Utilizador Discussão:Raimundo57br/Curso de Macroeconomia
Resumo da Série de vídeos sobre Macroeconomia do Canal Saia da Matrix.
Obs. No início iremos linkar os conceitos e pessoas citadas a artigos da wikipedia sobre o tais conceitos e pessoas, oportunamente, esses links terão como destino outras páginas que tratem dos temas de modo mais resumido.
Parte 1: Introdução, Moeda e Banco Central 13 min. e 55 s.
editar- Uma das questões centrais da macroeconomia é a moeda;
- Debate entre economistas conservadores (clássicos) e economistas progressistas (ver: Economia conservadora e economia progressista, artigo de Bresser Pereira);
- Os economistas conservadores partem do princípio que nós temos necessidades, funções e atitudes naturais;
- Os economistas progressistas partem do princípio que a sociedade impõe aos indivíduos os padrões de pensamento, de consumo, etc.;
- Os economistas clássicos/liberais, entende que o mercado se autorregula, portanto, caberia ao Estado apenas garantir o Direito de Propriedade, a justiça e a Ordem - Estado Mínimo;
- Os economistas clássicos entende que a macroeconomia seria simplesmente a soma das microeconomias, portanto as ações dos indivíduos sem interferências do Estado levaria ao funcionamento ótimo da economia;
- Conceito de Moeda Fiduciária (moeda dívida): é o passivo do Banco Central;
- Os ativos do banco central são títulos públicos, as reservas cambiais e os redescontos;
- Soma de passivos = soma de ativos;
- Uma parte da moeda emitida pelo Banco Central fica no caixa do Banco Central (Reservas);
- A base monetária de um país é a soma do papel moeda em poder do público e no caixa dos bancos privados;
- Em tese o Banco Central controla a base monetária;
- O papel moeda no caixa dos bancos privados é a soma entre as reservas compulsórios e as reservas voluntárias;
- Funções do Banco Central: Monopólio da emissão de papel moeda, financiamento dos bancos privados (sistema de redesconto);
- Como o Banco Central pode atuar na elasticidade da base monetária: exemplo: venda de títulos públicos -> reduz a base monetária, isso pressiona os juros para o alto por meio da redução da quantidade de moeda disponível/fluidez; exemplo 2: aumento do depósito compulsório dos bancos;
- Estabilidade da moeda (controle da inflação) e desemprego: preocupações da macroeconomia;
- O desemprego é uma contradição, pois os economistas têm como pressuposto a existência da escassez e o desemprego seria a abundância da mão de obra disponível;
- Até a década de 1970, o foco era controlar a base monetária, atualmente, o foco é controlar a taxa de juros, pois controlar a base monetária se tornou algo muito difícil, pois o setor privado multiplica moeda por meio do crédito privado - (Sistema de Reserva fracionada dos bancos - Alavancagem financeira);
- Necessário fiscalizar e controlar o sistema bancário, pois, quando o sistema bancário quebra ele produz uma ruptura em todo o sistema econômico (Acordos de Basileia).
Parte II: Introdução ao keynesianismo e ao modelo IS/LM 35 min. e 54 s
editar- Período de Ouro da Teoria Quantitativa da Moeda (Moeda mercadoria - padrão ouro) 1871 - 1914;
- Nesse período não se admitia dívida pública;
- 1913: Fundação do Federal Reserve.
- Inicialmente os bancos recebiam o ouro em custódia (a função original dos bancos era atuar como agentes de custódia/pagamentos/remessas) x risco de corrida pelos saques em ouro (quebra dos bancos).
