Utilizador:Solstag/Rolês de maio 2024

23 de Maio

Atividades com o Co:Lab editar

Contato: Gisele Craveiro, José Rodolfo Beluzo

(Anteriormente Pimentalab e Henrique Parra: reconhecer o apoio na comunicação do evento.)

[22 de maio] Análise de bases documentais assistida por métodos computacionais: formação ao uso da plataforma Cortext editar

Horário: 10h-13h e 14h-17h

Local: EACH-USP

Público: Aberta a todes, até 20 pessoas.

Resumo editar

Para quem trabalha qualitativamente com texto em ciências sociais e humanidades (sociologia, políticas, literatura), mas quer se beneficiar de análises computacionais sem precisar programar. Visualizar redes de temas e atores num conjunto de documentos? Acompanhar a evolução no tempo desses temas? Mapear relações intertextuais, citações acadêmicas, referências em textos de políticas públicas? A plataforma Cortext oferece gratuitamente para a comunidade acadêmica, numa interface amigável, uma seleção de métodos validados por centenas de publicações, assim como a capacidade de cálculo e armazenamento necessária.

Mais tecnicamente, trataremos de métodos para análise mista (qualitativa-quantitativa) utilizando arquivos documentais de diversos tipos: registros bibliográficos, textos jornalísticos, artigos acadêmicos, policy papers, publicações de mídias sociais, entrevistas, questionários etc. Trabalharemos principalmente com métodos inspirados da Sociologia da Tradução (também conhecida por Teoria Ator-Rede), da análise co-word de Michel Callon, da cartografia de controvérsias de Bruno Latour, e de métodos de Análise de Redes Sociais (SNA). Tais quais: redes socio-semânticas, redes bibliométricas, redes de domínios-temas e suas extensões, além de tratamentos via processamento de linguagem natural. Também serão discutidos recursos para aquisição de dados, por exemplo dos tipos citados anteriormente, e métodos de interesse específico dos participantes.

A oficina se baseará no uso da plataforma Cortext, sem nenhum requisito de competência em programação.

Bio editar

Ale Abdo é professor no Laboratório Interdisciplinar Ciências Inovações Sociedades (LISIS) da Universidade Gustave Eiffel. Cientista molecular e doutor em física pela USP, tem uma trajetória pela física estatística, informação em saúde, e estudos sociais da ciência, tecnologia e inovação, além de organizar cursos e encontros sobre o tema dos comuns e da ciência aberta. Também é membro do Garoa Hacker Clube em São Paulo e do CindaLab no Rio de Janeiro, e integra a equipe do INCT Ciência Cidadã.

Atividades com IME - CCSL editar

Contato: Paulo Meirelles

[23 de maio] Ambientes computacionais para a reprodutibilidade de softwares (de pesquisa) com GNU Guix e Software Heritage editar

Horário: 10h-12h (apresentação), 13h-16h (oficina)

Local: Auditório Imre Simon, CCSL IME USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, 1171, São Paulo, SP

Público: Aberta a todes, parte da disciplina "Desenvolvimento de software livre" do IME-USP.

Resumo: A reprodutibilidade de análises computacionais depende, para além da abertura de dados e códigos-fonte próprios a estas, da reprodutibilidade dos ambientes computacionais e da preservação do conjunto desses códigos. Tais questões são tratadas frequentemente com soluções inadequadas, no mais frequente com a preservação de ambientes opacos sem garantias de longo prazo. Neste encontro apresentaremos os princípios, funcionamento, e casos de uso de dois projetos que podemos chamar de infraestruturais: o gerenciador de ambientes computacionais Guix, e o arquivo universal de código-fonte Software Heritage. Concebidos como respostas respectivas para as duas questões, ambos colaboram para produzir uma solução completa e robusta para a questão da reprodutibilidade. Discutiremos também outros benefícios da arquitetura Guix para o desenvolvimento de software, e o uso de dados do Software Heritage para estudos sobre a produção e circulação de código-fonte.

Oficina: Instalar o Guix, usar as funções shell, time-machine e as package transformations para reproduzir ambientes computacionais; escrever receitas de pacotes; configurar um software channel complementar; manter um channel para um grupo ou projeto; contribuir para o Guix. Inclusão de códigos-fonte no Software Heritage, uso de identificadores SWHID para o referenciamento de software, obtenção e uso do grafo universal de códigos para análises.

[24 de maio] Transformando uma infraestrutura de pesquisa para ciências sociais madura em um projeto de software livre editar

Horário: 14h30-15h30

Local: Auditório Imre Simon, CCSL IME USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, 1171, São Paulo, SP

Público: Aberta a todes, parte da reunião do Grupo de sistemas do IME-USP.

Resumo: Em 2008, um grupo de pesquisadores em estudos sociais da ciência e tecnologia (STS) dá início ao desenvolvimento de uma plataforma de pesquisa interdisciplinar, com a finalidade de experimentar e tornar acessíveis métodos de análise computacional de documentos para as comunidades das ciências humanas e sociais. O principal serviço on-line e gratuito dessa plataforma, chamada Cortext, hoje atende por ano uma comunidade de mais de mil usuários ativos originários de 50 países, executando um total de 44 mil análises. No seu desenvolvimento, os técnicos e pesquisadores contribuindo códigos e métodos à plataforma farão uso intensivo de bibliotecas e frameworks em software livre. Porém, apesar de simpáticos à ideia e em certa medida entusiastas do movimento, prevalece uma resistência a publicar modificações realizadas e mesmo os códigos-fonte dos métodos. Dez anos se passam até que um primeiro método é publicado sob licença livre, fruto de um trabalho de pós-doutorado, desencadeando um processo complexo e negociado de abertura, permeado da emergência de valores e normas em torno da ciência aberta e da reprodutibilidade de pesquisas acadêmicas. Nesta apresentação discutiremos a imbricação entre fatores técnicos, jurídicos, epistêmicos e humanos à origem da primeira situação, assim como os que permitiram o movimento de saída dela.