Laboratório de Jornalismo Multimídia/Apresentação/Grupo 3

.Laboratório de Jornalismo Multimídia

Professor João Alexandre Peschanski

Tarefa 1 - Grupo 3: Bianca, Carlos, Clara, Daniel e Enrico

Análise da matéria: Crack, de O Estado de S. Paulo/Estadão - Grandes Temas

  1. Identificar a matéria

Editor executivo de conteúdos digitais: Luís Fernando Povo

Diretor de arte: Fabio Salles

Edição: Luciana Garbin

Reportagem: Ricardo Brandt

Fotos e vídeos: Robson Fernandjes

Edição e roteiro: Cecília Cussioli

Edição: Everton Oliveira

Coordenação e edição: Felipe Araújo

Edição: Cesar Cuninghant

Desenvolvimento: Carol Rozendo e Fabio Salles

Ilustrações: Farrel

  1. Resumir a pauta em até 300 toques

    A matéria sobre crack feita pelo Estadão começa traçando uma perspectiva histórica da droga e como ela deixou de ser algo somente de grandes metrópoles e migrou para diversas pequenas cidades paulistanas.  O conteúdo é aprofundado e apresenta os mais diversos aspectos e cenários dentro da problemática. A abordagem é crítica a respeito da falta de preparo dos profissionais, principalmente da rede pública, para lidar com dependentes de crack e a falta de ação governamental integrada.

  1. Descrever a apuração em até 2000 toques

Um trabalho dessa magnitude exige uma apuração hercúlea. Mesmo para os jornalistas envolvidos, é difícil descrever acuradamente a quantidade de trabalho feita para chegar ao resultado da reportagem pronta. Ainda na apresentação, Ricardo Brandt escreve que “Durante quatro meses, a reportagem do Estadão percorreu 6,6 mil quilômetros para levantar dados, ouvir autoridades federais, estaduais e municipais, visitar clínicas, comunidades terapêuticas, ambulatórios especializados e pontos de consumo – foram consultados 28 agentes públicos, profissionais da área e especialistas. No caminho, visitou 13 municípios que denunciaram alto ou médio problema com crack no mapa da CNM, em diferentes pontos do território paulista, e conversou com 50 usuários, ex-usuários, parentes e moradores para montar um diagnóstico do avanço e das mazelas provocadas pelo crack no interior de São Paulo.”

Isso, é claro, não cobre os por-menores e a miríade de detalhes numa reportagem especial de tal porte. Dizer que viajaram 6,6 mil quilômetros assusta pelo número grande, mas o que é realmente impressionante é a quantidade de informação levantada nessa jornada. Foram feitas consulta junto ao Conselho Nacional dos Municípios, órgãos de políticas públicas de segurança (Ministério da Justiça e Segurança Pública, Secretarias de Segurança do estado de São Paulo e municipais) e saúde (Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde estaduais e municipais) para levantar extensivos dados de números de usuários, de pedras consumidas em média, de internados em clínicas públicas e privadas, de mortos. Também há levantamentos não numéricos, mas científicos, de composição da droga e seus efeitos clínicos, sua ação no corpo e sequelas, doenças associadas com o consumo prolongado e adquiridas pelo tempo excessivo gasto nas ruas consumindo. Mantiveram contato com institutos como o Observatório do Crack, Secretaria nacional de política sobre drogas, Unifesp, Fundação Oswaldo Cruz e diversos CAPs, centros de reabilitação, hospitais psiquiátricos e unidades de tratamento para colher histórias de combate à droga e de vida dos viciados. Recursos digitais e audiovisuais certamente foram explorados para encontrar as melhores formas de transmitir essas informações. Mas, mais importante foram as muitas horas passadas na rua, indo até locais de consumo da droga e locais onde estão os afetados pelo crack para conversar com eles e entender o impacto dessa droga epidêmica no interior do estado de São Paulo e nas pessoas que convivem com os problemas relacionados.

  1. Descrever formatos usados na reportagem em até 2000 toques

Descrição Geral: A reportagem é segmentada em dez capítulos formados por um corpo textual e diversos formatos multimídia que ajudam a complementar todas as informações presentes no texto, contextualizar o leitor e ilustrar a situação da problemática apresentada.

Texto: O texto é formado por análises e informações a fim de descrever melhor a problemática do crack. Contém diversas entrevistas com usuários da droga, ex-dependentes e especialistas em assuntos que circundam o mundo apresentado. O corpo do texto é interrompido por outros formatos que complementam a discussão como vídeos, imagens e infográficos.

Imagens: Fotos de entrevistados que ilustram a reportagem impactando o leitor. Cidades e espaços de consumo da droga bem como seus usuários.

Vídeos: Vídeos curtos de entrevistas com usuários e cidadãos que sofrem direta ou indiretamente com os problemas gerados pelo crack. Vídeos rápidos (em time-lapse) que retratam como ocorre o consumo da droga.

Infográficos: Complementam o texto com informações detalhadas sobre o consumo de drogas em determinados lugares, situações e períodos.

