Discussão:Centro de Pesquisas e Estudos Plinianos

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ELITE SENATORIAL: Na fase do Alto Império Romano, o imperador Otávio Augusto dividiu a sociedade em três ordens: senatorial, que possuía diversas regalias e privilégios políticos; equestre, que dava acesso aos cargos públicos; e inferior, que abrangia a maior camada da sociedade. Plínio, o Jovem, fazia parte da ordem senatorial.

ANTONINOS: Dinastia imperial de sete governantes do Império Romano entre 96 d.C. e 192 d.C. Foi composta, entre outros, pelo imperador Trajano (98-117 d.C.), com quem Plínio, o Jovem, trocou parte de suas cartas.

MAGISTRATURA: Quando Roma acabou com o sistema monárquico, os poderes constitucionais passaram do rei para o Senado romano. O Senado implementou diversas instituições, sendo uma delas as magistraturas. Os magistrados eram considerados os representantes do Estado romano, e tinham total poder executivo sobre o mesmo.

CÔNSUL: O cargo mais alto da magistratura era o de cônsul. Com mandatos anuais e em número par, os cônsules eram responsáveis por comandar o exército e a administração de Roma. Também participavam de reuniões do Senado e propunham leis. Plínio, o Jovem, foi cônsul da província romana da Bitínia, e executou esse cargo enquanto escrevia as cartas do livro X, trocadas com o imperador Trajano.

PRETOR: Dentro das magistraturas, havia o cargo de pretor. Os pretores eram magistrados que cuidavam do jurídico de Roma, sendo subdivididos em duas sessões: pretores urbanos, que cuidavam da justiça nas ruas da capital, e pretores peregrinos, que cuidavam da justiça no meio rural e da justiça dos estrangeiros.

CENSOR: Nas magistraturas havia também o cargo de censor. Os censores tinham a função de realizar um levantamento da população romana e classificá-la de acordo com sua renda. Também tinham a função de vigiar os cidadãos, garantindo a moralidade pública.

CÉSAR: Originou-se do nome da família de Júlio César, patrício que governou Roma como um monarca sem coroa. Os quatro imperadores seguintes do Império Romano tiveram direito ao nome César, que se tornou intensamente ligado à ideia de imperador, como uma espécie de título. Na língua russa, César se tornou czar; em alemão, kaiser.

VITÓRIA PÍRRICA: Expressão comum utilizada nos dias de hoje para definir uma vitória a alto custo. Sua origem é datada de 280 a.C, quando o governador grego Pirro navegou até a Itália a fim de ajudar a cidade de Taranto em um embate contra os romanos. Apesar de ter vencido a batalha, lhe custou tantos homens a ponto do líder não ter como arcar com outra vitória.

CARTAGO: Atual cidade da Tunísia, Cartago era, na época do Império Romano, uma próspera área comercial, voltada principalmente para o comércio marítimo. Dominando bem a arte militar, Cartago controlava boa parte do norte da África, bem como a região da ilha da Sicília. O domínio dos cartagineses sob a ilha é o principal ponto de conflito com os romanos, dando origem às Guerras Púnicas.

GUERRAS PÚNICAS: Conflitos divididos historicamente em três batalhas traçadas entre Roma e Cartago. Na Primeira Guerra, os romanos conquistaram a região da Sicília; na Segunda Guerra, Aníbal, importante general de Cartago, foi derrotado; na Terceira Guerra Púnica, Roma cercou a cidade rival com suas tropas, passando a dominar o mar Mediterrâneo. Duraram mais de um século, de III a.C. até meados de II a.C.

ESCRAVO: Os escravos no Império Romano eram, principalmente, estrangeiros e devedores. A condição de escravo implicava em ser propriedade de seu dono; mesmo que conquistasse a alforria, não possuía direitos como qualquer um. Uma criança nascida escrava era considerada também uma escrava e, em Roma, o status social de um cidadão dependia do número de escravos que possuía. Para os romanos, a escravidão era extremamente humilhante, e muitos preferiam cometer suicídio a serem escravos de estrangeiros (povos bárbaros).

