RMM(D)I Leituras
"É possível que objetos inanimados, tanto quanto outros organismos humanos, formem partes do outro generalizado e organizado, completamente socializado, do ponto de vista de qualquer indivíduo humano, à medida que este responde de modo social ou numa situação social a tais objetos (por meio de mecanismos do pensamento, de um diálogo internalizado de gestos). Qualquer coisa, qualquer objeto ou grupo de objetos — quer sejam animais ou coisas inanimadas, seres humanos ou animais, ou objetos meramente físicos — em relação aos quais o indivíduo age socialmente é um elemento do que, para ele, é o outro generalizado. Ao assumir as atitudes desses objetos em relação a si, ele toma consciência de si próprio como objeto e como indivíduo e, assim, desenvolve um self ou personalidade. Por exemplo, é nesse sentido que o culto em sua forma primitiva é apenas a corporificação social das relações entre um dado grupo social ou comunidade e seu ambiente físico, um meio social organizado, adotado pelos membros individuais desse grupo ou comunidade para entrar numa relação social com esse ambiente ou (em certo sentido) para manter um diálogo com ele. Desse modo, esse ambiente se torna parte do outro generalizado total para cada um dos membros individuais desse grupo social ou comunidade.
(Mead, "Mente, Self, Sociedade", p. 171, nota 7)
Leituras feitas
editar14jun:
editarMagnani - Model Based and Manipulative Abduction
Próximas leituras (definidas na reunião de 28jun2023)
editar12jul:
editarOber (A significação...), Serres (Statues, cap1.)
26jul:
editarJu> Latour (Ðingpolitik); Vini> Latour (Visualização e Cognição)
23ago:
editarSerres - Statues
+ Excertos sobre o "tempo não linear" (Latour entrevista Serres)
As comutações da perspectivação contemporênea de Serres e Latour são distintas dos "saltos de tigre" benjaminianos? Em que? Na ausência do "lampejo em um momento de perigo" (o risco em Serres parece não ser iminente, mas sistêmico e difuso...)? Enquanto em WB a imagem aurática (mítica, oral-pictográfica, comunitária) é duplamente traduzida como estetização da política/guerra OU imagem dialética/politização do cotidiano através da arte, em Serres/Latour, ela aparece como uma advertência contra a soberba da racionaliade moderna. Avisa da insolubilidade tecnocientífica das questões cosmológicas e da insegurança coletiva (a imortalidade da espécie ameaçada). Mas ainda somos humanos? Andróides morrem? Corpos ciborgues são até que ponto vivos? A humanidade, como espécie natural, já não foi extinta? E as imagens auráticas das culturas vencidas, porem não rendidas? Advertem sobre as relações, fetichizam-nas em objetos, ou já encaminham diagnósticos para a ação?
28ago:
editarSerres - Statues
6set:
editarVirilio - Velocidade e Política
Referências
editarMagnani, L. (2004) Model Based and Manipulative Abduction in Science. Foundation of Science 9: 219–247. (Discussão em 14jun2023)
Ober, Josiah (2013) A significação original de “democracia”: Capacidade de fazer coisas, não regra majoritária
Magnani, L (2018) Ritual Artifacts as Symbolic Habits
Hakkarainen, Kai; Paavola, Sami (2007) From monological and dialogical to trialogical approaches to learning
Kittler, F (2016) "1. Pressupostos teóricos" In: Mídias Ópticas
Vernant, Jean-Pierre (1974) Divination et rationalité
Serres, M. [1987] "First Foundation: The Rocket" in: Statues