- Caso brasileiro no Segundo Reinado: crise de fluidez - escassez de meios de pagamento - Crise do Encilhamento;
- Crise de 1929 abre espaço para a adoção das ideias de John Maynard Keynes que entende que o estimulo ao investimento é necessário para resolver os problemas econômicos;
- O investimento depende da quantidade de meios de pagamento;
- Modelo IS/LM sigla que provém da expressão Investment Saving / Liquidity preference Money supply. A extensão do modelo IS/LM para uma economia aberta é conhecida por IS/LM/BP ou Modelo Mundell-Fleming;
- Vídeos da Academia Khan sobre as Teorias de Keynes: Os gastos do governo e o modelo IS-LM = 8 min. e 46 s.; LM parte do modelo IS-LM 10 min. e 5s.; Cruz keynesiana | Renda e despesa: Modelo keynesiano e IS-LM - 8 min. e 21 s. - Conectando a cruz keynesiana à curva IS 10 min. e 39 s.;
- O é uma interpretação gráfica/cartesiana da teoria geral dos juros da moeda e da renda de Keynes proposta por John Richard Hicks;
- Moeda como dívida pública (moeda fiduciária);
- Dívida pública instrumento que permite emitir meios de pagamento;
- No modelo keynesiano, a gestão da oferta de moeda ganha uma importância fundamental na economia, enquanto que no modelo clássico, a gestão da moeda não têm grande relevância (moeda-mercadoria, apenas uma mercadoria a mais);
- Dois fatores: demanda agregada e oferta agregada;
- A demanda agregada = consumo (famílias) + investimentos (bens de produção) (empresas) + gastos do governo + impostos + exportações - importações (fluxo de demandas correntes);
- Ciclo entre famílias e empresas, as famílias se organizam para constituir empresas que servem para atender as demandas das famílias, além de garantir meios de pagamento (renda);
- Oferta agregada = produção de bens e serviços;
- Como a moeda afeta a demanda agregada?
- O consumo é uma função da renda;
- O investimento é uma função da taxa de juros reais = juros nominais - variação da inflação esperada - inflação esperada;
- Gastos do governo e impostos são variáveis exógenas ao modelo IS/LM, portanto, a demanda agregada somente pode ser afetada pela taxa de juros nominal;
- A teoria clássica pressupõe uma racionalidade absoluta -> não se trabalha para ganhar dinheiro, mas para atender às necessidades individuais;
- Consumidor na teria clássica - curvas de indiferença - Teoria da utilidade marginal decrescente;
- Retomando o modelo IS/LM -> tanto o consumo quanto o investimento podem ser funções da disponibilidade de meios de pagamento (liquidez);
- Teoria do ciclo de vida é uma representação da inclusão da função consumo porque traz a ideia da expectativa de ganhos ganhos futuros/crédito -> aumento da margem de investimentos;
- Teoria quantitativa da moeda -> M = KPy, onde M = Mode, K constante, Py = renda nominal, portanto a moeda é uma função da renda nominal - produtos x nível geral de preços[1];
- Para os clássicos moeda é somente instrumento de troca e meio de pagamento;
- O estudo clássico da economia tem como foco as necessidades de consumo e não as expectativas de consumo futuro;
- modelo de Keynes M = KPy + Liquidez, que é uma função dos juros nominais;
- Porque é racional guardar dinheiro? Em vez de comprar títulos prefixados? Pois pode-se apostar em uma alta de juros que fará com que os títulos prefixados a uma taxa menor, adquiridos antes da alta, passem a ter um preço de revenda menor do que o custo de aquisição;
- Demanda especulativa da moeda;
- A liquidez afeta a demanda agregada;
- Os juros dependem da oferta de meios de pagamento, que supostamente é constante;
- Os juros determinam o investimento;
- O investimento determina a demanda agregada;
- No modelo IS/LM, a liquidez (quantidade de meios de pagamento em circulação) afeta a demanda agregada através dos juros;
- Depois esse modelo passou a considerar também as expectativas de inflação;
- No modelo IS/LM os salários são constantes, nesse hipótese se aumenta oferta de meios de pagamento (política monetária), aumenta a demanda agregada;
- A rigidez dos salários faz com que a demanda agregada seja sensível ao nível geral de preços (ilusão monetária);
- Se houver rigidez dos salários, os juros nominais afetam a oferta agregada;
- Se os juros caem (redução do custo oportunidade/custos financeiros), aumenta a demanda por investimentos (bens de produção) (parte da demanda agregada);
- Os modelos IS/LM começam a ser adotados pelos Bacos Centrais na década de 1930;
- No modelos Keynesiano, a inflação se torna algo necessário para a recuperação da economia capitalista;
- Admite-se certo nível de inflação para combater o desemprego;
- Fórmula para o aumento da oferta agregada, que é possível devido à demora para que ocorra o reajuste dos salários;
- Críticas: Friedrich Hayek, essa fórmula vai provocar distorções que provocam o desenvolvimento das forças produtivas erradas;
- Hayek dizia que a solução seria esperar, Keynes responde que se esperarmos estaremos todos mortos, pois com a falta de liquidez, não haveria como reativar a cadeia produtiva;
- Efeito Pigu: se há deflação, então as pessoas se sentem mais ricas, mas essa hipótese nunca foi comprovada de maneira empírica;
- Em 2015, os principais bancos centrais do mundo trabalhavam com taxas de juros muito baixas, mas isso era insuficiente para aumentar a oferta agregada;
- Isso porque prevalecia a preferência pela liquidez em vez do risco pelo investimento;
- Desse modo, apesar das taxas de juros básicos estar muito baixa, os juros dos empréstimos ao público não caia, o que impedia a elevação da oferta agregada;
- Nessa hipótese, a solução seria a existência de bancos públicos, que emprestassem ao público com juros baixos;
- A preferência pela liquidez seria um obstáculo para o êxito das políticas keynesianas;
- Keynes dizia que o governo deveria gerar a demanda agregada (investimentos estatais) em momentos nos quais o setor privado não é capaz;
- Isso ocorreria por meio do déficit público;
- No modelo Keynesiano, o que determina a vitalidade da economia são os investimentos (influenciados pela taxa real de juros) que aumentam a oferta agregada;
- Expectativas (otimismo/pessimismo) dos agentes econômicos, (fator subjetivo do investidor);
- Os clássicos vão afirmar que os trabalhadores não passam por ilusão monetária.
