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as tecnologias no dia a dia da educação
editar~~É difícil prever o futuro, porque ele não se desenvolve linearmente. Na educação, contudo, é mais fácil antecipar algumas perspectivas. A educação será cada vez mais importante para as pessoas, as empresas e os países.A Escola não pode ignorar o que se passa no mundo. A educação será cada vez mais complexa, porque a sociedade tornar-se-á mais complicada, rica e exigente em todos os campos. A aprendizagem deverá ser constante, para todas as atividades pessoais, profissionais e sociais. A educação será mais complexa e também porque não dizer mais completa, sairá do espaço físico da sala de aula para espaços presenciais e virtuais (Globalização). O professor terá novos papéis de: mediador, facilitador, gestor, mobilizador, de instigar os educandos a pensarem, criticarem, terem suas próprias idéias e com isso atualizar a sua. O professor incorporará o conceito de que todos aprendemos juntos, de que a inteligência é mais e mais coletiva, de que o aprendizado não é finito, nem imutável. A educação continuará na escola, mas se estenderá a todos os espaços sociais, principalmente aos organizacionais. As corporações, pressionadas pela competição e pela necessidade de atualização constante, cada vez mais se transformarão em organizações de aprendizagem e investirão no e-learning, na aprendizagem mediada por tecnologias telemáticas (dentre elas a Informática). As tecnologias na educação do futuro também se multiplicarão e se integrarão, serão audiovisuais, instantâneas e abrangentes. As modalidades de curso serão extremamente variadas. Será adaptada ao perfil e ao momento do educando. Infelizmente todos esses avanços tecnológicos privilegiarão uma parte da população brasileira. A maior parte das escolas continuará repetindo fórmulas pedagógicas ultrapassadas, tendo acesso a poucos recursos tecnológicos, com professores mal remunerados e resultados comprometedores para o futuro profissional desses educandos. Como a educação será cada vez mais importante para a mudança da sociedade, acredito que a diferença entre os que têm acesso à educação de qualidade e à educação massificadora será difícil de reverter no horizonte dos próximos anos. Numa sociedade desigual não se pode esperar só da escola a igualdade."A educação é a arte mais difícil e simultaneamente mais útil é a de saber educar" Persichetti. “Não há nada que resista a uma boa educação; com ela conseguimos até que os ursos dancem” Helvécio. “Só divertindo-se aprendemos . A arte de ensinar não é outra senão a arte de despertar a curiosidade das almas jovens para depois satisfazê-la: e a curiosidade é viva apenas nas almas felizes”France. “Todos os povos tem cultura, porque trabalham, porque transformam o mundo e, ao transformá-lo, se transformam. A dança do povo é cultura. A música do povo é cultura, como cultura é também, a forma como o povo cultiva a terra. Cultura é também a maneira que o povo tem de andar, de sorrir, de falar, de cantar, enquanto trabalha. Cultura são os instrumentos que o povo usa para produzir. Cultura é a forma como o povo entende e expressa o seu mundo e como o povo se compreende nas suas relações. com o seu mundo. Cultura é o tambor que soa pela noite adentro. Cultura é ritmo do tambor. Cultura é a ginga dos corpos do povo ao ritmo dos tambores” Paulo Freire. "É preciso que a transmissão do saber não esteja limitada à das informações, mas que ela englobe a aprendizagem de todos os procedimentos capazes de conectar campos que a organização tradicional do saber isola ciosamente" (Jean-François Lyotard, A condição pós-moderna, p. 102)."Falta abrir o pensamento na educação e exercitá-lo, segundo Morin, como Sistemas Abertos..." Para finalizar, como disse Pierre Lévi em uma conferência no Brasil em 2000:"que nada é possível se não houver por parte dos estudantes uma profunda vontade de aprender; se essa energia estiver presente as coisas tornam-se fáceis. Mas se estamos diante de estudantes que querem fazer o menos possível, podemos introduzir os mais sofisticados métodos pedagógicos e nada irá acontecer. (...) É preciso querer aprender, querer criar, e talvez seja aí que o papel do professor (enquanto elemento que aguça o apetite pela aprendizagem) é absolutamente insubstituível, porque se tratasse apenas de transmitir informação o professor seria substituível. O professor deve ser um instigador, o papel principal do professor é o de acordar o aluno".~~
Entrevistas com professoras do ensino público - as tecnologias na formação do cidadão
editar14h38min de 29 de Agosto de 2011 (UTC)Entrevistas realizadas por mim e Sabrina, há mais de 03 (três) anos, com as professoras Emira Raci e Cristina Pelosini, do ensino público fundamental e médio estadual e municipal, em nossas pesquisas sobre o uso das tecnologias da comunicação pelos alunos e sua contribuição à sua formação como cidadão e seu futuro profissional. Entrevista da Professora Emira Raci: Carlos – Bom dia, professora! Queremos agradecer o contato, e a sua participação em nosso estudo. Professora Emira Raci – Tudo bem, o prazer é meu. Carlos – A senhora é professora há quanto tempo? Professora Emira Raci - Sou professora do ensino médio e fundamental, há mais de 27 (vinte e sete) anos.Trabalho em Escolas do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo, coordeno projetos como “Amor Exigente”, para o combate as drogas, trabalho diretamente, também, com o Conselho Tutelar e o Poder Judiciário Paulista. Carlos – Como vai o ensino no Estado de São Paulo? Professora Emira Raci – Mal, mas talvez com possibilidade de conserto. Não devemos desanimar. Carlos – Quais as principais características do ensino paulista e no paulistano, qual o melhor? Professora Emira Raci – Na prefeitura, tenho tudo, não posso reclamar. A Estrutura realmente é boa, tenho todo o resguardo de quadro completo de funcionários, como professores, faxineiros, auxiliares, coordenadores, supervisores. Conto com todo o material em ordem, os prédios são bens cuidados, as estruturas são apropriadas, são fornecidos materiais