PÃO E CIRCO: Política de entretenimento, iniciada pelo imperador Otávio Augusto, que consistia em oferecer diversão ao povo. A forma de entretenimento mais comum era a luta de gladiadores, onde estes eram colocados em grandes arenas para lutarem contra animais selvagens, travando uma batalha até a morte. O objetivo deste espetáculo era distrair a população da política de Roma e, assim, evitar motins e revoltas populares.

GLADIADOR: Os gladiadores, no Império, eram escravos forçados a lutar por suas vidas para entretenimento do povo. O termo “gladiador” provém da espada utilizada nos combates, chamada gládio. A luta, que só terminava quando um dos lutadores padecia, muitas vezes era travada contra animais selvagens. Esse tipo de espetáculo para o público acontecia no Coliseu, arena construída especialmente para isso e ainda existente, em ruínas, em Roma, na Itália.

TEATRO: Nas peças teatrais romanas, eram apresentadas comédias, dramas e também comédias de arquétipos (o herói, a mãe e a empregada doméstica eram personagens recorrentes). As construções teatrais em si eram grandiosas e edificações típicas do Império, com unidades construídas por toda sua extensão.

REVOLTA DE ESPÁRTACO: Espártaco, um ex-militar romano, abandonou seu posto para formar um bando de saqueadores, mas acabou sendo preso e assim vendido como escravo. Revoltado com sua situação, organizou uma fuga em massa com outros escravos da região por volta de 73 a.C. Sua revolta deu certo, e seu grupo conseguiu tirar dois cônsules do poder enquanto estavam ativos; sendo derrotados em 71 a.C., deixaram as marcas de sua revolta e resistência, sendo exemplo de revoltas contra opressões até hoje.

POMPÉIA: Os relatos de Plínio, o Jovem, através de cartas, indicam que a erupção do Monte Vesúvio em Pompéia ocorreu no dia 24 de agosto de 79 d.C. A cidade foi soterrada por materiais vulcânicos, esmagando aqueles que não conseguiram fugir. Os materiais vulcânicos consistiam em uma chuva de pedras e, no dia seguinte, na dissipação de gases tóxicos. Antes da tragédia, a pequena cidade era próspera, e utilizada pelos romanos para transporte de mercadorias, por sua localização às margens do Rio Mediterrâneo. Em escavações posteriores, foram encontrados muitos artefatos bem preservados, que ajudaram a entender como funcionavam alguns aspectos do cotidiano da sociedade romana.

LEI DAS DOZE TÁBUAS: Conjunto de leis romanas, formuladas durante a República que ficavam expostas, pregadas em tábuas de madeira, no fórum de Roma. Iam desde leis de propriedades de terra, até normas de tutela de crianças, punições de ladrões e escravos e direito de defesa.

FÓRUM: O fórum de Roma era o principal centro do Império. Nas localidades aconteciam as lutas dos gladiadores, as eleições, os processos criminais e diversos discursos públicos. Estátuas e monumentos celebrando os grandes homens romanos circundavam toda sua estrutura, tornando-se o coração da Roma Antiga.

CASAMENTO: O casamento romano era diferente do que ocorreu em outras civilizações. No casamento romano, após a ascensão do Império, a mulher continuava respondendo a seu pai e possuía pleno direito sobre as propriedades que adquiriu antes de se casar. As mulheres romanas ricas financiavam obras públicas, realizavam contratos e fechavam negócios, e o marido não tinha qualquer poder jurídico sobre a esposa. E, embora fosse motivo de orgulho possuir um único casamento, o divórcio não trazia praticamente nenhum estigma a aqueles que o tivessem feito.

PAX ROMANA: Em latim, significa “paz romana”. Foi o período entre 27 a.C. e 180 d.C. onde o imperialismo romano cresceu e se manteve em ordem, sendo próspero, estável e expandido de maneira linear. Apesar das guerras e revoltas, o período foi marcado por um saldo positivo em sua população, que na época chegou a 70 milhões de pessoas. Teve seu início com a ascensão do imperador César Augusto e seu fim com a morte do imperador Marco Aurélio.