- Não adianta aumentar os gastos públicos, pois, desse modo, os investidores/consumidores (mercado) logo entende que vai haver inflação e, portanto, não aumentam o investimento/consumo;
- Política expansionista atrapalha pois distorce a economia ou é inócua;
- Neoclássicos (keynesianos) x monetaristas (retomar as ideias clássicas - Estabilidade da moeda como fator essencial) (Milton Friedman) (Escola de Chicago);
- Sistema de câmbio fixo x Sistema de câmbio flutuante (Política cambial);
- A taxa de juros brasileira seria a taxa de juros internacional (um patamar obtido a partir da composição da taxa de juros nos EUA/Europa/China e Japão (países de economia mais segura)) + um prêmio de risco (pois a segurança de nossa economia é questionável) + expectativa de desvalorização cambial (que não existe em um sistema de câmbio fixo/padrão ouro);
- Aumento da base monetária (compra de títulos pelo Bacen) -> redução de juros -> desvalorização cambial -> aumento das exportações + redução da importações (aumento do investimento/demanda agregada);
- Quando ocorre um aumento da demanda agregada também ocorre um aumento da oferta agregada -> redução do desemprego;
- Essa política foi adotada diversas vezes, por diversos países a partir de 1932;
- Críticos Escola de Chicago: Friedman / Harry Gordon Johnson;
- Friedman sustentou que a desvalorização cambial foi mais importante (do que o aumento dos gastos do governo) para recuperar a economia norte-americana durante o New Deal;
- Segundo os keynesianos, os conservadores se utilizam do positivismo instrumental (falsa identificação da causa determinante do resultado);
- No modelo keynesiano, a poupança é uma função da renda;
- Para os clássicos, a poupança é uma função da taxa de juros.
Parte III: Neoclássicos vs Monetaristas 25 min. e 18 s
editar- Para os clássicos a taxa de juros é um fenômeno real da economia, determinado pela poupança e pelo investimento;
- Os juros altos estimulam a poupança;
- O investimento cai conforme os juros sobem;
- Para Keynes a taxa de juros é um fenômeno monetário, ou seja, a taxa de juros depende da oferta de dinheiro;
- Quando os juros estão altos, as pessoas deixam de ter preferência pela liquidez (deixar dinheiro em caixa);
- No modelo keynesiano, os juros/taxa de retorno/risco/liquidez determinam onde o dinheiro vai ser investido;
- Para Keynes, o consumidor pode optar por adquirir bens e serviços ou poupar;
- Se aumenta a poupança (redução do nível de atividade) cai a renda, a demanda agregada e a produção -> porque se a poupança aumenta, então diminui o investimento;
- Paradoxo da Parcimônia;
- Na década de 1980, com o advento do neoliberalismo, são eliminadas diversas restrições ao sistema financeiro;
- Para os clássicos, a demanda por moeda é inelástica em relação a taxa de juros, pois a moeda é uma proporção fixa da renda nominal (M=KPy) Py = Renda nominal;
- Para Keynes existe a demanda especulativa por moeda -> postergar a compra de títulos em função da expectativa de elevação da taxa de juros (risco do investimento imediato);
- Portanto a demanda por moeda é sensível em relação à taxa de juros;
- James Tobin sustentava que mesmo sem a demanda especulativa por moeda, a demanda por moeda vai ser sempre sensível à taxa de juros, pois demonstrou que quanto mais espaçados forem os saques, maior o saldo médio, portanto, maior a demanda por dinheiro;
- Retenção de moeda no banco: custos dos juros que você deixa de ganhar (custo oportunidade);
- Atualmente existem ativos muito líquidos (fundos de investimento com rentabilidade/liquidez diárias) e, portanto, é pouco relevante controlar a base monetária;
- Para recuperar a economia, o governo aumenta o investimento público -> a demanda agregada cresce e a renda aumenta o que aumenta a demanda por moeda o que aumenta os juros -> queda do investimento privado (soma zero), o que, segundo os clássicos, demonstra a inutilidade da expansão dos gastos públicos, o que é ruim, pois o investimento privado é mais eficiente;