completos aos alunos, como merenda e outras práticas importantes. Já o Estado, ocorre o inverso, a coordenação não funciona, falta tudo. Desde merenda até a simples possibilidade de obter cópias xerox para os alunos. Sofremos diariamente com o problema da terceirização dos contratos de prestação de serviços que o governo paulista celebra e que nunca são cumpridos ou não são cumpridos de forma adequada. Carlos – Essas diferenças são recentes ? Prende-se a alguma política recente? Professora Emira Raci – Não, não tem nada a ver com a política implementada por um ou por outro político, ... não, sempre foi assim, esta diferença é flagrante há muito tempo, ... tenho mais de 25 anos de magistério, a prefeitura sempre foi melhor e o estado sempre abandonado. Na prefeitura sempre pude contar, ... na expressão bonita, “com todas as boas práticas pedagógicas”. Carlos – Quais os principais problemas que não são ligados diretamente a escola? Professora Emira Raci – Droga, violência, problemas administrativos, desinteresse do aluno e sobretudo a degradação da Família. Carlos – Como lidar com a droga? Professora Emira Raci – Tentamos de tudo na Escola, desde o simples contato com o aluno até projetos sociais de ONGS e outras organizações, enquanto o Estado apenas se preocupa na política de repressão, deixando a abordagem humana de lado, eles só se preocupam com a visão policial, e a polícia não tem muito como resolver o problema. Trabalho com vários projetos, entre eles o Amor Exigente apoiado pela Igreja Católica (Colégio São Luis). Carlos – Tem funcionado? Professora Emira Raci – Em parte, mas a droga sempre vence, primeiro pelo próprio poder devastador de verdadeiramente se apropriar do viciado, depois temos o problema do traficante, que em nome da tranqüilidade do seu “negócio”, promove a justiça na comunidade, e dá empregos a vários alunos, que para ele traficam. Muitas vezes o traficante impede muitos outros crimes violentos na tentativa de manter o estado-polícia longe da comunidade. Recentemente, na Escola que trabalho junto ao Bairro do Capão Redondo, um aluno queria fazer sexo à força com a cozinheira, e queria que fosse à frente de mais cinco professoras. A confusão gerada chegou aos ouvidos do traficante. No dia seguinte o aluno foi executado. Carlos – A informática é usada na educação? Professora Emira Raci – É fundamental, mas não é explorada adequadamente, também, não adianta ter computadores na escola, se o aluno não tem o micro em sua casa, e não esta familiarizado com esse mundo, porém se percebe um interesse monumental do aluno, principalmente com a internet. Muitas vezes, na tentativa de provocar a leitura, compro, de meu próprio bolso, livros de um real e distribuo na sala de alua, e muitas vezes, faço o seguinte exercício, vamos “blogar”, ... provoco a leitura de blogs e outros sites, com a apresentação de cópias xerox, ... sei que não é a leitura ideal, mas pelo menos consigo que os alunos se interessem pela leitura de forma natural e não imposta pelo professor. Carlos – Qual a principal deficiência do professor atual? Professora Emira Raci – Não lê, ele se dispõe a qualquer coisa, mas ler jamais, nem em casa, muito menos em sala de ala, ... é triste, muito .... Carlos – A política influência? Professora Emira Raci – A implantação da educação já é uma pratica política, não há como desassociar uma coisa da outra. Faço parte também do sindicato dos professores, mas muitas vezes., por exemplo as preocupações são de luta de classe , quando de fato deveriam se ater ao profissional, a sua vida como professor. Uma coisa importante, era uma pratica política que afastasse o professor das atividades administrativas e deixando se preocupar apenas com a escola, com sua atividade educacional. Não adiante o diretor da escola, estar preocupado, com a entrega da merenda, nos processos administrativos de aposentadoria e afastamento de professores, deveria estar preocupado, ou melhor, deveria estar atuando apenas na direção, na vida de seus professores e de seus alunos. Carlos – Qual o principal problema? Professora Emira Raci – A Família. Não existe mais, o pai quando há na família, sai de manhã e volta depois da novela, depois de umas cervejas na esquina. A mãe, que invariavelmente, também trabalha, também sai de manhã, volta cansada, esquenta a comida no micro, ... pois não tem dinheiro para um livro, mas tem micro, - depois deita e vai dormir, muitas vezes sem sequer saber o que acontece com seu filho. As crianças são deixadas ao mundo, se desenvolvem com o que tem dentro de si, muitas vezes alguns se salvam diante das características próprias ou pela sorte. Muitas vezes as mães são chamadas na escola e nada acontece, os alunos fazem o que querem, eles têm plena noção de que nada pode acontecer para eles, que não podemos fazer nada. Falta amor, atenção , carinho, mas de verdade carinho. Por exemplo, ontem recebi um aluno totalmente drogado, deitou-se no chão da classe, curtindo seu barato. Conversei com ele, como sempre faço com todos, disse, que o amava, sempre digo aos meus alunos, que os amo de paixão, que são meus filhos, minha vida. Digo a ele que nada vai acontecer, que não vou deixar ninguém fazer nada com ele, mas brigo ao mesmo tempo, deixo claro que não gosto daquilo, que ele me deixou triste, que não vou mais ajuda-lo, que aquilo para mim é o fim, muitas vezes isso dá certo, como em outro caso em que peguei um aluno furtando dinheiro e coisas de outro. Fiquei feliz por conseguir mudar seu comportamento dentro da escola. Carlos – Mas e o estatuto da criança e do adolescente? A legislação e as sanções impostas a alunos e principalmente aos pais? Professora Emira Raci – Na prefeitura tem a ficha de cada aluno, sei o que cada um fez. Quantas vezes faltaram. Faço parte do grupo responsável pelos processos encaminhados ao fórum, trabalho diretamente com juizes e com o conselho tutelar. Funciona e não funciona. As mães dos alunos têm muito medo, pois são chamadas e muitas vezes repreendidas. Com cinco faltas, posso mandar o aluno e a mãe para o juiz. De fato, do Poder Judiciário tenho retorno, os juizes me