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SENATORIAL ELITE: At the highest phase of the Roman Empire, emperor Otavius Augustus divided the society in three orders: senatorial, which had multiple political privileges; equestry, which had access to public functions; and inferior, which included most of the society. Pliny, the Young, was a part of the senatorial elite.

ANTONINS: Imperial dynasty of seven emperors of the Roman Empire between 96 b.C and 192 a.C. It was composed, among others, by Emperor Trajanus (98-117 a.C.), with which Pliny, the Young, corresponded a part of his letters.

MAGISTRACY: When the monarchy system ended in Rome, the constitutional powers started to belong to the roman senate, instead of belonging to a king. The senate implemented some institutions, and one of them was the magistracies. The magistrates were considered the representatives of the new Roman state, and had total executive power on it.

CONSUL: The highest command of the magistracy was consul. With yearly mandates and always in even numbers, the consuls were responsible for command of the army and the administration of Rome. They also participated in meetings of the Senate and created laws. Pliny, the Young, was a consul of the Britiny province, and executed this office while he wrote the letters from the book X, corresponded with the Emperor Trajanus.

PRAETOR: In the magistracies, there was the job of praetor. The praetors were magistrates that took care of the juridical in Rome, and were subdivided in two sessions: urban prators, that took care of the justice in the streets of the capital, and pilgrim praetors, that took care of the justice in the countryside and also the justice of the foreigners.

CENSOR: In the magistracies there was also the adjuntacy of censor. The censors had the function of lifting the roman citizens and classifying them according to their health. They also need to watch the citizens, making sure of the public morality.

CAESAR: The title comes from emperor Julius Caesar, patrician who governed Rome as a monarch without a crow. The next four emperors of the Roman Empire took Caesar’s name, as a title. In russian, caesar became czar; in german, kaizer.

PYRRHIC VICTORY: Common expression used nowadays to define a victory at high costs. Its origin is from 280 b.C, when the Greek governor Pyro sailed to Italy to help the city of Tarantus in a war against the romans. In spite of winning the battle, it cost so many men that the leader couldn’t afford another victory.

CARTHAGE: City now located in Tunisia, Carthage was, in the time of the Roman Empire, a healthy commercial area, based majority in maritime trade. Carthage dominated the north part of Africa and the military art, and also the region of Sicily. The power of Carthage in the island is the main point of conflict with the roman, being the fuse of the Punic Wars.

PUNIC WARS: Conflicts divided historically in 3 different battles between Rome and Carthage. In the first war, the Romans conquered the region of Sicily; in the second war, Hannibal, an important general of Carthage, was defeated; in the third Punic War, Rome surrounded the enemy with its troops, and started to dominate the Mediterranean Sea. The wars lasted over a century, between III b.C to II b.C.

SLAVE: Slaves in the Roman Empire were, mostly, foreigns and debtors. The condition of slavery implied into being a propery of its owner; even if the slave conquered their libertation, they didn’t have the rights as a regular citizen. A child born slave were also considered slave and, in Rome, the social status of a citizen depended on the numbers of slaves someone posessed. To the romans, slavery was extremely humiliating, and most of them prefered to commit suicid instead of being slaves of foreigns (barbarians).

BREAD AND CIRCUSES: Policy of entertainment initiated by the emperor Otavius Augustus, which consisted in giving fun to people. The most common way of entertainment were the gladiator battles, where these were put in big arenas to fight against wild animals, making a battle to death. The point of this show was to distract the population of Roman politics, and then avoid riots and popular revolts.

GLADIATOR: The gladiators, in the Empire, were slaves forced to fight to their lives for the entertainment of people. The term “gladiator” comes from the sword used in the battles, in latin, gladius. The fight, which only ended when one of the two opponents were dead, was fought against wild animals on a lot of occasions. This type of show to the public happened in the Coliseum, an arena that was built especially for that and still exists in Rome, Italy.