- Segundo a Teoria Quantitativa da Moeda, uma maior quantidade de moeda em circulação aumenta a inflação;
- A questão é saber se o governo deve, ou não, intervir na economia;
- Neokeynesianos (esquerda) x Neoclássicos (centro, mas também keynesianos) x monetaristas (Escola de Chicago);
- Hegemonia do keynesianismo (neoclássicos): entre o final da II Guerra Mundial e o início da década de 1980;
- Friedman: Capital Humano;
- Renda Corrente (instável) x renda permanente;
- Limitações do modelo IS/LM;
- Conservadores sustentam que a expansão monetária só tem resultados positivos no curto prazo;
- Possibilidade da mídia influenciar aspectos subjetivos dos agentes o que tem repercussões na economia;
- Friedman: Trabalha-se para viver, não se vive para trabalhar;
- Keynesianos: a moeda exerce um papel fundamental;
- Preferência pela liquidez -> porto seguro frente às incertezas.
- No artigo "Money, Capital and Other Stores of Value" (1961) Tobin apresentou uma alternativa ao modelo Keynesiano;
- Preferência pela liquidez -> porto seguro frente às incertezas -> alternativa ao investimento;
- Somente em uma economia na qual existe a presença de dinheiro (economia monetária) é possível haver desemprego, pois em uma economia de subsistência, um ganho de produtividade não afeta a demanda;
- Em uma economia monetária (na qual a produção pode ser convertida em dinheiro), um ganho de produtividade altera a demanda agregada;
- Nesse caso o ganho de produtividade pode ser convertido em outros ativos que não sejam investimentos;
- Descompasso entre oferta agregada e demanda agregada;
- Para os clássicos, a oferta gera a sua própria demanda -> se eu não tenho condições de consumir tudo o que eu produzo, vou transformar o excedente em investimento, o que provoca um aumento da demanda agregada;
- Para os neoclássicos, quem detém o excedente pode fazer uma opção pela liquidez, o que não eleva a demanda agregada;
- O debate entre neoclássicos e monetaristas é também um debate retórico, pois os dados empíricos disponíveis são precários;
- As conclusões dependem da ótica como se analisam os dados (característica típica das ciências humanas);
- Positivismo instrumental;
- Para os monetaristas, se ocorre um aumento da oferta de meios de pagamento -> as pessoas consomem mais -> inflação (Teoria Quantitativa da Moeda);
- Tobin: Fluxo x Estoque;
- Emissão de moeda lastreada na compra de títulos -> alteração na composição dos ativos financeiros;
- Déficit público -> aumento dos meios de pagamento;
- Isso não gera efeito riqueza (chuva de dinheiro);
- Chuva de dinheiro é uma hipótese surreal;
- Hipótese da distribuição normal do risco;
- Ativos de risco / comportamento de manada;
- Correlações negativas / Diversificação de investimentos com diferentes causas de valorização/desvalorização;
- Maximização da utilidade que tem como argumento a taxa de retorno e a variância;
- Moeda ativo de risco zero;
- Demanda de moeda para transações é uma função dos juros e do custo de transação;
- Friedman: os ativos concorrentes são influenciados pelas curvas de utilidade;
- Tobin propõe incluir a moeda nos estudo da alocação da riqueza e não no estudo da alocação da renda;
- Estudo das decisões dos agentes econômicos sobre alocação da renda e da riqueza;
- Monetaristas: maior riqueza -> maior consumo;
- Tobin: maior riqueza -> maior consumo/poupança/investimento;
- Riqueza do setor provado: papel moeda em poder do público + Depósitos a vista + Títulos públicos + Bens de capital - empréstimos tomados;
- O consumidor real escolhe entre esses ativos para tomar suas decisões;
- papel moeda em poder do público + Depósitos a vista = ativos de juros zero com maior liquidez (financiador das transações) e menor risco;
- Porque o investimento é uma função decrescente dos juros?