ajudam e realmente atuam como deveriam, há respaldo e retorno, agora o Conselho Tutelar, esqueça, nada consigo, fazem o mínimo, quando fazem. Carlos – A Escola tem futuro? Ou qual é o futuro da Escola? Professora Emira Raci – Claro que tem futuro, já melhorou muito. Mas esse futuro não pode ser desassociado do problema da família e da consciência da cidadania. Só a escola, maravilhosa, não resolve. Não adianta importarmos uma escola norueguesa para o Brasil, com poucos alunos loirinhos em sala de aula, com acesso a todas as práticas pedagógicas, sem podermos importar também o modelo de família adequado, onde o aluno tem contato constante com seus pais e principalmente, desde pequeno sabe de seu papel na sociedade, o que deve a ela, e o que dela pode exigir. Noção exata de cidadania. Carlos – Muito obrigado pelo tempo que nos foi concedido professora.. Professora Emira Raci – Estarei sempre à disposição, porque a Educação Brasileira precisa de qualquer iniciativa, desde um pequeno estudo acadêmico até uma bordoada nestes políticos... Grupo Educação do Futuro – Calma professora, calma. Muito obrigado, e parabéns pela dedicação profissional que nos parece não existir mais. Entrevista da Professora Cristina Pelosini Sabrina - A senhora é professora há quanto tempo? Professora Cristina Pelosini- Sou professora há 17 anos, sendo que já lecionei no Estado de São Paulo, em Escolas Particulares e atualmente trabalho na Prefeitura de São Paulo. Sabrina - A senhora trabalha para o Estado de São Paulo, para Prefeitura ou para rede Particular? Professora Cristina Pelosini- Trabalho pela Prefeitura de São Paulo. Sabrina - Quais as principais características e diferenças entre o Estado, a Prefeitura e a rede particular? Professora Cristina Pelosini- Hoje, só posso te oferecer as características da Prefeitura. Há muita falta de apoio dos pais em relação à vida escolar de seus filhos, falta material didático de apoio aos professores para proporcionarem uma aula diversificada aos alunos, faltam profissionais qualificados para apoio pedagógico e encaminhamentos dos alunos, falta capacitação profissional, falta estrutura econômica, faltam subsídios para os professores. A Prefeitura está muito assistencialista, oferecendo praticamente tudo aos alunos: leite, meias, tênis, uniforme de frio e de calor, alimentação, materiais escolares (lápis, cadernos, apontadores, compasso, canetinha, lápis de cor, giz de cera, borracha, caderno de desenho, etc.). Acredito que com todo esse assistencialismo, a escola está deixando um pouco de lado a parte educacional. (Não sobra muito tempo para isso), não que o programa de ensino não seja bom, ao contrário, é ótimo, mas o que falta para que realmente dê certo, é uma outra visão dos alunos e pais em relação à escola. Estão transferindo para a escola a parte da educação que vem do berço, e a escola não consegue dar conta de tanta assistência, a família não quer mais responsabilidades... Sabrina- Que sistema está melhor, o do Estado ou da Prefeitura? Professora Cristina Pelosini- Não há como eu fazer uma comparação entre Estado e Prefeitura, mas o que é comum até em escolas particulares, o que ouvimos dizer, é a indisciplina, a falta de respeito dos alunos, tudo é igual em qualquer rede de ensino. Sabrina- As práticas pedagógicas são apropriadas? Professora Cristina Pelosini- As práticas por elas estão abrangentes e são apropriadas sim, algumas escolas da Prefeitura tem o que chama SAP - Sala de Apoio Pedagógico, que como o próprio nome já diz, é um apoio pedagógico aos alunos que apresentam dificuldades em acompanhar junto à turma regular. Mesmo estas salas possuem Proposta Pedagógica diferenciada. E mesmo assim não conseguimos acabar com o analfabetismo, porque algumas famílias mandam seus filhos à escola, para receber toda a Assistência Social que têm direito e deixam a Educação para outro momento, estão mais preocupados em receber o que já citei em uma das questões anteriores. Recebem uma bolsa “auxílio” para cada filho matriculado e assíduo na escola, ou seja, só vêm à escola para não terem faltas e receberem o leite e a alimentação. Os alunos não dão valor para e educação, que em minha opinião, é o papel principal da escola. Esses fatores vão ocasionando a não valorização ao ensino, à aprendizagem, aos professores, e gera, como conseqüência, a indisciplina, a falta de respeito e a ausência de valores em todos os sentidos. Sabrina- Quais os princípios problemas dos alunos? Professora Cristina Pelosini- São inúmeros os problemas dos alunos que enfrentamos nas escolas e cada um é diferente do outro. Os mais comuns são: desestrutura familiar (em todos os níveis: pais que espancam as mães,pais que sumiram, pais que abandonaram as crianças com avós, tios, etc. e estes batem nas crianças, algumas crianças até vêem pais em momentos íntimos ou ouvem, etc.); falta de limites (por alguns pais trabalharem muito e não darem total atenção aos filhos, acabam deixando suas crianças fazerem o quiserem, e dão a elas o que elas pedirem) e quando essas crianças chegam à escola, não conseguem ouvir NÂO do professor ou do funcionário da escola, e se revoltam, respondem, cospem nos professores e funcionários, gritam, batem nos amigos, ou seja, põem para fora, de alguma maneira, esta má educação que estão recebendo em casa, e os pais justificam isso, dizendo que como não têm tempo de estar com seus filhos, "suprem" estas ausências com esta falta de limite. E depois quem sofre é a escola e todos os que estão inseridos nela. Essas crianças não sabem, por que não foram educadas pelos pais, acatar ordens, regras, combinados; e ainda, desvalorização ao ensino os alunos sabem que não serão retidos ao final de cada série, e abusam mesmo. As retenções só acontecem nas séries finais de cada ciclo, na 4ª série do Fundamental I e na 8ª série do Fundamental II. Sabrina - A degradação da família aliada com o problema da droga é determinante para a prova do ensino médio e fundamental? Professora Cristina Pelosini - Não conheço casos deste tipo onde trabalho. Sabrina - O uso da informática é importante na educação? Existe ou não