios e críticas acerca da aula, e contou curiosidades acerca da prática exercida no dia.

VI. Temas Interdisciplinares:

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A aula se relaciona com vários módulos aos quais o aluno de Educação Física da UNIFESP Campus Baixada Santista tem acesso, como por exemplo o Módulo dos Tecidos aos Sistemas (MTS). Isso porque a aula o tempo todo trouxe à tona o aspecto da respiração, da postura visando melhorar a resposta respiratória, alterando parâmetros bastante utilizados também na prescrição do exercício, como a frequência e o coeficiente respiratório.

Porém, a grande associação com outros módulos que encontramos, foi com os de eixo comum Trabalho em Saúde (TS) e Inserção Social (IS), pois ambos discutem a medicalização do indivíduo, de que em tudo se visa achar um fármaco que afaste o mal do indivíduo, sendo que práticas corporais como a meditação tem um poder comprovado em pesquisas científicas de melhorar o estado geral de saúde de seu praticante. Essa parte especificamente se relaciona com o TS, enquanto o eixo IS traz a ideia de se introduzir uma prática em uma cultura diferente com cautela, respeitando as individualidades do praticante e do contexto onde ele se insere. Essa relação se faz necessária para a boa aceitação da prática, bem como o bom andamento da relação entre instrutor-aluno.

O aspecto fisiológico da meditação se relaciona com os módulos de Bases Fisiológicas do Exercício, Módulo do Átomo à Célula (MAC) e Farmacologia, já que a meditação comprovadamente diminui a expressão de hormônios como o Cortisol (hormônio do stress) e do GH, extremamente importantes para controle da glicemia, aspecto que influi diretamente na performance de exercício, bem como no cotidiano da pessoa.

VII. Fichamento de texto:

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Texto: KOZASA, Elisa Harumi. 'A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde.' Saúde Coletiva, vol. 3, núm. 10, 2006, pp 63-66. Editorial Bolina. São Paulo, Brasil.

"A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde." (KOZASA, 2006)

O texto traz a reflexão acerca da popularização da meditação no Ocidente, especialmente no Brasil, por meio da introdução da Yoga em nossa cultura. Para embasar isso, a autora traz a informação de que a cidade de São Paulo já oferece meditação como terapia complementar ao tratamento na rede pública de saúde. Isso mostra o quanto o interesse pela Yoga esteve em voga nos últimos anos, apesar de ainda haver a crença de que a mesma está ligada a algum tipo de religião, o que bem sabemos, não é verdade, visto que vários grupos religiosos fazem uso da meditação de acordo com seu interesse.

Para contextualizar melhor, Kozasa traz a definição de "Yoga" em sânscrito, que significa "unir". Nesse caso, a união se estabelece entre corpo, mente e alma, através de exercícios posturais, respiratórios e congêneres. Essas práticas visam a tranquilidade e paz pessoal, além de provocar outros inúmeros benefícios cardiovasculares e alívio de sintomas de estresse e desordem mental.

Ao falar sobre as pesquisas sobre a meditação, a autora menciona Patañjali, tido como grande recompilador da Yoga. essas pesquisas se intensificaram após a década de 1960, sendo que em 1970 é publicada a primeira pesquisa que conseguiu controlar satisfatoriamente as variáveis fisiológicas a serem observadas. Nessa tese de doutorado foram identificadas reduções no consumo de oxigênio e de batimentos cardíacos. Estudos posteriores viriam a identificar melhoras em quadros de Hipertensão Arterial, Hipercolesterolemia e redução da resistência vascular periférica, bem como da aterosclerose. Muito disso se deve à diminuição na produção do Cortisol, hormônio hiperglicemiante, que estimula degradação de gordura e posterior depósito das mesmas em placas de gordura sobre os vasos sangúineos, enquanto outras pesquisas revelam melhoras em relação à fibromialgias e transtornos de humor, por exemplo.

Tudo isso nos mostra o quanto a meditação pode ser utilizada como forma barata e agradável de se tratar doenças e dores. Barata por natureza, e agradável por ser uma atividade física, por acalmar o corpo, fazê-lo relaxar, buscar a integração entre corpo, mente e alma, e o quanto isso pode auxiliar na medicina nos próximos anos. Não a toa a demanda de pesquisas relacionadas ao tema vem crescendo, e com ela a expectativa por onde a meditação conseguirá chegar como terapia complementar de diversos males.

Questões relacionadas ao texto:

Por que a meditação ainda encontra barreiras em sua utilização como terapia?

Estaria a meditação ligada à cultura chinesa, e assim vinculada à religião?

