Utilizadora:MCeci/Ementa:Sociologia para o Ensino Médio
Essa wiki traz os conteúdos da disciplina de Sociologia conforme o Currículo do Estado de São Paulo.
Conteúdos referentes à 3a. série do Ensino Médio - 1o. Bimestre
editar- Conceito de Cidadania
A cidadania diz respeito à luta por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas. A cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social. A cidadania pressupõe também deveres. O cidadão deve estar consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos devem dar sua parcela de contribuição.
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos civis, políticos e sociais. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.
No entendimento do jurista Dalmo Dallari
“a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. DALLARI, D.A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14
Cidadania na Antiguidade Clássica
editarA origem da palavra cidadania vem do latim “civitas” (cidade), está relacionada ao indivíduo habitante da cidade. A origem do termo "cidadão" remonta à Antiguidade Clássica e a uma forma de organização social específica, que se difundiu na região do Mar Mediterrâneo a partir das Cidades-Estado.
O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania, pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade. Os "cidadãos" eram os membros da comunidade que detinham o privilégio de participar integralmente de todo o ciclo da vida cotidiana da cidade-Estado, ou seja, das decisões políticas, da elaboração das regras, das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública etc. Os cidadãos eram os únicos considerados indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua pessoa e seus bens.
Cidadania em Roma
Apenas homens e proprietários de terras (desde que não fossem estrangeiros) eram cidadãos. Não eram cidadãos em Roma mulheres, escravos, crianças entre outros.
A cidadania romana era atribuída somente aos homens livres, mas nem todos os homens livres eram considerados cidadãos.
A cidadania romana permitia o acesso aos cargos públicos e às várias magistraturas (além da possibilidade de escolhê-las no dia de sua eleição), a possibilidade de participar das assembleias políticas da cidade de Roma.
Cidadania na Grécia
Na Grécia Antiga havia uma grande diferença entre as duas cidades Esparta e Atenas. Em Atenas existia 3 classes sociais: cidadãos, metecos e escravos. Os cidadãos (filho de atenienses) podiam participar da vida politica. Os metecos (estrangeiros) e os escravos não podiam participar da vida politica. Portanto, era pequeno o número de cidadãos, que excluíam além dos homens ocupados (comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros. Na Grécia de Platão e Aristóteles, eram considerados cidadãos todos aqueles que estivessem em condições de opinar sobre os rumos da sociedade. Entre tais condições, estava a de que fosse um homem totalmente livre, isto é, não tivesse a necessidade de trabalhar para sobreviver, uma vez que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral (praticamente apenas os proprietários de terras tinham o direito de decidir sobre o governo).
Conteúdos referentes à 3a. série do Ensino Médio - 2o. Bimestre
editarMovimentos sociais no Brasil
editarOs movimentos sociais do período Brasil Colônia são marcados pelos ideais de libertação dos escravos e pela intenção de libertação do Brasil da condição de colônia portuguesa.
BRASIL COLÔNIA (1500 -1822) – O governo central é exercido pelo Rei de Portugal D. João VI que instalou-se com a Corte Portuguesa desde 1808 no Brasil na cidade do Rio de Janeiro. O término desse período em 1822 é marcado pela declaração da Independência do Brasil.
No Brasil colonial os negros cativos não se mostraram submissos aos seus donos. Desenvolveram diversas formas de resistência contra a escravidão, tais como: fugas, rebeliões, violências contra seus senhores, recusa ao trabalho, formação de quilombos entre outras.
Alguns conceitos básicos desse capítulo: - Sistema Colonial - Escravidão - Latifúndio
===Movimentos Sociais no Período Colonial (1500-1822)===
A colonização portuguesa no Brasil não proporcionou nenhum desenvolvimento interno e muito menos uma base que facilitasse o desenvolvimento industrial futuro. A Coroa portuguesa implantou a exploração colonial através da monocultura do açúcar.
A utilização do trabalho escravo de índios brasileiros e negros africanos teve um profundo impacto nas relações sociais do Brasil. Nota-se até os dias de hoje a persistência de certos preconceitos culturais disseminados no contexto da formação da nação brasileira.