existe de fato? É explorado adequadamente pela rede pública? Professora Cristina Pelosini- O uso da informática é importantíssimo para a Educação e ocorre de fato na Rede Municipal de Ensino e auxilia muito o desenvolvimento dos educandos, mas ela não pode acontecer isolada, tem que haver projetos e estes projetos tem que ter sentido, fundamento e diretriz de trabalho para que as crianças realmente entendam quais são os objetivos, aonde irão chegar, como, quando e por que. Sabrina- A Escola tem solução? Professora Cristina Pelosini- Sou muito otimista e creio que a escola ainda tem solução, porque conheço profissionais realmente envolvidos, atuantes, preocupados e sem medo de desafios. Mas também sei que sozinhos não conseguiremos chegar a nenhum lugar, terá que haver verdadeiramente a valorização do professor, a escola e a Rede Municipal em geral, deverá contar com parcerias em todos os setores, deverão haver mais capacitações e especializações para os profissionais da educação e por fim, deveriam remunerar melhor esses agentes de educação. Sabrina- Qual é o futuro da escola ou qual é a escola do futuro? Professora Cristina Pelosini- Sinceramente falando, se não houverem mudanças significativas urgentes, só DEUS saberá o futuro da escola. E a escola do futuro será aquela onde conseguiremos trabalhar em um ambiente tranqüilo, seremos valorizados em todos os aspectos (profissional, econômico, social, humano, etc.), utilizaremos lousas modernas, quadros de apoio, etc., teremos poucos alunos por turma, disporemos de tecnologia revolucionária, contaremos sempre com a participação ativa dos pais na vida escolar de seus filhos e acima de tudo, seremos sempre respeitados...Toledode 14h38min de 29 de Agosto de 2011 (UTC)
Reflexão sobre o uso das tecnologias na educação no Brasil
editarToledode 14h57min de 29 de Agosto de 2011 (UTC)EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA
A tecnologia não é neutra. Desde 1995 existe a tese de que a informática na educação no Brasil apresenta-se como uma história paralela da política educacional brasileira. Apesar de não ter uma abrangência tão ampla como as políticas do então primeiro, segundo e terceiro graus, à época continuava ocorrendo à parte dos trâmites formais (Congresso Nacional) e informais (sociedade civil) de definição e avaliação das políticas públicas, mesmo após o término da fase nacionalista e estratégica da informática e educação no País, quando era assunto de segurança nacional, e, obviamente, de acesso restrito e secreto.
Esse “paralelismo”, numa ótica geral, deve-se às características históricas que deram origem às novas tecnologias, as quais expressam um modo de organização material e cultural da existência humana - capitalismo- tendencialmente concentrador e centralizador de riqueza, poder e conhecimento. Aplicado à gestão do processo decisório da informática e educação no Brasil, essa lógica geral propicia base de sustentação política apenas aos atores que direta ou indiretamente se beneficiam com os bens que a informática proporciona, afastando do processo os que dela não são proprietários, material e/ou culturalmente.
Numa ótica específica, esse “paralelismo” tem fundamento no caráter restritivo da dinâmica do jogo político brasileiro, o qual tem historicamente alijado do processo de definição e avaliação de políticas públicas amplas camadas da população. As elites que têm acesso a esse processo decisório, por sua vez, também compõem alianças de interesses diversos e heterogêneos, o que imprime um certo grau de “nebulosidade” à percepção dos reais interesses e compromissos envolvidos.
Até 1995, uma pequena parcela de educadores e pesquisadores desenvolveram uma postura um pouco mais crítica e uma metodologia mais criativa não só perante o tecnicismo federal como também frente às constantes pressões do mercado no sentido de "vender pacotes educativos computacionais" (softwares) que reproduzem ideologias massificantes e que valorizam mais o aspecto mercantil do que o educacional.
Não só em nosso País, como no exterior, softwares educacionais que procuram ultrapassar a ideologia tecnicista e massificadora da cultura industrial capitalista têm encontrado dificuldades em manter um espaço de atuação na esfera escolar. Um exemplo disso ocorreu em 1994, nos EUA, onde um conjunto de historiadores mais críticos, da Universidade de Berkeley, que ao produziram um CD-ROM sobre a história do movimento operário norte-americano para o ensino elementar e secundário, teve sua produção e venda suspensa pela Apple Corporation após alguns meses de venda por esta empresa (A esse respeito ver: MORAES, Raquel de A. Educação e Informática no Brasil: 1937 a 1989. O Processo Decisório da Política no Setor. Campinas, UNICAMP. Dissertação de Mestrado, 1991. __. A Política de Informática na Educação Brasileira: do nacionalismo ao neoliberalismo. Campinas: UNICAMP, Tese de Doutorado, 1996. __. Informática na Educação. Rio de Janeiro, DP&A, 2000. __. Rumos da Informática Educativa no Brasil. Brasília-DF: Plano: 2002. ii Informação veiculada pela Internet através da lista de discussão da Replad, junho de 1995. iii Ver: BARRETO, Raquel G. (org.), Tecnologias educacionais e educação à distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.; MONTEIRO, Viviane S. O Uso de Computadores na Rede Pública do Município de Araraquara. Araraquara, UNESP. Dissertação de Mestrado, 2005. iv CHESNEAUX, J. Modernidade-Mundo. Petrópolis: Ed. Vozes, 1995, p.95).
Algo semelhante aconteceu com o Projeto Gênese, do Paulo Freire, em São Paulo. Quando da mudança da prefeitura municipal de São Paulo para o partido liberal de Paulo Maluf em 1992, os rumos da política pedagógica foram totalmente alterados e a educação e informática se reduziu a um treinamento para o trabalho. Também o Projeto Eureka, em Campinas, começou a sofrer pressão no sentido de limitar a gestão participativa — que se aproximava da participação cogestionária — até ser extinto pela equipe da Unicamp em 1997. E dez anos depois com o PROINFOiii e a criação de Secretaria de Educação a Distância, pelo MEC, a política não mudou muito.
