Wikinativa/Sapatu
Sapatu | |||
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População total | |||
101 pessoas | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Português | |||
Religiões | |||
Católicos e Evangélicos |
Sapatu é o nome de uma comunidade de remanescentes de quilombos localizada no Vale do Ribeira - SP, essa comunidade esta dividida em três partes sendo Indaiatuba, Sapatu e Cordas,que mantem-se ligadas através de parentescos entre as famílias. Sua formação inicia com os negros que fugiram da convocação para irem para a Guerra do Paraguai 101 integrantes que contam no núcleo Indaiatuba com uma Igreja Católica, a fábrica de beneficiamento de banana, o campo de futebol e a sede da Associação, com telecentro e internet e no núcleo Sapatu uma escola de ensino fundamental, um posto de saúde, uma quadra poliesportiva, Igreja Católica, Igreja Batista, um telefone público e a casa/oficina do artesanato, e o cultivo principalmente de feijão, batata-doce, cará, cana, mandioca, milho e banana.[1][2]
Localização
editarSapatu está localizada no município de Eldorado, a aproximadamente 33 km do centro da cidade. Limita-se com as comunidades quilombolas de Ivaporunduva, André Lopes e Pedro Cubas. É cortada pela estrada que liga as cidades de Eldorado-SP a [http://pt.wikipedia.org/wiki/Iporanga Iporanga (SP-165).[1][2]
Coordenadas -24.637655,-48.341957
== História ==Guerra do Paraguai, por volta de 1870, e por famílias vindas de outras comunidades da região. A malha fundiária atual de Sapatu é complexa e marcada por uma ocupação irregular e heterogênea devido à existência de algumas áreas definidas como de terceiros, pessoas não-quilombolas que residem dentro do território da comunidade e nele desenvolvem suas atividades produtivas.[1][2]
Infraestrutura e agricultura
editarA comunidade possui uma biblioteca, um caminhão, uma caminhonete, uma pulverizadora e equipamentos para uma fábrica de farinha de uso comum entre os moradores. A água que abastece as casas vem de minas e ribeirões existentes na comunidade, por meio de canos. Muitas casas se abastecem direto das minas, em outras, as águas provenientes das pias da cozinha e banheiro são jogadas em cursos d´água. Menos da metade das habitações tem fossa negra. A coleta é realizada semanalmente, mas alguns moradores preferem queimar seu lixo. As casas tem luz elétrica e para cozinhar, a lenha ainda é a mais utilizada, mesmo que a maioria das famílias tenha fogão à gás. Menos da metade das famílias possui geladeira e televisão. A comunidade se serve do transporte coletivo, efetuado pelas linhas de ônibus que ligam as cidades de Eldorado-SP e de Iporanga em apenas dois horários durante a semana e em dois horários há ônibus escolar. Existem dois telefones públicos em frente à escola, um telefone via rádio e dois computadores na fábrica de beneficiamento da banana, para o uso exclusivo de trabalho da agroindústria. O arroz, feijão, batata-doce, cará, cana, mandioca, milho e banana são as espécies mais cultivadas pelos moradores, só utilizam agrotóxicos no maracujá e eventualmente na banana. Estima-se que existam, em toda a área da comunidade, 50 mil pés de banana e a comercialização do produto ainda é deficiente, uma vez que as vendas são realizadas para atravessadores.[1][2]
Cosmologia e Religiosidade
editarAs religiões atualmente seguidas pelos moradores da comunidade são o Catolicismo e o Evangelismo (Igreja Batista, Deus é Amor, Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e Pentecostal de Jesus Cristo).[1][2]
Aspectos Culturais
editarA minha diretoria da Associação promove campeonatos de futebol na comunidade com certa freqüência. As comemorações religiosas e culturais mais expressivas são a reza do terço, missas, cultos e as festas juninas.[1][2] Existe ainda a “Nhá Maruca”,onde os homens sapateiam com tamancos de madeira, acompanhados pelo som da viola, enquanto as mulheres conduzem as danças
Conhecimento tradicional
editarO artesanato de fibra de bananeira, apesar de praticado por poucos, atualmente conta com 13 participantes e é considerado pelas artesãs uma importante fonte de renda complementar. Além do artesanato de fibra de bananeira, técnicas de plantio de feijão, batata-doce, cará, cana, mandioca, milho e banana também fazem parte do conhecimento tradicional dos integrantes da comunidade.[1][2]
Situação territorial
editarEm 2001, a comunidade foi reconhecida pelo Itesp como quilombola, porém no início de 2008 sua situação fundiária não estava resolvida, gerando conflitos internos e com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, devido de alterações relacionadas ao Parque Estadual de Jacupirang, e uma parte das terras passou a ficar sobre Proteção Ambiental dos Quilombos do Médio Ribeira, Unidade de Conservação de uso sustentável. Cafe Essas alterações geraram conflitos e prejudicaram parcialmente a produção agrícola de algumas
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 Erro de citação: Etiqueta
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