THEATER: In romans theater plays, were presented comedies, dramas and also comedy archetypes (the hero, the mom and the housekeeper were common characters). The theater's constructions itself were big and typical buildings of the Empire, with units built in all its extensions.

SPARTACUS REBELLION: Spartacus, a former roman military, abandoned his position to build a looter gang, but ended in jail and was sold as a slave. Not accepting his new position, Spartacus organized a mass escape with another slaves around 73 b.C. His rebellion was successful, and the group put down two consuls when working; defeated in 71 b.C, the group left legacy of its riot and resistence, and are, to this day, role models of rebellions against oppression.

POMPEII: The letters of Pliny, the Young, indicated that the eruption of Mount Vesuvius in Pompeii happened in 24 august of 79 b.C. The city was buried by volcanic material, crushing the ones that couldn't escape. The volcanics material consisted in a stone rain and, the day next to the eruption, a dissipation of toxic gasses happened. Before the tragedy, the small town was prosperous and used by the Romans for freight transport, for the city’s location next to the Mediterranean River. In the newest excavations, a lot of well preserved artifacts were found, and these objects helped to understand the functionality of some aspects in Roman life.

LAW OF THE TWELVE TABLES: Compiled of the roman laws, made during the Republic that were hanged, in boards made of wood, in front of the Roman Forum. It consisted in laws that talked about land properties to children guardianship, punishment for thiefs and slaves and rights of self defense.

FORUM: The roman forum was the main center of the Empire. In its localities used to happen the gladiator's battles, elections, criminal processes and a diversity of public speeches. Statues and monuments celebrating the great roman men surrounded its structure, being the heart of Ancient Rome.

MARRIAGE: The roman marriage was different from other civilizations. In the roman marriage, after the ascension of the Empire, the wife continued to respond to her father, and had the full rights of the properties that were acquired before the marriage. The rich roman woman financed public constructions, sealed up contracts and closed deals, and their husbands didn’t have any juridical rights above the wives. And, although being married only once was something to be proud of, the divorce didn’t carry any stigma for those who have done it.

PAX ROMANA: In latin means “roman peace”. It was the time between 27 b.C. and 180 a.C., when the roman imperialism kept in order, being prosper, estable and expanded in a linear way. Although the wars and rebellions, this time had a positive result of its population, that was over 70 million people in this period. It began with the ascension of the emperor Caesar Augustus and ended with the death of emperor Marcus Aurelius.

Ações Educativas editar

Dialogando com um senador: escrevendo histórias sobre o mundo romano é a proposta de ação educativa a ser desenvolvida pelo CPEP que visa aproximar os alunos da Educação Básica de documentos históricos e literários traduzidos e levados ao espaço escolar para debate e reflexão. Ao promover a aplicação destes documentos no ambiente escolar de forma interativa, a intenção é problematizar o processo de tradução no âmbito da escola pública assim como promover uma reflexão sobre a construção das narrativas históricas em vários presentes a partir da noção de regimes de historicidade e de literacia histórica.

A principal proposta é a identificação das formas de construção da narrativa histórica, fazendo com que os alunos protagonizem a construção do conhecimento histórico por meio de fontes históricas e possibilidades metodológicas a partir da interação com o acervo. Ao se adotar esta alternativa, almeja-se demonstrar que o conhecimento histórico é construído por meio de vários presentes e vários sujeitos, refletindo discursos variados, de acordo com os documentos que lhe são apresentados.

A percepção e ressignificação sobre essas narrativas presentes nas cartas promoverá um diálogo entre os alunos da Educação Básica e a documentação, constituindo, assim, um processo de literacia histórica mediado pelos alunos de graduação e pelos docentes pesquisadores. Com o processo de desenvolvimento da literacia histórica junto aos alunos da educação básica, estas práticas tem como objetivo serem aplicadas às suas vidas cotidianas, às práticas de cidadania e com o tempo histórico com os quais interagem.

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