A mídia, a informação, a comunicação se tornaram entidades fetiches que invadem o campo cultural, ao mesmo tempo em que contribuem para a erosão da sociedade política. A mídia não é um simples retransmissor, intermediário útil, mas ator cioso de seu estatuto de “quarto poder”, subsistema, antes de tudo preocupado com a sua auto-valorização. Assim, é razoável pensar na tese de que se não houve até o momento uma capacitação mais democrática quanto às novas tecnologias (da informática, da informação e da comunicação) é porque não interessa ao Estado e ao mercado cada vez mais globalizado conviver com a maioria da população efetivamente (e não superficialmente) formada. O saber é, historicamente, posse de uma elite e sob o capital, a informática — e as novas tecnologias em seu conjunto — é meio de produção, instrumento de poder, guerra e ideologia.
É necessário construir uma contra-hegemonia, reorientando o uso político, econômico e cultural das novas tecnologias em favor das maiorias.
A educação opera com a linguagem. Se durante séculos ela se operava com a escrita, nos anos 50 acrescentaram-se os modos de linguagem difundidos através da mídia televisiva e, a partir da metade da década de 90, a da internet. Aos poucos a cultura do papel perde espaço para o meio eletrônico, o que deve se intensificar com a expansão da educação à distância. Acrescente-se a isso a discussão sobre a digitalização de documentos para minimizar o uso do papel, em resposta aos desafios para proteção, preservação e reconstituição ambientais.
Por um lado os computadores conectados ä internet deslumbram docentes e discentes. É possível acessar o Museu do Louvre e conhecer as obras, além de ter informações sobre as mesmas (www.louvre.fr), bibliotecas do Brasil (www.bn.br) e do mundo, com milhares de obras disponíveis para leitura (www.scielo.br), sobre os mais diversos assuntos e áreas do conhecimento, universidades (www.usp.br) e seus cursos, docentes e programas, além de outros de não menos importância (www.doj.org).
Por isso é importante a discussão e intensa busca para amparar os docentes e discentes que têm à mão um espectro de recursos na internet, além de programas úteis para suas áreas de atuação e disciplina objeto do estudo, além de aprender a otimizar o tempo.
Trata-se de aprender a lidar com a possibilidade de novas formas de ensinar e de aprender, condizente com o paradigma da sociedade do conhecimento, que se caracteriza pela diversidade, integração e complexidade.
Esta amplitude de possibilidades, quando pautada em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador do pensamento racional, estético, ético e humanista, requerem dos profissionais novas competências e atitudes para desenvolverem novos métodos: isto implica criar e recriar estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativas para o aprendiz, sem perder de vista o foco da educação.
O que se tem ao certo, é que esse novo método de ensino com aplicação de instrumentos tecnológicos desperta a atenção dos alunos, fazendo muitas vezes surgir interesses em áreas até então ignorada pelos discentes.
Tal assertiva pode ser corroborada pela matéria publicada pela Revista Época: “Os dedos com unhas cor-de-rosa apertam ansiosos as teclas do laptop infantil”. Tamires Alves Martins, de 7 anos, demonstra habilidade no jogo de forca eletrônico. Testa todas as vogais para começar. Pede uma dica à máquina: a palavra escondida é uma profissão. Sem titubear, vai preenchendo as letras que faltam até completar "artista" na telinha rosa. Foi assim, unindo letras em casa, que a menina aprendeu a ler. "As sílabas iam se juntando na frente dos meus olhos, as palavras iam nascendo", diz. Tamires mora no bairro Ernesto Khul, um assentamento sem-teto em Limeira, no interior paulista. Lá, onde moram 7.500 pessoas, faltam quase todos os serviços básicos. Sessenta e cinco por cento da população está abaixo da linha da pobreza. Muitas casas não têm água e o acabamento das paredes se limita ao vermelho do tijolo nu. Mas não tem faltado educação.Filha única, contrariando as estatísticas do lugar em que cada mãe tem ao menos dois filhos, Tamires estuda na escola municipal Professora Maria Aparecida de Luca Moore. Seus pais, colhedores de laranja, trocaram o lápis pela enxada ainda na infância e hoje ganham dois salários mínimos por mês. Ambos sabem apenas escrever o nome. Nisso, a família de Tamires é a regra. Mais da metade dos pais de alunos nunca foi à escola ou estudou somente até a 4a série. Mas as crianças de Ernesto Khul, aparentemente fadadas a assumir o mesmo destino dos pais, estão mudando a própria história graças a um novo método pedagógico usado na escola municipal Professora Maria Aparecida de Luca Moore. Tamires foi beneficiada pelo método implantado em 2001 e batizado de "Fora de Série" naquela escola. Trata-se de um caso de sucesso que merece ser multiplicado em outras áreas. O empenho dos profissionais da escola fez com que ganhassem um prêmio da Fundação Lemann, referência em educação. "Eles desenvolveram uma nova forma de lidar com o aluno que pode ser aplicada a toda rede pública do país", diz Ângela Mello, coordenadora pedagógica da fundação. “O projeto já despertou o interesse de diretores de outras escolas em Limeira” (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76109-6014,00.html acessada em 20/09/2007).
Verifica-se, pois, que a inclusão de recursos tecnológicos no processo educativo, por atraírem os discentes de forma diversa do método convencional, pode ser de grande valia na evolução do processo de ensino, desde que observados os limites entre a inclusão digital que urge, através de políticas públicas, e a necessidade de mudança nos métodos de ensino.
A tecnologia precisa ser incorporada como ferramenta no processo educacional. Isto é fato, porém ainda persistem dúvidas em porquê e como se dará este processo, principalmente em nosso país que, em dimensões continentais, é possível encontrar paradigmas em uma pequena porção de espaço. Vemos no caso de nosso estado, São Paulo, mais cerca ainda, na própria cidade de São Paulo, encontramos " ilhas de intelectualidade avançada" em meio a um oceano de pobreza educacional.
O uso da informática nos processos educativos tem implicações diversas, e vão muito além das questões pedagógicas. O mundo está vivendo um período revolucionário: as mudanças que estão acontecendo não são decorrentes apenas da evolução tecnológica dita normal.
