Chiquitanos
População total

Desconhecido

Regiões com população significativa
Mato Grosso e Colômbia
Línguas
Religiões
Desconhecido
Estados ou regiões do Brasil
situação do território
Registrada

O povo Chiquitano foi constituído a partir de uma mistura de grupos indígenas aldeados no século XVII pelas missões jesuíticas. Foram compulsoriamente envolvidos em conflitos políticos e diferenças culturais decorrentes de uma divisão territorial que não lhes dizia respeito. A grande maioria desse povo está na Bolívia. Os que moram no Brasil têm sido explorados como mão-de-obra barata por fazendeiros, os quais também representam uma ameaça constante de invasão aos poucos territórios que lhes restam. Mas os Chiquitano têm lutado pelo direito à uma Terra Indígena, que está em processo de identificação pela Funai e que poderá assegurar a continuidade de sua identidade cultural.

Localização

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No Brasil, os Chiquitano vivem no estado do Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia, nos municípios de Vila Bela, Cáceres e Porto Espiridião. Na Bolívia, localizam-se no departamento de Santa Cruz, nas províncias Nuflo de Chaves, Velasco, Chiquitos e Sandoval.

Historia

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Após o inicio das atividades jesuítas na Missão Chiquitos em dezembro de 1691, com o pedido dos indígenas que estavam sendo invadidos e levados para as fazendas de São Paulo, de acordo com o antropólogo Aloir Pacini

"O tempo da Missão de Chiquitos (1691-1767) é percebido pelos Chiquitanos como um mito de fundação, ou seja, um tempo idealizado de grande fecundidade, uma espécie de mito de origem dos Chiquitanos em diversas etnias que passaram a viver juntas com artes e estéticas próprias no trato com o diferente, na música, na escultura, na pintura, na devoção aos santos. Tais aspectos que foram incorporados pelos Chiquitanos já fazem parte intrínseca das manifestações étnicas acionadas por eles como sinais diacríticos na construção de suas identidades e territórios."[1].

Língua

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Não é certo, porém é provável que os Chiquitano que aqui vivem no Brasil possivelmente falem o chiquito, lingua falada pelos Chiquitano na Bolívia. Essa premissa parte do confronto de diversos vocabulos comparados de ambos lados da fronteira que assumem equivalencia levando a crer que o chiquito seria a língua chiquitana. [2]

Cosmologia e Religiosidade

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Cosmologia e religiosidade dos Chiquitanos é desconhecida.

Aspectos Culturais

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Elementos culturais que permitem pensá-los como um povo são o uso e a confecção de redes, o uso e ou fabrico de potes de cerâmica para armazenar água, o uso de cochos de madeira, recipientes para a chicha - bebida fermentada feita a partir da mandioca ou do milho, a estrutura e material utilizado para construir as casas - em geral com um terraço central que divide a casa em duas, também amplamente observada nos lugarejos bolivianos próximos à fronteira - e festas ligadas aos santos dos missionários.[3]

Medicina tradicional

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Não há relatos sobre a medicina desta tribo.

Território

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Segundo o Antropólogo Aloir Pacini,

"As diferentes etnias que habitavam o oriente do império espanhol na América Latina, divisa dos atuais estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (na região entre o Chaco Paraguaio e a Missão de Mojos), entraram para formar as diferentes cidades santuários desta misión conduzida pelos jesuítas até que estes foram expulsos. Mesmo com a entrada de novos administradores vindos de Santa Cruz de la Sierra, esta região de Chiquitos não tinha grande interesse econômico. Por isso os pueblos misionales permaneceram no meio da selva e do cerrado, um tanto abandonados até a segunda metade do século XX. Os Chiquitanos continuam a habitar esta vasta região das terras baixas da Bolívia, desde o rio Guapay ou rio Grande até parte destas terras que ficaram no Brasil com os tratados entre os Impérios e, depois, entre as Repúblicas."[1].

Atualmente esse povo é encontrado em sua grande maioria na Bolívia, e os poucos encontrados no Brasil vem sendo explorados como mão de obra escrava por fazendeiros, mas os chiquitanos brasileiros tem lutado pelo direito a uma terra indígena que está em processo de identificação pela FUNAI. [4].

Referências