DC-UFRPE/Licenciatura Plena em Computação/Libras

Programa da Disciplina

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Nome: Língua Brasileira de Sinais Código: 04341
Departamento: Departamento de Letras Área: Letras
Carga-horária total: 60 horas Créditos: 4
Carga-horária semanal: 4 horas (teóricas: 2; práticas: 2)

Ementa

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Estudos históricos da Educação de Surdos e da Libras. Legislação e acessibilidade na área da surdez. Aquisição da linguagem pelo surdo. Noções básicas da estrutura linguística da Libras e de sua gramática. Especificidades da produção textual escrita do surdo.

Objetivos

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Gerais: Promover o acesso a conhecimentos básicos sobre os diferentes aspectos relacionados à pessoa surda. Favorecer a ampliação do olhar do profissional da educação para a comunidade surda. Propiciar condições para que o futuro educador compreenda as especificidades do indivíduo surdo em seu processo de intervenção.

Específicos: Proporcionar aos alunos, conhecimentos específicos sobre os aspectos linguísticos, gramaticais e práticos da Libras, tornando-os aptos ao exercício do magistério, de acordo com os princípios da educação inclusiva e legislação vigente para a formação docente.

Conteúdo Programático

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A pessoa surda: aspectos físicos, psicológicos, linguísticos, sociais e culturais.

  1. Noções gerais sobre a surdez. Diferenciação entre surdez e Surdez.
  2. Histórico da educação de Surdos e da Libras.
  3. Metodologias específicas ao ensino de surdos: análise crítica.
  4. O desenvolvimento da linguagem no surdo:
    1. Aquisição da Libras pela criança surda – L1
      1. A escrita da língua de sinais
    2. Aquisição da língua portuguesa – L2
      1. Aquisição da língua oral (portuguesa)
      2. A surdez e suas implicações na escrita
      3. Aquisição de leitura e escrita da língua oral (portuguesa)
  5. Libras e educação de surdos
    1. Oralismo
    2. Comunicação total
    3. Bilinguismo
  6. Comunidade, Cultura e Identidade surda
  7. Direitos linguísticos do Surdo sob o enfoque das políticas públicas educacionais.

Estrutura linguística da Libras

  1. A Gramática da Libras sob o enfoque dos níveis linguísticos: fonológico, morfológico, sintático e semântico.
  2. O sinal e seus parâmetros.
  3. Vocabulário Libras
  4. A língua em uso: contextos triviais de comunicação.
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Notícias

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Bibliografia

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Bibliografia básica:

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  1. GESSER, A. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
  2. QUADROS, R. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
  3. QUADROS, R. de; KARNOPP, L. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

Bibliografia complementar:

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  1. BRASIL. Portaria do MEC. n° 1.679, de 2 de dezembro de 1999, Art.1° e Art.2°, parágrafo único.
  2. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica / Secretária de Educação Especial – MEC; SEESP, 2001.
  3. BRASIL, Lei no 10.436 de 24 de abril de 20ível em: http://www.mec.gov.br/legis/pdf/lei10436.pdf
  4. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto No 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei No 10.436, de 24 de abril de 2002.
  5. BRASIL, MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (200ível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf Acesso: 04 nov. 2021.
  6. BRASIL. Lei no 12.319, de 1 de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Libras em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm Acesso em: 19 mar. 2012.
  7. BRASIL, Secretaria de Direitos Humanos. Governo lança Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência: Viver sem Limite. Brasília: SDH, 20vel em: http://blog.planalto.gov.br/governo-lanca-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/ Acesso: 27 fev. 2012.
  8. BRASIL, Secretaria de Educação Especial. Língua Brasileira de Sinais. (Série Atualidades Pedagógicas, n.4). BRITO, L.F. et.al.(Org.). V.3. Brasília: SEESP, 1998. 127p.
  9. BRITO, L.F. Por uma gramática de Línguas de Sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro - UFRJ, Departamento de Lingüística e Filologia, 1995. 271p.
  10. BROCHADO, M.S.D. A apropriação da escrita por crianças surdas usuárias da língua de sinais brasileira. Tese de Doutorado. São Paulo: UNESP, 2003.
  11. CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira. São Paulo: Edusp / Fundação Vitae / Feneis, 2004 (volumes 1 e 2).
  12. DAMÁZIO, M. F. M. Educação escolar de pessoa com surdez: uma proposta inclusiva. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2005. Tese de Doutorado.
  13. ______. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília: SEESP / SEED / MEC, 2007. 52p.
  14. DIAS JÚNIOR, J.F. Ensino da língua portuguesa para surdos: contornos de práticas bilíngues. 2010. 113f. Dissertação (Mestrado) Pós-Graduação em Ciências da Linguagem, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2010.
  15. DORZIAT, A. Democracia na escola: bases para igualdade de condições surdos-ouvintes. Revista Espaço. Rio de Janeiro: INES. n.9, p. 24 -29, jan.- jun, 1998.
  16. ______. O outro da educação: Pensando a surdez com base nos temas identidade, diferença, currículo e inclusão. Petrópolis, RJ: vozes, 2009.
  17. ______ (org.). Estudos surdos: diferentes olhares. Porto Alegre, 2011.
  18. FELIPE, T.A. Libras em contexto: curso básico, livro do estudante cursista. Brasília: Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, MEC; SEESP, 2001. 164p.
  19. FERNANDES, E. Linguagem e Surdez. Porto Alegre: Artmed, 2003. 155p.
  20. ______ (org.) Surdez e bilingüismo. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2005.
  21. FINGER, I.; QUADROS, R. M. Teorias de aquisição da linguagem. Florianópolis. ED. da UFSC, 2008.
  22. GÓES, M. C. R. Linguagem, surdez e educação. 3. ed. São Paulo: Autores Associados, 2002.
  23. ______.; TARTUCI, D. Alunos surdos na escola regular: as experiências de letramento e os rituais da sala de aula. In: LODI. A.C.B; HARRISON; K.M.P.H.; CAMPOS, S.R.L.C.; TESKE, O. (orgs.). Letramento e minorias. 3ed. Porto alegre: Mediação, 2009.p.110-119
  24. GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. 3ed. São Paulo: Plexus, 2002.
  25. GRANNIER, D. M. O onde e o como da sistematização gramatical no ensino de português como língua estrangeira. In: Contribuições para a Didática do Português Língua Estrangeira. Frankfurt, Alemanha, v. 1, 2003, p. 156-171.
  26. GUARINELLO, A.C. Reflexões sobre a aquisição do português escrito como segunda língua de uma criança surda. Cadernos de Pesquisas em Linguística, Porto Alegre, v.1, n.1, p.63-66, ago. 2005.
  27. HONORA, M. e FRIZANCO, M.L.E. Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação pelas pessoas usadas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.
  28. KOJIMA, C. K. e SEGALA, S. R. Libras – Língua Brasileira de Sinais: a imagem do pensamento. Volumes 1, 2, 3, 4 e 5. São Paulo: Editora Escala, 2008.
  29. LACERDA, C.B.F; GÓES, M.C.R. Surdez Processos Educativos e Subjetividade. São Paulo: Lovise, 2000. pp. 113-122.
  30. LACERDA, C. B. F. de. Intérprete de Libras: em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Porto Alegre: mediação/FAPESP, 2009. 96p.
  31. LACERDA, C.B.F.; LODI, A.C.B. (orgs.) Uma escola duas línguas: letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização. Porto Alegre: mediação, 2009. p.65-79
  32. SÁ, N. L. Cultura, poder e educação de surdos. São Paulo: Paulinas, 2006.
  33. SKLIAR, C. B. (Org.). A Surdez: Um olhar sobre as diferenças. 3. ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005. v. 1. 192p
  34. ______. (Org.). Atualidade da educação bilíngue para surdos: Processos e Projetos Pedagógicos. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2009(a). v. 1. 270p.
  35. THOMA, A. S.; LOPES, M.C. (Org.) A invenção da da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2005.