Áudios: Áudios com entrevistas rápidas de usuários e especialistas.

Linha do tempo: Linha do tempo que traça toda a história do crack.

Hiperlinks: Links distribuídos no corpo textual que levam o leitor para portais que complementam ou ilustram o contexto apresentado. Na maioria das vezes são arquivos de notícias do próprio Estadão.

Mapa: Há um mapa interativo do estado de São Paulo que revela a intensidade de consumo do crack em suas diferentes cidades e regiões.

  1. Analisar formatos usados na reportagem em até 2000 toques

A reportagem é abrangente e completa o que resulta em um texto muito longo (segmentado em dez capítulos). O uso intensivo de diferentes formatos multimídia ajuda não só a completar as informações do texto e ampliar a visão do leitor como também quebra o cansaço da leitura tornando toda a reportagem mais dinâmica.

Texto: Composto por cinza claro, branco e vermelho, o texto cria um bom contraste com o fundo escuro da reportagem. O texto contém muitas entrevistas, dando voz aos personagens que sofrem ou lidam de alguma forma com a problemática.

Imagens: O texto usa imagens focadas sempre nas mãos dos usuários e os instrumentos de consumo da droga para fazer os cabeçalhos da matéria. Imagens que dão contexto à realidade dos usuários, os locais de consumo, a invasão das cenas normais da vida do interior, assim como para apresentar os personagens, sempre com os rostos escondidos no caso dos usuários.

Vídeos: Os vídeos são usados, assim como as imagens, para ilustrar alguns entrevistados. Com característica de serem curtos, não mais que dois minutos, funcionam muito bem para quebrar o cansaço da leitura e imergir o leitor na realidade apresentado. Alguns vídeos em time-lapse demonstram de perto como se dá o consumo da droga.

Infográficos: Talvez o principal formato presente na reportagem depois do texto. Os infográficos são utilizados muitas vezes ao decorrer da reportagem para surpreender o leitor com alguma informação específica do mundo das drogas.

Áudios: Áudios bem dinâmicos e curtos que complementam as entrevistas já em texto.

Hiperlinks: Sempre em cor vermelha e geralmente direcionando o leitor para um arquivo do próprio Estadão. Não contribui tanto para a qualidade da reportagem.

Mapa: Mapa interativo muito bem feito do estado de São Paulo que prende o leitor e o faz descobrir quais regiões ou cidades apresentam um maior ou menor consumo de crack.

Linha do tempo: Linha do tempo que percorre toda a história da droga de forma bem didática ao leitor.

  1. Descrever a conexão com as redes sociais em até 1000 toques

A reportagem estudada possui uma opção no canto superior esquerdo que dá a possibilidade ao leitor de ler capítulos em específico e, como primeiras opções, compartilhar a matéria pelo Facebook, Twitter e Google+. Não são conferidas opções de compartilhar partes específicas da matéria ou algum infográfico que tenha sido de maior interesse.

Não há, também, o endereço de redes sociais das pessoas envolvidas na produção da reportagem (Ricardo Brandt e Robson Fernandjes) ou dos personagens que acrescentam informações, tanto de órgãos oficiais como de pessoas.

A matéria em si não adiciona nenhuma possibilidade a mais do que o padrão utilizado pelo jornal Estado de São Paulo, mesmo sendo um artigo de diversos capítulos e possuindo uma pauta que, claramente, requereu mais trabalho para ser construída e apurada.

  1. A partir de três fontes de ‘’O que se deve aprender em Jornalismo Multimídia”, avaliar a reportagem em até 2000 toques.

Inicialmente a reportagem multimídia sobre Crack do Estadão exemplifica a fala da autora Milia Eidmouni quando nos faz ir de encontro ao jornalismo cidadão, isso é, quando nos mostra uma pauta importante para um país sendo debatida em um veículo de amplo acesso na sociedade brasileira e revela dados relevantes por meio de uma apuração bem feita.

Além disso, a fala de Bianca Santana, escritora, cientista social e jornalista, vai de acordo com a matéria quando cita que um texto bem escrito não é o suficiente para notícias de grande porte. No Estadão, a informação e dados de todos os gêneros foram apresentados de diversas formas, como por exemplo infográficos, vídeos, áudios e imagens na pesquisa sobre a droga ilícita.

Por último, se considerarmos dados exemplificados em gráficos tecnologia, podemos dizer que o conceito de Raju Narisetti também é presente nos dez capítulos da reportagem porque apresenta uma história contada por todos os lados, ou seja, usuários, delegados e médicos e conta com o “bônus” de pesquisas e estudos, principalmente os realizados por fundações como Oswaldo Cruz.

  1. Expor o que cada estudante fez para a matéria

Item 1 - Bianca Quartiero

Item 2 - Bianca Quartiero

Item 3 - Carlos Senna

Item 4 - Enrico Benevenutti

Item 5 - Enrico Benevenutti

Item 6 - Daniel Veloso

Item 7 - Clara Serranoni