Todas as revoluções na história do homem começaram com o surgimento de alguma ferramenta que, a partir dela, expandiu sua capacidade de usos, sendo adaptada em cada cultura em particular. Cite-se, por exemplo, a invenção da imprensa, a dos tipos móveis. À época, esse marco representou um salto de tecnologia imensurável. Cremos que não se trata de exagero algum afirmar que, nos dias atuais, a internet e seus usos específicos na educação representam muitos avanços, nem todos “mapeados”, mas que já têm direções e tendências apontadas.
Neste momento, cremos que se faz necessário lembrarmos de alguns pensamentos de Pierre Lévy, sobre a cultura e educação entre as instituições e sociedades:
“Se algumas formas de ver e agir parecem ser compartilhadas durante muito tempo (ou seja, se existem culturas relativamente duráveis), isto se deve à estabilidade das instituições, de dispositivos de comunicação, de formas de fazer, de relações com o ambiente natural, de técnicas em geral, e a uma infinidade indeterminada de circunstâncias. Estes equilíbrios são frágeis... Basta que alguns grupos sociais se disseminem um novo dispositivo de comunicação, e todo o equilíbrio das representações e das imagens será transformado, como vimos no caso da escrita, do alfabeto, da impressão, ou dos meios de comunicação e transporte moderno”.
É importante perceber que a crise associada à revolução da informática ainda não se efetivou, onde se abre um enorme espaço de possibilidades: centralização e formas de controle ou acesso livre e democrático à informação? Absolutismo ou democracia participante como formas de governo? Eficiência econômica ou desemprego em massa? Segurança pública ou instalação do terror? Subjetividade e respeito mútuo com justiça distributiva ou invasão da privacidade e massificação?
A questão da massificação da alfabetização em informática passa a ser central. A massificação da alfabetização em microinformática é um fenômeno inevitável, pois do mesmo modo que ocorreu com a imprensa, a indústria da microinformática só se viabilizará pela produção em massa.
A massificação do uso da tecnologia é necessária, mas não é suficiente. É preciso mais: é necessário promover níveis mais sofisticados de compreensão sobre ela. Piero Mussio, ao abordar a questão da alfabetização tecnológica, destaca:
“Há dois níveis de compreensão de um instrumento tecnológico. O primeiro é o da compreensão técnica, típico dos especialistas que individualizam alguns princípios, algumas regras de derivação das reais proposições naquela linguagem, e sobre as quais constroem a disciplina com todos os seus mecanismos e procedimentos, mesmo experimentais... O segundo nível é o da compreensão do uso do instrumento por parte de quem delega ao especialista a compreensão específica do fato e aceita dele a garantia técnica.... sendo capaz de avaliar, julgar o instrumento proposto não por seus mecanismos internos mas pelas suas funções (globais) externas”. ( Mussio, 1987)
O que está em jogo é o controle político e social dos meios de produção. Illich lembra que as próprias características técnicas dos meios de produção podem tornar impossível este controle. Segundo ele, ”a ferramenta é a convivência, na medida em que cada um puder utilizá-la sem dificuldade, tão amiúde ou tão raramente quanto o deseje para os fins que o próprio determine... Entre o homem e o mundo ela é um condutor de sentido, um tradutor de intencionalidade”. (Illich, 1976). Ou seja, para Illich, dominar uma ferramenta é muito mais do que aprender a usá-la; significa a garantia da possibilidade de se definir conjuntamente o uso que se dará as habilidades conquistadas.
A intenção com o que foi até agora dito é a de enfatizar a necessidade de criação de posturas autônomas e críticas de aprendizado sobre a tecnologia.
No caso da informática, esta postura deve estar implícita tanto nas metodologias de aprendizagem quanto nos próprios instrumentos tecnológicos desde o seu projeto. Ela deve ser, portanto, considerada nas metodologias de engenharia de software, no projeto das interfaces e das funcionalidades dos sistemas de software e nas políticas de informatização das instituições.
A tarefa de melhorar nosso sistema educacional, dinâmico e complexo, exige atuação em múltiplas dimensões e decisões fundamentadas, seguras e criativas. De um lado, há melhorias institucionais, que atingem instalações físicas e recursos materiais e humanos, tornando as escolas e organizações educacionais mais adequadas para o desempenho dos papéis que lhes cabem. De outro, há melhorias nas condições de atendimento às novas gerações, traduzidas por adequação nos currículos e nos recursos para seu desenvolvimento, num nível tal que provoquem ganhos substanciais na aprendizagem dos estudantes. O MEC tem priorizado, ao formular políticas para a educação, aquelas que agregam às melhorias institucionais o incremento na qualidade da formação do aluno. Este é o caso do Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo.
O ProInfo é um grande esforço desenvolvido pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação à Distância, em parceria com governos estaduais e municipais, destinado a introduzir as tecnologias de informática e telecomunicações – telemática – na escola pública. Este Programa representa um marco de acesso às modernas tecnologias: em sua primeira etapa, instalará 105 mil microcomputadores em escolas e Núcleos de Tecnologia Educacional – NTE, que são centros de excelência em capacitação de professores e técnicos, além de pontos de suporte técnico-pedagógico a escolas.
Ensinar é um processo complexo que exige neste momento mudanças significativas. Investindo na formação de professores no domínio dos processos de comunicação envolvidos na relação pedagógica e no domínio das tecnologias, poderemos avançar mais de pressa, sempre tendo consciência de que em educação não é tão simples mudar, porque há toda uma ligação com o passado que é necessário manter e também uma visão de futuro à qual devemos estar atentos. Não nos enganemos. Mudar não é tão simples e não depende de um único fator. O que não podemos é cada um jogar a culpa nos outros para justificar a inércia, a defasagem gritante entre as aspirações dos alunos e a forma de preenchê-las. Se os administradores escolares investirem em formação contínua e domínio de tecnologias, poderemos avançar mais.
Estamos caminhando para uma aproximação sem precedentes entre os cursos presenciais (cada vez mais semi-presenciais) e os a distância. Os presenciais terão disciplinas parcialmente a distância e outras totalmente a distância. E os mesmos professores que estão no presencial-virtual começam a atuar também na educação a distância. Teremos inúmeras possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as facilidades do virtual.
