Programa de Agricultura Urbana Verde. Rosário, Argentina

Descrição breve do projeto editar

O Programa de Agricultura Urbana (UPA) da cidade de Rosário, emergiu da crise econômica ocorrida na Argentina em dezembro de 2001, quando os níveis de pobreza chegaram a 60%, para responder a esta realidade com uma proposta de produção.
Com o fomento ao plantio de frutas, legumes e verduras em hortas comunitárias na periferia da cidade de Rosário, em terrenos abandonados ou da prefeitura, conseguiu- se criar uma fonte alternativa de renda para a parte mais pobre da população. Criou-se um programa que ensinava técnicas de plantio e de formação de cooperativas, com pequenas hortas em partes mais pobres da cidade geridas pelos próprios moradores. A ajuda pública foi fundamental também para auxiliar na criação de uma rede de compradores, seja em feiras livres ou em supermercados. A visibilidade do projeto facilitou a regularização de terrenos abandonados como locais para as hortas e a criação de um mercado consumidor destes produtos locais.

Objetivos editar

O objetivo é promover um processo de construção de desenvolvimento endógeno, baseado na participação e apoio às formas de produção, transformação, comercialização e consumo de alimentos saudáveis.

Cronograma editar

  • 2001: Lançamento do programa.
  • 2002: Início da primeira feira semanal de comercialização de verdura, onde famílias de agricultores tem acesso a um espaço próprio para comercialização. Início do projeto Otimização do Uso do Solo Vazio para a Agricultura Urbana, coordenado pelo Programa de Gestão Urbana da ONU.
  • 2003: Inauguração da primeira agroindústria urbana social pelo qual grupos capacitados e organizados podem dar valor agregado às suas produções.

Resultados editar

  • Reconhecimento das famílias pobres como atores no processo, promovendo sua própria inclusão. Especialmente as mulheres
  • Instalação e operação de 791 hortas comunitárias.
  • Valorização da paisagem urbana e do bairro e da condição de vida de seus habitantes
  • Ligação direta de mais de 10 mil famílias na produção de vegetais orgânicos, o que significa, pelo menos, autoabastecimento de verduras de 40.000 pessoas
  • Criação de um circuito de economia solidária, que inclui 342 grupos produtivos. Cada grupo participa semanalmente em três das feiras instaladas atingindo receitas equivalentes a USD 40 mínimos a USD 150 mensais
  • Possibilidade de acesso à posse segura da terra produtiva por parte dos pobres urbanos
  • Institucionalização da agricultura urbana como política pública do governo local
  • Melhora das condições de vida de pobres urbanos a partir da produção de alimentos de alto valor biológico e de geração de renda genuína. Também dado pela melhora da paisagem do bairro ao transformar áreas abandonadas em

espaços produtivos

  • Fontes de verificação: se registraram no Programa 791 agricultores e 342 feirantes empreendedores. Através de pesquisas revelaram-se os níveis de desempenho econômico ( USD 40-150 por mês) e um elevado nível de satisfação com os resultados obtidos
  • Melhora da condição e posição das mulheres: Através de pesquisa em 400 hortas, diagnosticou-se que 92% das mulheres agricultoras - 62% de todos os trabalhadores - consideram a horta como sua fonte de trabalho, e 93%, que melhora sua alimentação. 70% das mulheres desempenham o papel de coordenador de grupos produtivos
  • Estudos realizados consumidores mostram que o público enfatizou a qualidade dos produtos, pelo seu melhor sabor, conservação e apresentação.

Instituições envolvidas editar

  • Centro de Estudios de Producciones Agroecológicas
  • Secretaría de Promoción Social, Municipalidad de Rosario
  • Ñanderoga, crianças com desvantagens sociais
  • Programa Pro-Huerta del Instituto Nacional de Tecnología Agropercuaria Regional Santa Fe

Fontes editar

http://habitat.aq.upm.es/dubai/04/bp1297.html
http://www.rosario.gov.ar/sitio/desarrollo_social/empleo/agricul.jsp
http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/124