Utilizador:Solstag/Visualidades: vigilância, mercados e guerra

Orientações

Prazo para submissão: 5 de novembro de 2016

Textos: em arquivo eletrônico odt ou rtf

Tamanho sugerido: 5 mil palavras aproximadamente.

Título editar

De hiperobjetos à hipervisualidade: reflexões de cegos e desnorteados

Resumo editar

O que há de (in)comum entre o aquecimento global e o controle/vigilância global? Serão ambos hiperobjetos no sentido de Timothy Morton, dentro de uma ontologia orientada a objetos? De quantas formas as redes digitais colocam a visão num pódio dentre os outros sentidos? Como a tensão entre os impulsos de sermos seres privados e testemunhas globais ajuda a responder à pergunta anterior? O que são relações de hipervisualidade, e qual o papel das testemunhas globais em criá-las? Por quê relações ciborgues com tecnologias de visualização de dados são fundamentais para definir hipervisualidade? O que a estereoscopia como mecanismo ciborgue primitivo nos ensina sobre expansão e engano dos sentidos? Como esses conceitos podem esclarecer as (im)possibilidades e (in)consequências de tecnologias mais ou menos centralizadoras? Como a hipervisualidade reconfigura nossa relação com hiperobjetos e nos descobre soluções para as crises climática e democrática? Por fim, o que podemos agregar à prática de "eyegiene" proposta por William Nericcio?

[Talvez discutir convergências com a noção de hiperobjeto desenvolvida pelo Rafa Pezzi no livro Ciência Aberta, Questões Abertas ?]

Texto editar

Esta intervenção, como todo texto em prosa, tem um caráter linear. Compreender as ideias apresentadas corresponde então a criar uma representação mental que desdobra essa linearidade em relações mais complexas. A escuta intelectual, assim como a leitura, é profundamente ativa, podendo mesmo ser extenuante. Tornou-se assim um recurso comum acompanhar uma fala com imagens, diagramas, em diapositivos, para orientar esse processo de desdobramento. Ao mesmo tempo, esse recurso acaba por dirigir o pensamento para o que cabe em seus limites, um pequeno retângulo em duas dimensões, limitando por sua vez as representações mentais resultantes. A partir dessa reflexão, proponho a todos o exercício de acompanhar alternadamente essa intervenção apenas em som, nos purgando momentaneamente tanto dos benefícios como dos excessos da visualidade.

Vamos lá.

Esse visual, do qual falamos, tem uma posição privilegiada na contemporaneidade graças à suas características: alcance, precisão (discretitude), não linearidade (trajetórias particulares), individualidade (interação privada), instantaneidade. É interessante notar a sintonia dessas características com as redes de comunicação digital.

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