Em poucos anos dificilmente teremos um curso totalmente presencial. Por isso caminhamos para muitas fórmulas de organização de processos de ensino-aprendizagem. Vale a pena inovar, testar, experimentar, porque avançaremos mais rapidamente e com segurança na busca destes novos modelos que estejam de acordo com as mudanças rápidas que experimentamos em todos os campos e com a necessidade de aprender continuamente.
Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, integradas. Para estruturas mais enxutas. Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade de salas de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos começam a utilizar o notebook para pesquisa, para busca de novos materiais, para solução de problemas. O professor universitário também está conectando-se mais em casa e na sala de aula e tem mais recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos e ilustrar as suas idéias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em cada escola; as bibliotecas se converterão em espaços de integração de mídias, software, bancos de dados e assessoria. Haverá uma aproximação sem precedentes entre organizações educacionais e corporativas.
O processo de mudança na educação não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.
As possibilidades educacionais que se abrem e os problemas são imensos. Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de professores participantes em determinados momentos, professores da mesma instituição e de outras. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Os problemas também serão gigantescos, porque não temos experiência consolidada de gerenciar pessoas individualmente e em grupo, simultaneamente, a distância. As estruturas organizativas e currículos terão que ser muito mais flexíveis e criativos, o que não parece uma tarefa fácil de realizar.
Estamos aprendendo, fazendo. É importante experimentar algo novo em cada curso. Podemos começar pelo mais simples na utilização de novas tecnologias e ir assumindo atividades mais complexas. Experimentar, avaliar e experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias.
Caminhamos para uma flexibilização forte de cursos, tempos, espaços, gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a experimentar pessoal e institucionalmente modelos de cursos, de aulas, de técnicas, de pesquisa, de comunicação. Precisamos desenvolver e encontrar um estilo pessoal de comunicar-nos no presencial e no virtual.
Todas as organizações educacionais e corporativas, em todos os níveis, precisam experimentar como integrar o presencial e o virtual, garantindo a aprendizagem significativa. Vivemos um período de grandes desafios no ensino focado na aprendizagem. Podemos encontrar na educação novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do racional, sensorial, emocional e do ético; de integração do presencial e do virtual; da escola, do trabalho e da vida.
A educação tornou-se um imperativo de nossa época sob todos os pontos de vista que se queira movimentar o raciocínio.
Seja sob o aspecto político, econômico, cultural, social... Seja sob a dimensão humanista e espiritual.
Por todos os ângulos, ela tornou-se uma condição prévia e uma condição de processo, de efeitos e retornos multidimensionais.
Se ela sozinha não opera milagres, sem ela, nenhum país conseguirá construir cidadanias coletivas e de longo prazo.
O Brasil diferentemente de outros países, iniciou tardiamente o processo de assegurar educação para todas as pessoas. Em decorrência, acumula hoje um enorme déficit que só poderá ser zerado mediante um amplo acordo entre governo e sociedade civil, com vistas a instaurar uma legítima e autêntica política de estado nesse setor.
O Brasil Independente, tornou-se republicano e foi capaz de grandes conquistas em vários setores, possui condições de repensar sua agenda de desenvolvimento, de forma a dar primazia ao maior bem comum da humanidade, que é a educação.
No Brasil ideal de hoje, e real de amanhã, a educação, a ciência e a tecnologia devem deixar de ser apenas importantes. Devem ser prioritárias.
A política educacional brasileira, como instrumento de difusão do saber, tem contado com a contribuição de nomes marcantes. São homens e mulheres que se destacam pela capacidade de refletir e antecipar idéias, sem abrir mão da coerência necessária para o planejamento e a execução de programas eficientes.
Ora concentrados na luta pelo estabelecimento das diretrizes e bases do ensino, ora inquietos e receptivos às novas expressões culturais, representam, em primeira instância, a inteligência nacional e o resultado mais imediato do que a educação é capaz de operar numa democracia: atuações marcantes. Menos pela erudição do que pela capacidade de exercerem a cidadania plena na defesa dos interesses do homem brasileiro, é possível registrar a participação de artistas, políticos, intelectuais e funcionários de carreira do Ministério que, independente das correntes ideológicas, se convenceram da necessidade básica de sistematizar para democratizar o acesso ao ensino.
O modelo viável para uma política nacional de educação, visando um sistema mais democrático, envolveu a adequação das estruturas administrativas do Ministério e a criação de legislação específica. Da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases à implantação do sistema de pós-graduação foram criados vários programas com o objetivo de atender às necessidades diretamente relacionadas ao desenvolvimento da sociedade brasileira.
Os investimentos na educação de base, nas campanhas contra o analfabetismo, na formação técnica e na pesquisa, deixaram de ser uma proposta vinculada ao futuro do país para se tornar uma realidade absoluta e imediata. Nesta via, foi preciso estar atento às novas tecnologias que permitiram a produção e difusão de propostas direcionadas para a educação à distância, como a TV Educativa.
As mudanças operadas na política educacional, nos últimos 7 anos, atingiram as estruturas organizadas e sobretudo o conjunto de idéias fundamentais do sistema de ensino. O direito de aprender passou a nortear todas as ações e reformas legislativas, culminando com o pacto federativo na educação.
A colaboração entre as três esferas de governo garantiu a universalização do ensino fundamental, através de um novo modelo pedagógico, no momento em que a maior parte da população chegou aos bancos escolares.
Hoje, superar as dificuldades relacionadas à diversidade brasileira é coadunar a utilização de todos os meios disponíveis para garantir a gestão do ensino e as políticas de qualidade na educação, como as que contemplam a avaliação do ensino superior e básico e as que garantem a inserção de novas linguagens.
A utilização da Internet, como ferramenta para o ensino à distância, reforça o compromisso do Estado com a democratização total do ensino. Tradição que marcou o percurso do Ministério, desde os Correios e Telégrafos, no esforço de promover a integração através da educação.