- O investimento é a demanda por recursos novos (não correntes);
- As empresas têm um "custo de ajuste" para se ajustar à demanda;
- Demanda por mão de obra / valor da utilidade marginal do trabalho;
- O que é o modelo de equilíbrio geral para o mercado de ativos?
- O aumento da disponibilidade do papel moeda vai influenciar o preço dos ativos financeiros de acordo com o grau de relacionamento;
- 1929 e 2008, crises geradas pela valorização excessiva das ações;
- Como os ativos financeiros se comportam em termos de complementaridade e de substitutibilidade;
- Na hipótese de superávit fiscal a demanda agregada tende a cair, então o Banco Central pode resgatar Títulos e reduzir a base monetária;
- O superávit fiscal pode gerar a redução dos juros e aumento do investimento privado (oposto do crowding out) (isso se os títulos públicos são concorrentes do capital) ou aumento dos juros e redução do investimento (isso se os títulos públicos equivalem à moeda);
- Política monetária: expansionista ou contracionista;
- Coeficiente (Q) de Tobin = Preço de mercado do capital / Custo de produção do capital;
- Se aumenta Q -> política expansionista;
- A fluidez (probabilidade de venda imediata sem perda do valor) vai determinar se determinado título da dívida é substituto do investimento ou da moeda;
- Se o título da dívida for substituto da moeda, então não se aplica a teoria Keynesiana.
parte 5: Imposto Inflacionário - monetaristas 15 min. e 17 s
editar- Comparações entre os resultados apresentados pelos monetaristas e pelos neoclássicos;
- Interpretação gráfica da ressignificação da teoria quantitativa da moeda proposta por Friedman;
- The welfare cost of inflationary economy/
- Para os neoclássicos, a política monetária é eficiente para combater o desemprego;
- Para os monetaristas, a política monetária é nefasta ou, na melhor das hipóteses, inócua;
- Para os neoclássicos, a moeda tem as seguintes funções: instrumento de troca (meio de pagamento), unidade de conta e reserva de valor;
- Para os clássicos, a moeda se resumo a instrumento de troca (não exerce a função de reserva de valor);
- A renda não consumida é convertida em ativos reais ou em bens de capital;
- A moeda também não é unidade de conta, pois os preços são sempre relativos;
- Não existe ilusão monetária;
- Friedman: a taxa de retorno de todos os outros ativos financeiros que concorrem com a moeda seria constante;
- Para os keynesianos, o fato dos salários serem rígidos (fixados em contratos) e expressos em moeda corrente: gera ilusão monetária (confusão entre o valor nominal e o valor real dos salários);
- Uma maior oferta de moeda afeta o nível de retorno dos demais ativos financeiros e, portanto, da atividade geral da economia;
- Investimentos de maior liquidez - menor risco - menor taxa de retorno;
- Segundo a teoria clássica: no nível de produção ótima: custo marginal de produção = preço;
- Custo marginal de produção da moeda = zero;
- No ponto ótimo da economia haveria taxa de inflação negativa (deflação) e juros nominais = zero;
- Uma deflação = taxa de retorno médio dos ativos da economia -> liquidez necessária;
- Os monetaristas não veem a deflação como uma ameaça;
- Gastos do governo = Impostos + aumento da base monetária (o que gera inflação);
- Representação gráfica do imposto inflacionário.