No período colonial brasileiro toda a organização da produção de riquezas vinha da chamada economia açucareira. O principal produto agrícola era a cana-de-açúcar.O Nordeste por possuir clima quente e úmido e o solo massapê tornou-se através de em seus engenhos a maior região produtora de açúcar no Brasil. As plantações eram organizadas em grandes propriedades rurais - os latifúndios. Os engenhos formavam um conjunto de construções interligadas: a casa-grande, a senzala, a capela, as plantações de cana, a lavoura de subsistência, a casa de engenho.
A produção açucareira fez uso de mão-de-obra escrava. O escravo era submetido ao trabalho compulsório, torturas, e surtos de epidemias. O trabalho realizava-se em situações de extrema precariedade. Nas propriedades agroexportadoras do Nordeste a escravidão indígena tendeu a ser gradualmente substituída pela dos africanos.
Muitos escravos refugiaram-se em comunidades de quilombos. Em vários pontos da colônia formou-se quilombos. O mais importante foi o quilombo dos Palmares situado no atual estado do Alagoas. Estima-se que a população de Palmares atingiu 20.000 pessoas. Na luta contra Palmares em 1864 o governo executou seu principal líder Zumbi. A comunidade foi invadida por mais de 3.000 soldados.
A sociedade brasileira colonial era marcada pela imensa quantidade de negros escravos, proprietários rurais e homens brancos livres e pobres. Os grandes senhores de escravos detinham o controle das terras cultivaveis e o poder político local.
O período colonial marcado inicialmente pela economia açucareira. Nos meados do século XVII com a concorrência da produção do açúcar nas Antilhas cai o preço do produto no mercado mundial.
Ao final do século XVII inicia-se no Brasil o ciclo de mineração, trazendo para as regiões auríferas uma enorme multidão. A descoberta de metais preciosos nos sertões da colônia gerou vários atritos entre as multidões que se dirigiam para as principais áreas de mineração.
Inconfidência Mineira (1789)
editarRevolução de 1817 de Pernambuco
editarMovimentos Sociais no Brasil Império (1822-1889)
editarApós a independência do Brasil em 1822 o governo central foi assumido por D. Pedro I (filho de D. João VI rei de Portugal). A forma de governo desse período é a Monarquia. Esse tipo de organização política chegará ao fim no Brasil quando em 1889 é decretada a Proclamação da República.
O período de 1822 a 1889 pode ser dividido em três menores:
- Primeiro Reinado(1822-1831)
- Governo central: D. Pedro I. O Primeiro Reinado tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I. D. Pedro I,Em 1824 D. Pedro I outorga a primeira constituição brasileira.
- Período Regencial
- Segundo Reinado
Primeiro Reinado (1822-1831)
editarOs movimentos sociais desse período lutam pelo fim da escravidão e contra a monarquia tendo como objetivo a instauração de uma república no Brasil. No entanto as ideias de emancipação só ganharam força no fim do século XVIII e início do século XIX, como influência direta da Revolução Francesa e da Independência dos Estados Unidos.
Constituição de 1824
editarA elaboração da Constituição Brasileira de 1824 é conhecida por ter sido bastante conturbada. Essa conturbação se deu pelo conflito entre radicais e conservadores na Assembleia constituinte logo após a Proclamação da Independência do Brasil.
Em doze de novembro 1823 Dom Pedro I mandou o Exercito invadir o plenário, prendendo e exilando diversos deputados, e esse episodio ficou conhecido como “A noite da Agonia”. Dessa maneira D. Pedro I reuniu cerca de dez cidadãos íntegros e de sua total confiança pertencentes a o Partido português que redigiram a Primeira Constituição do Brasil em 1824.A Constituição de 1824 foi outorgada e dava poderes absolutos ao Imperador D.Pedro I, foi a constituição brasileira que teve a duração mais longa da historia brasileira, tendo seu fim com a Proclamação da republica (1889).
Confederação do Equador
editarEm 1823, as idéias republicanas dominavam o nordeste e se acentuaram em face das ameaças do Imperador que, com a Constituição outorgada em 1824, impôs ao país um estado unitário. Pernambuco não aceitou essa Constituição e em 2 de julho de 1824, seu presidente Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador (movimento republicano e separatista que uniu Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte). No início a Constituição adotada foi a Colombiana. O objetivo era formar um novo estado completamente separado do Império, cujas bases eram um governo representativo e republicano, garantindo a autonomia das províncias confederadas.
Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das pessoas para a revolução. Cipriano Barata era natural da Bahia e tornou-se notável pela sua atividade jornalística defendendo os valores liberais da época. Dedicou a sua vida à luta revolucionária e esteve ligado às camadas mais populares e por essa razão, foi preso várias vezes. Frei Caneca era um dos discípulos de Cipriano e principal líder da Confederação do Equador contra D. Pedro.
Período Regencial (1831-1840)
editarRebeliões do Período Regencial (1831-1840) tiveram caráter fortemente oposicionista aos governos locais, queriam tomar o poder e tornar independente do restante da província. Essas revoltas que foram reprimidas violentamente tiveram participação de homens livres pobres, mestiços, negros “de ganho”, escravos, sertanejos, etc.
Revolta dos Cabanos (Pernambuco e Alagoas – 1832-1835)
editarAtores sociais:
Cabanagem (Pará – 1835-1840)
editarAtores sociais:
Revolta dos Malês (Bahia-1835)
editarAtores sociais:Negros alforriados e escravos muçulmanos
Balaiada (Maranhão e Piauí – 1838 – 1840)
editarAtores sociais:
Segundo Reinado (1840-1889)
editarNesse período o Brasil constituía-se em uma Monarquia. O comando central político era de D. Pedro II. As Revoltas populares, rebeliões ocorridas a partir de 1851 ocorreram contra medidas adotadas pelo governo consideradas ilegítimas pela população, dentre os quais destacaram-se camponeses, trabalhadores rurais pobres, comerciantes, jagunços, ex-escravos. Exemplos dessas mudança no sistema de pesos e medidas e cobrança de novas taxas dos comerciantes pelo poder central.
Revolta contra o Censo Geral do Império e Registro Civil de Nascimentos e Óbitos (1851-1852)
editarLocal de ocorrência:Províncias do Nordeste e norte de Minas Gerais
Revolta do Quebra-Quilos (1874)
editarLocal de ocorrência:Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte
Movimentos Sociais no Brasil República
editarAs rebeliões ocorridas na instauração da República (1889 à 1930) relacionavam-se a luta pela terra, em oposição ao poder dos coronéis e das empresas exploradoras das regiões em disputa. O contexto cultural é marcado por forte religiosidade popular, que mobilizou as populações em torno de suas crenças contra as forças do governo.
O termo messianismo é utilizado para designar a crença de um grupo em um líder político-religioso (líder messiânico) considerado capaz de conduzir determinada coletividade e uma nova era de justiça e felicidade. Desenvolve-se como uma esperança de vida melhor entre pessoas castigadas pela miséria e injustiças sociais.
Coronelismo é um termo relacionado às práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis, fato que ocorreu até aproximadamente 1960. O coronel era um chefe político de um determinado local que geralmente era dono de terras ou comerciante. Da forma com que prestavam serviços ao Poder Executivo os coronéis ganhavam prestígio e força. Os coronéis controlavam as pessoas da região e as obrigava a realizar fatos e tomar decisões. Aproveitavam o fato de que as pessoas eram desinformadas e pouco educadas. Os coronéis conseguiam estipular impostos e promover a candidatura de seu elegido. Como possuíam grande quantidade de colonos em suas terras e havia respeito seguido de “medo” por grande parte da população rural da região, os coronéis abusavam do seu prestígio para manipular as pessoas e até obrigá-las sob forma brutal a fazer sua vontade.
Brasil Primeira República (1889-1930)
editarConstituição de 1891
editarA primeira Constituição republicana brasileira, resultante do movimento político-militar que derrubou o Império em 1889, inspirou-se na organização política norte-americana. No texto constitucional, debatido e aprovado pelo Congresso Constituinte nos anos de 1890 e 1891, foram abolidas as principais instituições monárquicas, como o Poder Moderador, o Conselho de Estado e a vitaliciedade do Senado. Foi introduzido o sistema de governo presidencialista. O presidente da República, chefe do Poder Executivo, passou a ser eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, sem direito à reeleição. Tinham direito a voto todos os homens alfabetizados maiores de 21 anos
Fonte:<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CrisePolitica/Constituicao1891>
Guerra de Canudos
editarLocal de ocorrência:Bahia
Período: 1896-1897
Saiba mais sobre a Guerra de Canudos
Guerra do Contestado
editarLocal de ocorrência:Paraná e Santa Catarina
Período:1912-1916
Bibliografia Consultada
editarTOMAZIO, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia.São Paulo: Atual, 1993.