As experiências relatadas mostram o potencial do instrumento computacional para a elaboração de atividades, que permitam ao aluno passar por um processo exploratório de construção do conhecimento. Porém, isto não significa que basta o computador para revolucionar a educação. O mercado de softwares educacionais, está cheio de programas que refletem uma concepção tradicional de aprendizagem, vendendo uma idéia de que podemos revolucionar a educação substituindo o professor por um software. A experiência mostra exatamente o contrário. Com a visão de professor e o conhecimento do potencial do software pudemos elaborar uma atividade que propiciasse a aprendizagem através da discussão e simulação com uma planilha eletrônica (que é um software de mercado). Imagine o que um bom professor pode fazer com um bom software educacional.
Uma outra questão a se colocar é o quanto o conhecimento está se tornando globalizado. Por um lado, a planilha (em foco) é um instrumento utilizado em quase todos os países, basicamente com o mesmo processo de armazenamento de dados e manipulação de fórmulas. Por outro lado, através da atividade proposta pudemos dar uma face própria ao conhecimento que queríamos trabalhar e dependendo da sociedade e cultura, outros itens entrariam na composição de uma planilha como esta. Portanto, ao mesmo tempo que a globalização tecnológica nos proporciona acesso a vários softwares, podemos personalizar o trabalho didático realizado com eles, adaptando-os aos nossos objetivos e realidade
Pais e Comunidade darão suporte à Escola, para que essa possa cumprir sua função específica de Ensinar. Ensinar o aluno a: pensar claramente; expressar-se adequadamente; fazer perguntas certas; buscar informação corretamente; relacionar-se adequadamente. Deve existir momentos de reflexão de uma educação que é de preocupação de todos, e deve portanto transformar-se em pensar e agir de todos. Deve-se valorizar as pessoas, as instituições considerando-as capazes de participar do processo educativo voltado para a "inclusão", motivar para a ação.Toledode 14h57min de 29 de Agosto de 2011 (UTC)
Temos um novo aviso! --Solstag 05h17min de 3 de Setembro de 2011 (UTC)
Olá! Com um pequeno atraso, mas os textos para as aulas da próxima semana já estão dispostos na página do curso. Saludos, --Solstag 10h18min de 10 de Setembro de 2011 (UTC)
Temos um novo aviso com informações sobre os trabalhos! --Solstag 09h52min de 16 de Setembro de 2011 (UTC)
Olá Carlos! Como você já pode ter visto, desde o dia 6 a página dos trabalhos contém links vermelhos nos títulos das seções de cada grupo. Clicando no link referente ao seu grupo, você criará a página onde desenvover o seu trabalho. Para uma demonstração, clique lá no link to Grupo Exemplo. Não esqueça de logar-se no sistema quando clicar para criar ou editar páginas. Esse aviso é patrocinado pelo dia das crianças! Um abraço, --Solstag 02h56min de 13 de Outubro de 2011 (UTC)
certificação digital no dia a dia do advogado
editarToledode 16h03min de 19 de Setembro de 2011 (UTC)Alguns preços no Brasil de certificados digitais. Validade de três anos certificado certificado leitora OAB (federal) 120,00 240,00 AASP 99,00 E-CPF (certsign) 160,00 290,00 Estrutura AUTORIDADE CERTIFICADORA RAIZ: Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) - é a primeira autoridade da cadeia (AC-Raiz) emite, expede, distribui, revoga AUTORIDADES CERTIFICADORAS ICP-Brasil (MP 2.200-2/2001) - identidade do portador do certificado digital (pessoa física ou jurídica) AUTORIDADE REGISTRADORA: AASP - vinculadas à uma AC - identificam e cadastram usuáriosToledode 16h03min de 19 de Setembro de 2011 (UTC)
A título de curiosidade histórica
editarToledode 16h05min de 19 de Setembro de 2011 (UTC)Inobstante a pequena descrição histórica, e importante ventilar e ter como ponto de partida, a forma de criação da internet. O sistema é aberto, ou na melhor definição jornalística do OESP – 2004 – Caderno de Informática – pelo jornalista Humberto Baptista : “Desenvolvimento aberto quer dizer que qualquer pessoa , realmente qualquer pessoa pode participar na definição dos tipos de carro e estrada que farão parte da rede. Não existe restrição ou impedimento para se ler ou usar as regra de internet . Este espírito colaborativo é tão forte que os documentos que definem a rede são conhecidos como “Pedido de Comentários” (RFC na sigla em inglês).”. Isso quer dizer que a forma de criação e conseqüente manutenção do sistema deve como base um recurso eletrônico aberto, passível de acesso de todo ser humano, ou seja, foi criado com base no que se acredita ser melhor a humanidade, como um serviço de fácil concretização, possível a todos que quisessem fazer uso dele. Isso trouxe natureza benéfica enquanto desenvolvimento humano no sentido geral, mas trouxe também, seus problemas, ora abordados neste presente estudo, propiciados, ou melhor, oriundos justamente desta característica peculiar da internet A título de curiosidade, acredito que do inicio do estudo, temos que entre outras aplicações, como em outras situações, a Segunda Guerra Mundial foi decisiva na exploração de meios de propagação segura da informação, A máquina enigma , desenvolvida por Arthur Scherbius em 1918, levantou um grande interesse por parte da marinha de guerra alemã em 1926, quando passou a ser usado como seu principal meio de comunicação. Em 1928, o exército elaborou sua própria versão, a Enigma G, e passou a ser usado por todo o exército alemão, tendo suas chaves trocadas mensalmente. A máquina era elétrico-mecânica e funcionava com rotores (primeiramente com 3 e depois com até 8 rotores). Ao pressionar uma tecla, o rotor mais da esquerda avançava uma posição, o que ocasionava a rotação dos outros rotores da direita. Esse movimento contínuo dos rotores ocasionava em diferentes combinações na encriptação.A codificação de uma mensagem criptografada pela Enigma era considerada impossível na época (já que para tal, seria necessário uma alta força bruta computacional). Como no descrito no filme U-571 – Batalha do atlântico, de , os Aliados só conseguiram decifrar os códigos da Enigma graças ao roubo de uma dessas máquinas, e que com graças à engenharia reversa, foram construídas máquinas capazes de ler e codificar os códigos alemães, os Colossus.Toledode 16h05min de 19 de Setembro de 2011 (UTC)