Parte 6: A moeda como unidade de conta 15 min e 49 s
editar- Visão dos neoclássicos em relação à moeda;
- Os monetaristas veem a moeda apenas como um instrumento de troca;
- Os neoclássicos entende que a moeda tem outras funções;
- Taxa de juros própria que pode ser calculada sobre qualquer produto da economia;
- Quando se decide investir/aplicar, se utiliza como referência a taxa de juros monetária da economia;
- Keynes: a taxa de juros nominal da economia é a que cai mais devagar;
- A oferta de dinheiro é ineslática e os salários são rígidos e expressos em moeda;
- Para os monetaristas, a rigidez dos salários é um problema;
- Para Keynes, a rigidez dos salários é uma necessidade;
- Em situações de inflação muito alta, quando os trabalhadores passam a calcular o seu salário tendo como base não a moeda mas um determinado produto (ex. quilo de arroz), a moeda é apenas instrumento de troca;
- Exemplo de como se pode calcular a taxa de juros própria de determinado produto (milho);
- Compara-se a diferença entre o preço futuro e o preço atual (spot) com a taxa de juros monetária vigente para o mesmo período;
- Somente se aumenta a produção dos produtos quando se acredita que o custo de produção + mais a taxa de juros (do período compreendido entre o investimento e o recebimento do preço) for menor que o preço previsto no momento recebimento;
- Teoria da utilidade marginal;
- A utilidade marginal dos produtos em geral é decrescente;
- Mas, a utilidade marginal da renda é constante ou a menos decrescente, portante serve de parâmetro;
- A taxa de juros monetária é relevante se for a que cair mais devagar;
- Isso ocorre quando a moeda é estável;
- Para Keynes, a taxa de juros monetária cai mais devagar, pois a oferta de dinheiro é ineslática (padrão-ouro);
- Considerando-se que não existe substituto para a moeda;
- A ineslaticidade da oferta de moeda é questionável quando se considera as possibilidades de multiplicar moeda;
- Para Keynes, o preço do trabalho (salário) é o preço mais importante;
- Nicholas Kaldor;
- Para Keynes, se os salários não forem rígidos não se trata de economia monetária, a moeda não é unidade de conta nem reserva de valor;
- Para Keynes, se os salários não forem rígidos, estáveis e expressos em moeda nacional, a economia capitalista não é capaz de se estabilizar;
- Os clássicos não aceitam essa formulação, pois entendem que moeda não é unidade de conta nem reserva de valor;
- Na prática a inflação sempre se demonstra altamente corrosiva para a economia capitalista;
- A taxa de juros mais importante da economia é a taxa de juros monetária, pois é que cai mais devagar;
- A taxa de juros monetária é a mais importante, pois a moeda é unidade de conta;
- Inflação e desemprego;
- Durante a década de 1930, se observou deflação e desemprego;
- Após 1945, com o final da II Guerra Mundial, as economias se reorganizam;
- As taxas de câmbio, passam a ser fixas no curto prazo, mas podem variar no longo prazo;
- O Fundo Monetário Internacional passa a emprestar dinheiro para financiar as dificuldades temporárias nas balanças de pagamentos de diversos países do mundo;
- Banco Mundial -> Financiador de empréstimos de longo prazo (financiar o desenvolvimento);
- Plano Marshall acelera a recuperação econômica da Europa após a II Guerra Mundial;
- Diferentemente do que ocorreu após I Guerra Mundial (Crise de 1929), houve crescimento no mundo inteiro utilizando políticas econômicas keynesianas (políticas monetárias e fiscais ativas; criação de empresas estatais);
- Alta da inflação;
- Dólar no padrão ouro até 1971;
- Curva de Phillips: desemprego x inflação;
- Estudos sobre emprego e porque os salários são rígidos;
- Para os monetaristas, a redução do desemprego por meio de políticas expansionistas somente é eficaz no curto prazo;
- No longo prazo, as políticas expansionistas geram inflação crescente, que exigirá controle que reduzirá o nível de emprego;
- As empresas contratam em função da inflação esperada e não da inflação real;
- Expectativas racionais: o consumo ocorre em função da renda esperada;
- Os salários não são fixados com base nos preços correntes;
- É necessário incorporar expectativas no modelo;
- Para os neoclássicos, os agentes econômicos têm uma percepção imperfeita dos fenômenos econômicos;
- Para os monetaristas (modelos de expectativas racionais): agentes econômicos têm uma boa percepção dos fenômenos econômicos;
Parte 8: Neo-liberalismo e expectativas racionais 19 min e 34 s
editar- Décadas de 1980 e 1990: Modelos de expectativas racionais - modelo neoliberal;
- Retorno à ideia de que o mercado sempre consegue resolver tudo da melhor forma possível;
