Caxixó significa pedra, que é a Nossa Senhora da Lapa. Na lei branca de vocês, chama caverna (Zezinho Kaxixó) Depois de séculos no anonimato, sufocados pela perseguição e posteriormente pela discriminação, os Kaxixó estão demonstrando desejo de viver a sua indianidade, trazendo à tona costumes e valores que estiveram camuflados, mas nunca perdidos. Mesmo quando não expressavam publicamente sua identidade, os Kaxixó preservaram viva a consciência de serem indígenas, transmitindo seus segredos e tradições de pais para filhos. Reconhecidos oficialmente pela Funai como grupo indígena em dezembro de 2001, depois de quinze anos de luta por tal reconhecimento, sua grande luta agora é pela posse das terras tradicionais e o fortalecimento cultural tão desejado pelo grupo.[1]

Caxixó
População total

5.833 (auto-identificados)

Regiões com população significativa
Ermelinowawá Matarazzwá
Línguas
Uspwawá
Religiões
Grupos étnicos relacionados
Satarés-Maués, [[]]


Localização editar

nada

Mapa Interativo editar

nada

História editar

Nas duas últimas décadas do século 20 um novo fenômeno marca a história dos indígenas de Minas Gerais. Grupos originariamente mineiros, mas dispersos por várias partes do Estado e do país durante o processo da colonização e expansão territorial, começam a se reorganizar em comunidades e reivindicar seus direitos indígenas. Grupos que perderam em grande parte sua cultura tradicional, língua e estilo de vida tribal, mas que preservaram sua identidade étnica na convicção de jamais terem deixado de ser indígenas.[1]

As primeiras expedições de bandeirantes paulistas nas imediações dos rios Pará, São Francisco e Rio das Velhas, região dos Kaxixó, tiveram início ainda no século 17, na esperança de localizarem a famosa Sabarabussu, uma mina rica em ouro, que hoje é a cidade de Sabará. Como nas demais regiões do Estado, os quartéis e aldeamentos dizimaram, deslocaram ou dispersaram os indígenas da região pelas várias fazendas e povoados que surgiram, onde foram se tornando trabalhadores braçais.[1]

Resistência a madereiros editar

nada

língua editar

nada

Cosmologia e Religiosidade editar

nada

Aspectos Culturais editar

Algumas famílias praticam a pesca no Rio Pará como principal fonte de subsistência, mas dispõem de pouquíssimos equipamentos, principalmente geladeiras, o que dificulta a venda de peixes no mercado regional. Há famílias que se valem da aposentadoria dos mais idosos. Outra fonte de sustento tem sido o artesanato. Neste aspecto desenvolvem algo que não se verifica em outros grupos indígenas de Minas, que é a fabricação de peças de barro, como pequenos potes, geralmente enfeitadas com penas.[1]

Medicina tradicional editar

nada

Situação territorial editar

Pela própria exposição, os "Kaxixós" somente foram reconhecidos com uma tribo indígena em 2001 pela FUNAI, que afirmou serem oriundos da miscigenação de outras tribos. O laudo antropológico da própria FUNAI, de 1993, negara a característica de indígenas a eles. Contudo, a partir de iniciativas do CIMI e do Ministério Público Federal, conseguiram reverter as conclusões anteriores, com a contratação de um antropólogo vinculado à ABA - Associação Brasileira de Antropologia, entidade absolutamente ideologizada e de ativa atuação política favorável à ampliação das áreas indígenas e quilombolas, modo de ampliar sua própria área de influência e destinação de verbas. [1]

Ligações externas editar

Referências