VIII. Material relacionado:

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Entrevista com Elisa Harumi Kozasa, em 2010: https://www.youtube.com/watch?v=v4GqXINONr0

Matéria do Globo Reporter sobre a meditação: https://www.youtube.com/watch?v=uGBUkJtNioM

Site do Instituto Nacional de Meditação: http://www.institutodemeditacao.com.br/

Vídeo dos alunos executando o mantra: https://www.youtube.com/watch?v=7MyndlmUxlA

Trabalho sobre meditação, feito pela instrutora Maria Lucia Garcia Packer, em 2011:http://pt.slideshare.net/danibrusco/meditao-8402864

IX. Relato de um aluno na aula

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Relato feito pela aluna Camila Suga:

"Como iniciante, as várias informações/instruções auxiliaram bastante a me concentrar de fato na prática em si (focando o "brilho" no olhar, na respiração, no relaxamento dos músculos faciais, etc) e a não dispersar tanto nos outros pensamentos.

Houve um momento em que a Iara citou que poderíamos sentir um certo calor, o que de fato aconteceu comigo: como se uma "esfera" de energia repousasse entre meus cotovelos e coxas, permanecendo durante um tempo até que eu me desconcentrasse e meio que voltasse à estaca zero.

Foi bem interessante a meditação através da narração, direcionando/guiando como fazer corretamente essa prática."

X. Conclusão:

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Concluímos que a prática da meditação satisfaz inúmeras questões apontadas pelo mundo cotidiano, especialmente às que dizem respeito ao estresse, à vida corrida e sem tempo das pessoas. Esse acúmulo de funções e, por consequência, de tensões, faz com que males apareçam, sendo potencializados e tornados crônicos a cada dia que passa, pelo fato de não haver uma pausa, uma quebra nessa rotina corrida.

A prática parece ser aplicável em qualquer tipo de público, visto que podem ocorrer adaptações pontuais à prática, para correção postural ou até mesmo para propagação do som por parte do professor, para compreensão dos alunos. A mesma é de fácil execução, não havendo tarefas fisicamente complexas, apenas a conexão entre corpo, alma e mente, para obtenção de um desempenho ótimo na meditação.

 
Práticas Alternativas e Integrativas Aula 13

XI. Referências Bibliográficas:

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MENEZES, Carolina Baptista; DELLAGLIO, Débora Dalbosco. Por que meditar? A experiência subjetiva da prática de meditação. Psicologia em Estudo, v. 14, n. 3, p. 565-573, 2010.

KOZASA, Elisa Harumi. A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde. Saúde Coletiva, vol. 3, núm. 10, 2006, pp 63-66. Editorial Bolina. São Paulo, Brasil.

GOLEMAN, Daniel. A arte da meditação. Sextante, 1999.


XII. Crítica sobre a documentação da aula 12

A aula 12 foi documentada pelos alunos Marco Alves e Érica Castex, sendo que o tema da mesma foi a meditação. O detalhamento em relação ao método utilizado pelo professor Vinícius Terra para propor as atividades. Isso mostra a atenção dada pelo grupo à atividade, especialmente em cada gesto e em sua sequência.

A utilização de recursos multimídia como vídeos e fotos para a execução do Nauli, que visa expulsar o ar residual foi de grande valia, para que possa se avaliar o correto do gesto, apesar de ser recomendado apenas para pessoas de estômago vazio e já com certa experiência, por poder gerar dor de cabeça e coisas do gênero.

Avaliação do Professor do Caderno Colaborativo Aula 4

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NOTA 6,0 (AVALIAÇÃO EM 14/12) A avaliação do caderno será feita conforme os seguintes critérios e valores:


1) apresentar as leituras obrigatória e complementar em sala de aula, comentá-las e destacar os seus principais conceitos (1,0/2,0)
2) postar a leitura para a turma na wikiversidade e inserir perguntas e comentários pertinentes que a relacionam com as aulas (1,0/2,0)
3) registrar a aula daquele dia, utilizando-se recursos multimídia e postá-la na wikiversidade (1,5/2,0)
4) aprofundar pesquisa sobre o tema da aula e inserir links para publicações de slides, áudio, vídeo e redes sociais (1,0/2,0)
5) revisar a aula publicada pelo grupo anterior ao seu e fazer comentários (0,5/1,0)
6) cumprir o prazo de uma semana para realizar todas as etapas, ou seja, publicar tudo até a aula seguinte (1,0/1,0)

Comentários do professor: A aula foi bem documentada seu registro bem organizado textualmente e visualmente. As atividades poderiam ser descritas com mais detalhamento, ou melhor apresentadas pelos recursos multimídia, que ficaram restritos à fotografia. A leitura obrigatória foi apresentada de modo adequado, mas a leitura complementar não foi realizada, bem como a inserção de perguntas, comentários e reflexões do grupo sobre a aula e/ou texto. Comentários interdisciplinares apropriados, mas o aprofundamento de pesquisa sobre a temática foi limitado. Os comentários sobre a aula passada não fossem possíveis porque o grupo anterior ainda não havia postado a aula, havendo necessidade de atualizá-los para que o grupo não perca esta pontuação