- Condenação do Estado de bem-estar social;
- Problemas: dívida pública / inflação;
- Busca-se a redução do déficit público e dos impostos;
- Reduzir os impostos para aumentar a demanda e, desse modo, aumentar a oferta com redução da inflação;
- Curva de Laffer: quando as alíquotas de determinado imposto chegam a determinado nível, ocorre a redução da bases de cálculo (consumo/renda) e a arrecadação tende a cair;
- A redução dos impostos no governo Reagan resultou em um aumento do déficit público;
- O Federal Reserve não aceitou financiar o aumento do déficit público nos EUA;
- Aumento da taxa de juros que provocou a Crise da Dívida Externa na América Latina;
- Redução da inflação causada pela redução da atividade econômica;
- Com a redução da seguridade social, houve uma pressão deflacionária sobre os salários;
- Retorno à Teoria Quantitativa da Moeda/Pensamento Clássico/Neoliberal/Conservadores;
- Prevalência do câmbio flutuante, deixou de existir o padrão-ouro;
- Desregulamentação do setor financeiro - a regulamentação já era, em grande medida, inócua, pois os bancos faziam arbitragem;
- Crença de que essa desregulamentação traria inovações que resultariam em mais investimentos;
- Os depósitos à vista também passam a render juros;
- Fim da separação entre os bancos comerciais e os bancos de investimento;
- Crença de que, com maiores juros, haveria maior poupança, o que resultaria em mais investimentos;
- Para os Keynesianos, a taxa de poupança é uma função da renda;
- Para os clássicos, a taxa de poupança é uma função da taxa de juros;
- Para os Keynesianos, a taxa de juros apenas determina onde vai ser alocado o capital e não o montante total do investimento dividido em diversas áreas;
- Neoliberalismo: metas de inflação, câmbio flutuante e liberalização financeira;
- É inócuo tentar controlar a base monetária, tendo em vista a grande fluidez de capital (transações interbancárias), a existência de diversos ativos muito líquidos e a consequente multiplicação de moeda;
- Nesse contexto, cresce a tendência ao retorno à Teoria Quantitativa da Moeda;
- Friedman: os meios de pagamento devem crescer no mesmo ritmo de crescimento da economia;
- Existência de ativos muito líquidos;
- Controle da inflação por meio de ajuste da taxa de juros, no Brasil: Taxa Selic;
- Na era da moeda fiduciária, a reserva de valor mais segura com alta liquidez são os títulos públicos;
- O modelo keynesiano sofre uma influência da preferência pela liquidez;
- Pois segundo esse modelo, os juros altos desencorajam a manter dinheiro em caixa, entretanto, em uma situação na qual os títulos públicos têm uma liquidez quase igual a da moeda; então não faz sentido manter dinheiro em caixa, mas em títulos públicos de alta liquidez;
- Essa situação desencoraja o investimento na economia real, que apresenta maiores riscos, ou seja, trata-se de situação que gera preferência pela liquidez;
- Sistema de metas de inflação: a política monetária para de se preocupar com o desemprego;
- Modelos de expectativas racionais;
- Críticos do sistema de metas de inflação, afirma que se os juros reais forem mais elevados do que a taxa de crescimento da economia, a dívida pública será impagável no longo prazo, o que levará o governo, em algum momento, a se financiar aumentando a base monetária;
- Economia altamente financeirizada;
- Efeito manada quando os agentes econômicos mais relevantes acreditam em algo, isso tende a se realizar (profecias auto-realizáveis);
- Neoliberalismo: aumento da desigualdade social / alteração na divisão internacional do trabalho (crescimento econômico no sudeste asiático);
- A política monetária será ineficaz se a política fiscal for dominante;
- Monetaristas: um Banco Central independente pode imprimir títulos do tesouro nacional (Federal Reserve na crise de 2008);
- Conservadores: defesa da redução do déficit público, para preservar o sistema financeiro, o que não resolve o problema do desemprego;
- Política monetária x política fiscal;
Referências
- ↑ Na wikipédia: MV = Py; o que implica que: P = MV/y, onde M é moeda; V é a velocidade de circulação da moeda (não observável) (também chamada de velocidade-renda da moeda), que é a frequência média em que a unidade monetária é gasta num certo período de tempo, isto é, a quantidade de "giros" que ela dá durante um período determinado, criando renda. No curto prazo a velocidade da moeda é constante, portanto, a equação quantitativa expressa a relação de proporcionalidade entre o estoque da moeda e o nível de preço (P), porque o produto real da economia (y) também é constante