Reprodução sexuada
Na reprodução sexuada, dois indivíduos produzem descendência que possui características genéticas de ambos os progenitores, introduzindo novas combinações de gene na população. Nos animais, a reprodução sexuada compreende a fusão de dois gametas distintos para dar origem ao zigoto. Os gametas são produzidos por um tipo de divisão “especial” designada meiose, tanto nos animais como nalgumas plantas. Nas plantas superiores e em certas plantas inferiores a meiose é intermediária ou espórica, isto é, realiza-se entre a fertilização e a formação dos gametas. Já no caso dos animais e algumas plantas inferiores, a meiose é do tipo gamética ou terminal, isto é, as duas divisões meióticas acontecem imediatamente antes da formação dos gametas. Os gametas são haplóides (contendo unicamente um “jogo” de cromossomos) enquanto o zigoto é diplóide (contendo dois “jogo” de cromossomos).
- Na meiose masculina, os quatro núcleos são incluídos em células individuais (espermatídes), que depois, por um mecanismo de espermatogénese, se diferenciam em espermatozóides (estes possuem capacidade de locomoção e usualmente tem um flagelo).
- Na meiose feminina, só um dos núcleos resultantes da meiose se torna funcional como núcleo do óvulo, e os restantes são diferenciados por divisões desiguais do citoplasma em pequenas células não funcionais, designadas como corpúsculos polares.
Deste modo, diz-se que a fecundação e a meiose juntas, ocorrendo de forma alternada, constituem um ciclo de reprodução sexuada em que existem dois “Jogos” de cromossomos presentes nas células somáticas em indivíduos adultos, que são referenciados como sendo diplóide (2n)(em grego di=two), mas apenas um ”jogo” de cromossomos presente nos gametas, que são referidos como sendo haplóide (n)(em grego haploos=um).
A sua fenomenal característica é que a descendência herda os cromossomos dos dois progenitores, ou seja, no nosso caso (humanos), herdamos 23 cromossomos da mãe, contribuído pelo ovo fertilizado quando da nossa concepção e 23 cromossomos do pai, contribuídos pelo esperma que fertilizou o óvulo.
O ciclo de vida de todos os organismos que se reproduzem sexualmente segue o mesmo padrão básico de alternância entre o número de cromossomos haplóide e diplóide.
Depois da fecundação, o zigoto resultante começa a dividir-se por mitose. Esta única célula eventualmente dá origem a todas as células no adulto, excepto no caso de raros acidentes ao longo do processo.
Assim, é possível afirmar, que a reprodução sexuada tem de fato muitas vantagens, e provavelmente levará à sobrevivência a longo prazo das espécies em questão, permitindo a sua evolução.